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“Acredito que é pelo conhecimento que se constrói uma sociedade melhor e se assegura a sustentabilidade do nosso futuro”



 

 


A UMinho embora considerada uma Universidade jovem, celebra agora o seu 37º aniversário. Fazendo uma retrospectiva, este tem sido um trajecto positivo? Em que sentido?


 


Globalmente, é um trajecto muito positivo que deve orgulhar todos quantos fizeram e fazem este projecto. A dimensão que a Universidade atingiu – 17500 estudantes (41% dos quais de pós-graduação), 1100 professores e 53 cursos de licenciatura e mestrado integrado, bem como a qualidade e abrangência das suas actividades são sinais desse sucesso.




No entanto, num projecto como este poder-se-á sempre dizer que…  poderia ter sido melhor. De facto, a Universidade nunca poderá estar conformada com os resultados conseguidos e deverá ter a ambição permanente de ir mais longe.




Os impactos da acção da Universidade são inequivocamente reconhecidos aos níveis regional, nacional e internacional nas dimensões da educação, da investigação e da interacção com a sociedade, com especial relevância para as intervenções junto do tecido económico-produtivo e no domínio cultural.


Temos massa crítica e temos infra-estrutura. Somos memória e esperança de uma Região e do País. Continuaremos a crescer, reforçando a afirmação e a atractividade no contexto internacional.


 


 


Ser Reitor da UMinho é para si uma missão profissional ou um prazer pessoal?


 


Ser Reitor é o resultado de um percurso que foi sendo alimentado por duas realidades: a convicção de, nas diferentes funções que tenho assumido, ter ideias e capacidades capazes de contribuir para o desenvolvimento da Instituição; o acolhimento que as minhas propostas e das equipas que tenho sido capaz de reunir têm conseguido junto da academia e dos seus diferentes corpos.




As actuais funções são muito absorventes e exigentes. Exerço-as com grande prazer e satisfação. Só assim é possível assumir um cargo que obriga a uma entrega total. Ser Reitor da Universidade do Minho é uma honra que procuro retribuir com o melhor do meu esforço diário e com uma disponibilidade permanente.


 


 


Em que se alterou a sua vida com o abraçar deste projecto?


 


Abandonei diversas actividades a que estava ligado e relacionadas com o meu percurso académico, p.ex., a administração de instituições de interface tecnológica. No domínio da investigação verificou-se a suspensão de diversos projectos e/ou a sua transferência para outros colegas.




Também foi preciso fazer uma alteração de perspectiva, assumindo uma visão global e integrada da Instituição. De facto, a Universidade é uma realidade muito diversa e requer grande atenção a uma multiplicidade de questões. Por isso, é muito importante o trabalho de equipa e conseguirmos integrar adequadamente as contribuições de diferentes especialistas. Certamente, que o tempo para a esfera privada ficou ainda mais reduzido.


 




 


Está desde 2009 à frente dos destinos da UMinho. Que balanço faz desta viagem?


 


Têm vindo a ser concretizados e, em alguns casos, ultrapassados os objectivos do nosso programa, nomeadamente: o aumento do número de alunos e o alargamento da oferta educativa, com particular expressão no regime pós-laboral, a consolidação da estrutura de investigação com o reforço da sua internacionalização, o arranque de um sistema interno de garantia de qualidade, a reforma dos serviços administrativos e financeiros da Universidade, o reforço da imagem e visibilidade institucionais, o aprofundamento da relação com a envolvente, nomeadamente com as autarquias de Braga e de Guimarães, bem como uma crescente actividade de interacção com a sociedade nas dimensões económica, social e cultural. De facto, a Universidade está a crescer e a aumentar a sua relevância.




Este crescimento está acontecer num quadro de importantes alterações estruturais internas que permitirão à Universidade aumentar a sua eficiência e desempenho, criando oportunidades alargadas para a investigação.




A investigação deve ser o factor diferenciador da universidade, permitindo afirmar projectos de ensino e interacções com a sociedade.




Para além destes aspectos, e em resultado do novo quadro estatutário e do Programa de Acção em curso, a Universidade também alterou significativamente as suas práticas internas de gestão e de prestação de contas, incluindo o detalhe dos respectivos documentos de suporte submetidos aos órgãos de governo da Instituição.




No entanto, nunca podemos estar conformados. Isso é algo que não pode acontecer num projecto universitário.




Os tempos e os contextos externos são particularmente difíceis. Acredito que seremos capazes de encontrar, nessa adversidade, oportunidades de consolidação do nosso projecto.


 


Na prossecução da sua tarefa enquanto Reitor, quais têm sido as maiores dificuldades com que se tem deparado?


 


As dificuldades resultantes do quadro muito particular que o país está a atravessar e que coloca constrangimentos adicionais à Administração Pública, incluindo as universidades. A diversidade e especificidade das actividades de uma grande Universidade ficam limitadas por esse quadro, exigindo um esforço redobrado da comunidade académica e da equipa reitoral. Para além de dificuldades específicas, o último ano e meio caracterizou-se por diversas instabilidades e restrições ao nível orçamental que dificultaram os desejáveis exercícios de planeamento institucional e de gestão de projectos.




Importa referir que o contexto do Contrato de Confiança permitiu proteger razoavelmente as universidades destas adversidades. No entanto, a situação que o país atravessa não deixa de nos afectar significativamente, p.ex., levando a adiar importantes projectos de investimento ou exigindo um esforço adicional para a acção social.




Acresce que cria desconforto e desmotivação no seio da comunidade académica, nomeadamente nos seus corpos de professores e trabalhadores não docentes. Uma Universidade é um projecto de ideias onde os recursos humanos são a principal mais-valia. Felizmente que a maioria daqueles que constituem a nossa comunidade entendem que o futuro passa por encontrar oportunidades neste quadro adverso e estão empenhados na sua construção.


 




 


Para além da equipa reitoral inicial, foi recentemente empossado um Pró-reitor com a tutela exclusiva da Infra-estrutura. A que se deveu esta necessidade?


 


Na constituição inicial da equipa reitoral foi deixado um lugar de Pró-reitor em aberto, de modo a que a decisão sobre o perfil desse lugar fosse tomada mais tarde e com base na experiência a adquirir sobre o funcionamento da equipa.




De facto, essa decisão foi tomada agora. Teve em conta a importância da gestão diária da infra-estrutura da Universidade e o elevado número de projectos que queremos lançar, nomeadamente ao nível da qualidade de vida nos campi.




Acresce que as outras competências que foram atribuídas ao Vice-Reitor José Mendes – inovação, valorização do conhecimento e projectos especiais – são cada vez mais importantes e exigem maior dedicação no contexto actual.




Importa ainda referir que a nomeação do Prof. Paulo Ramísio vai reforçar a presença da equipa reitoral em Azurém.


 



Numa anterior entrevista referiu-nos que a prioridade para o quadriénio 2009-2013 seria aprofundar a internacionalização da Universidade, a partir de três ideias-força: consolidar a investigação, respondendo aos desafios do conhecimento; valorizar a oferta educativa e a educação integral; e aprofundar a interacção com a sociedade. Em que aspectos isso tem sido implementado?


 


Na investigação estamos a promover uma maior interacção entre os centros de investigação e a melhorar o apoio à gestão de projectos. Para além isso, há investimentos em projectos específicos, mas de grande importância, como é o caso do Instituto para a Bio-sunstentabilidade ? uma infra-estrutura de investigação integrando especialistas da biodiversidade e da construção, vocacionada para estudar e desenvolver novas soluções para acomodar pessoas e comunidades. Os resultados das apostas da Universidade neste domínio são evidenciados por um crescente número de prémios internacionais e pelas classificações dos nossos centros.




O alargamento da oferta educativa está a processar-se em duas dimensões: novos públicos, nomeadamente com reforço da forte oferta pós-laboral, e o fortalecimento dos cursos de pós-graduação. A pós-graduação é domínio de intensa interacção entre o ensino e a investigação, que queremos cada vez mais efectiva. A UMinho orgulha-se de ter mais de 1600 alunos de doutoramento de diversas nacionalidades.




A oferta educativa também está ser alvo de uma reforma curricular para induzir a sua racionalização e o seu alinhamento com o perfil de graduado que queremos formar e será, muito brevemente, enquadrada por um sistema de garantia de qualidade pioneiro em Portugal.




No domínio da interacção com a sociedade, a Universidade consolidou a sua intervenção junto do tecido económico-produtivo através de diferentes tipos de protocolos ou contratos com empresas e outras instituições, bem como pela acção das suas diversas participadas.




A intervenção ao nível cultural foi muito intensa com iniciativas de índole diversa produzidas pelo Conselho Cultural, pelas diferentes Unidades, bem como com diversão acções promovidas pelos estudantes e pela sua Associação Académica.


 


 


O alargamento dos horários de funcionamento de vários serviços e a abertura da oferta formativa em horário pós-laboral trouxe mais e novos públicos à UMinho. A Universidade tem sabido/conseguido adaptar-se a esta nova conjuntura?


 


A Universidade está a dar resposta a esta nova realidade, nomeadamente ao nível do horário de funcionamento de bibliotecas, dos Serviços Académicos e de serviços de alimentação. É um esforço que continuará neste ano, com as obras na biblioteca de Gualtar que assegurarão melhores condições para o seu funcionamento em horários alargados.




No próximo ano lectivo, o número de alunos vai duplicar e criar massa crítica para viabilizar o funcionamento em regime ainda mais alargado daqueles serviços.


 




 


Tomou as “rédeas” da Academia numa altura não muito favorável. Em termos da relação com a tutela quais têm sido as maiores contrariedades?


 


Felizmente que a nossa Academia é uma realidade muito diversa e com vontade própria, na qual não encaixa a figura de “rédeas”.




A situação actual é de grande constrangimento orçamental, mas é um momento de crescimento e de oportunidades, em resultado das dinâmicas dos contextos em que estamos inseridos. A Academia tem que entender essa realidade e ser capaz de encontrar um equilíbrio entre a prossecução de objectivos estratégicos e a adaptação a esses contextos, incluindo o aproveitamento de oportunidades.




A relação com a tutela é boa, séria e profícua. O momento actual exige isso. Exige que os actores do ensino superior concertem esforços. Isto não quer dizer que estejamos sempre de acordo. Quer dizer que há um quadro de confiança e uma articulação na consolidação de um bem maior que são os sistemas científico e de ensino superior nacionais.




De facto, este quadro marca também as actuais relações entre o CRUP e o MCTES onde há uma grande convergência na afirmação do papel do ensino superior na sociedade portuguesa. Neste domínio, houve uma alteração muito positiva nos últimos dezoito meses.


 



Qual a sua opinião sobre a actuação do ministro Mariano Gago e a aposta que tem sido feita no ensino superior por parte do governo?


 


Não é momento nem o local para se fazer uma avaliação dos mandatos do Ministro Mariano Gago.


No entanto, devido ao longo período em que tem estado ligado a funções governativas e às reformas que protagonizou, tem sido uma figura muito importante para o ensino superior e para o desenvolvimento da ciência e da  tecnologia nacionais.




É indiscutível que garantiu ao sector um relevo na agenda política e uma visibilidade na sociedade portuguesa nunca antes conseguida.



 


Durante este seu mandato tem promovido o diálogo entre a Reitoria e a comunidade académica, através dos Fóruns UMinho. Que ilações retira dessas reuniões?


 


O balanço é positivo e a iniciativa vai ser alargada em 2011. Espero que os níveis de participação dos diferentes corpos da universidade sejam mais significativos, à medida que o Fórum for sendo apropriado pela Academia.




Há um caminho a percorrer de modo a tornar estas reuniões um espaço de comunicação fácil e informal entre os seus participantes e o reitor. A minha expectativa é que esta experiência se consolide em 2011.







 


A Reitoria tem feito uma grande aposta na área da comunicação em diversas vertentes. No seu entender porque é tão importante esta área para a Academia?


 


A comunicação é importante a diversos níveis. É importante ao nível interno, uma vez que somos uma Instituição muito grande, composta por um mosaico muito complexo de pessoas e de estruturas. A informação é necessária por questões logísticas, mas também como factor de coesão e de indução de uma cultura institucional alinhada com o cumprimento da missão e objectivos da Universidade.




É importantíssima ao nível externo, para promoção e afirmação da Universidade junto dos diferentes agentes e públicos com quem interactua. As universidades de hoje têm que ser atractivas. Em primeiro lugar pela qualidade substantiva do que produzem, mas uma adequada estratégia de comunicação só pode consolidar esse processo de afirmação.


 



Ainda com dois anos pela frente neste seu mandato. Pensa que serão suficientes para implementar tudo o que tem projectado?


Estou convicto que concretizaremos o programa com que estamos comprometidos. É um esforço muito grande que exige a mobilização da comunidade académica.




Apesar dos sucessos referidos, há muito a melhorar, p.ex., na resposta dos Serviços à grande diversidade de solicitações e exigências com que são confrontados por alunos, docentes, unidades e sub-unidades orgânicas, na busca de soluções sustentáveis para os campi, na procura de soluções adequadas para o Arquivo Distrital de Braga e para a Biblioteca Pública.




Há, também, grandes e desafiantes projectos que serão estruturantes para o desenvolvimento de uma cultura diferenciada na nossa comunidade académica, p.ex., a reforma curricular e o sistema de garantia de qualidade.


 


 


Dos projectos que tem qual é o seu eleito, aquele que mais gostaria de ver concretizado a curto/médio prazo?




A diversidade da Universidade não se coaduna com a sinalização de um único projecto. De facto, estão hoje em desenvolvimento projectos de grande importância estratégica, nomeadamente:


 


A conclusão da construção e o início da implementação do projecto Campurbis em Guimarães, criando um novo pólo da Universidade onde serão alojados os novos cursos de teatro e de design, que esperamos ter em funcionamento já no próximo ano lectivo;


 


O projecto de readaptação do Largo do Paço, transformando-o num espaço de fruição cultural pela sociedade, acomodando adequadamente o Arquivo Distrital e transferindo serviços administrativos para os campi;


A construção de instalações no campus de Gualtar para a Escola de Enfermagem, com a consequente adaptação do edifício dos Congregados para utilização exclusiva como escola de música.


 


 


2-      Um dos desafios estruturais do seu programa é “melhorar a qualidade de vida nos campi”. O que tem sido feito neste âmbito?


 


Há um conjunto de iniciativas, em curso e a serem preparadas, para responder a este objectivo. Assim, estão em curso arranjos exteriores em Gualtar e avançaremos com projectos para a zona nascente de Azurém. Criaremos condições para suportar utentes de veículos eléctricos e para uma melhor acessibilidade de transportes públicos. Continuaremos a reforçar as infra-estruturas de comunicações electrónicas.




Melhoraremos a eficiência energética de edifícios e começaremos a publicar regularmente indicadores sobre qualidade ambiental e informação sobre intervenções a efectuar nos campi.


 


 


De que forma é que as universidades podem ajudar as sociedades a ultrapassar a crise?




As Universidades lidam com um património muito particular que guardam, desenvolvem, divulgam e aplicam… o conhecimento.




É pelo conhecimento que justificam a sua existência e relevância. O conhecimento deverá ser a base da sua contribuição para o desenvolvimento da sociedade.




As universidades têm um papel insubstituível na educação das pessoas, nos diferentes ciclos de estudos e através de outras ofertas específicas não conducentes a grau, promovendo o desenvolvimento pessoal e social e garantindo a aquisição, por aqueles que a frequentam, das competências adequadas aos desafios que se colocam aos diferentes sectores da sociedade.




As universidades devem interactuar com o tecido económico-produtivo, suportando, através da investigação e do desenvolvimento tecnológico, estratégias de reforço da competitividade empresarial.




As universidades devem interagir com o tecido social, estudando e ajudando a encontrar soluções para novas realidades, nomeadamente as novas formas de exclusão.


 


 


De que é que a universidade portuguesa precisa?


 


A universidade portuguesa e nomeadamente a universidade pública precisa de estabilidade e de diferenciação positiva, num quadro de reforço de exigência e de responsabilização.




No contexto económico-social que vivemos, as universidades não podem ficar de fora do esforço que está a ser pedido às pessoas e às organizações e instituições. No entanto, e como sociedade, não devemos ter dúvidas que é na educação e na investigação que devemos continuar a investir e apostar.




Por isso, a universidade deve estar à altura dessas responsabilidades e desses desafios, assumindo as suas responsabilidades e evoluindo para quadros de maior autonomia. A actual legislação permite essa evolução através do regime fundacional. Estamos firmemente empenhados em evidenciar as vantagens deste regime.


 



Um dos temas mais actuais na Academia, e que tem vindo a ser debatido é a possibilidade da passagem da UMinho a Fundação. No seu entender o que tem a UMinho a ganhar com esta alteração?


 


A Universidade tem grandes vantagens em evoluir para esse regime. Por isso, apresentei uma proposta ao Conselho Geral nesse sentido.




Há três tipos de razões que justificam esta opção:




i) O reforço da autonomia da instituição e por arrasto das suas unidades orgânicas, permitindo, nomeadamente, um planeamento plurianual considerado como essencial para o desenvolvimento de estratégias de desenvolvimento sustentadas.


 


ii) O grande aumento da agilidade e da eficácia de gestão, nomeadamente de recursos humanos, financeiros e patrimoniais.


 


iii) O aprofundamento de uma cultura de responsabilização, essencial à afirmação da Universidade nos seus diferentes sectores de actividade.


 



Após alguns debates já realizados, qual o feedback que a comunidade académica tem dado?


 


Tenho assistido às iniciativas promovidas pelo Conselho Geral e participado em debates promovidos por unidades orgânicas, a convite destas.




Percebo diversos receios, o que é natural num contexto de mudança. No entanto, ainda não fui confrontado com argumentos substantivos contrários à opção pelo regime fundacional previsto no RJIES.


De facto, não está em causa a natureza pública da Universidade e tão só o regime jurídico em que se deve movimentar para, mais adequadamente, cumprir a sua missão.


  


A acção social escolar tem sido motivo de protestos a nível nacional, principalmente sobre a questão da atribuição das bolsas de estudo. Segundo números dos SASUM já muitos dos nossos estudantes desistiram da Universidade por dificuldades económicas. O que nos tem a dizer sobre isto?


 


Não se pode dizer que tenha havido um número significativo de estudantes a desistir por dificuldades económicas. Em termos percentuais, os números de desistências são semelhantes aos dos anos anteriores.


 


Acresce que, também não tenho informações que me levem a concluir que haja estudantes com aproveitamento a desistirem por dificuldades económicas.


 


Temos um novo quadro legal e regulamentar que altera significativamente o modo como as bolsas sociais são atribuídas. Felizmente que o MCTES tem mostrado abertura para corrigir algumas deficiências, inicialmente detectadas na UMinho (a primeira Universidade a concluir o processo) pela aplicação do novo modelo. Essas alterações vão alargar significativamente o número e valor das bolsas entretanto já atribuídas na nossa Universidade. Devemos esperar pela conclusão do processo para fazer a sua avaliação global.


 


Importa referir que este é um assunto que vamos monitorizando com grande preocupação e cuidado, num diálogo permanente entre o Reitor e a AAUM e com grande atenção e profissionalismo por parte dos SASUM.


 


 


Em 2012 vamos receber dois eventos desportivos internacionais ? os Campeonatos Mundiais Universitários de Xadrez (Guimarães) e Futsal (Braga). Qual a importância destes eventos para a UMinho?


 


São dois eventos de grande importância e reveladores do trabalho feito pela UMinho na promoção do desporto. Revelam também uma grande capacidade de organização e elevados níveis de confiança das estruturas do desporto académico internacional no eixo SASUM-AAUM.




Os impactos na promoção internacional da Universidade serão muito grandes, bem como na promoção destas duas modalidades. Beneficiarão igualmente as cidades de Braga e de Guimarães e os grandes eventos em que, nesse ano, estarão envolvidas: a Capital Europeia da Juventude e a Capital Europeia da Cultura.


 


 


A UMinho é a Universidade a nível nacional que mais eventos desportivos internacionais tem recebido/organizado. A que se deve esta forte aposta da UMinho no desporto?


 


Apesar de, neste momento, a Universidade não ter uma oferta educativa em desporto, presta grande atenção a esta actividade como complemento do processo educativo de estudantes e mecanismo de desenvolvimento físico e emocional de docentes, investigadores e funcionários.




A prática e competição desportiva são muito importantes para o desenvolvimento comportamental dos nossos estudantes. Para entenderem o que se consegue pela técnica, pelo treino e pela perseverança. Para entenderem os seus limites e a capacidade de se superarem. No caso dos desportos colectivos, a importância do trabalho de equipa. Pelo desporto, desenvolvemos o espírito de colaboração e o espírito ganhador em toda a comunidade académica.




Como já referido, o desporto também é muito importante na promoção da imagem, nacional e internacional, da Universidade. O trabalho muito sério e muito consolidado entre os SASUM e a AAUM têm permitido grandes sucessos neste domínio.


 



Que mensagem gostaria de deixar à Academia nesta altura?


 


Quero deixar uma mensagem de esperança e de reconhecimento pelos sacrifícios que as pessoas estão a fazer. Os resultados conseguidos só foram possíveis pela qualidade e empenhamento de docentes e trabalhadores não docentes. Acredito que a Universidade continuará a contar com esse compromisso num momento difícil e exigente para todos.


 


Aos estudantes desejo que usufruam das condições excelentes que a Universidade lhes proporciona para se preparem da melhor maneira para um futuro onde o conhecimento só pode ajudar a vencer. Acredito que é pelo conhecimento que se constrói uma sociedade melhor e se assegura a sustentabilidade do nosso futuro.


 


 


Ana Marques



(Pub. Fev/2011)

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