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10 anos de Dádivas de Sangue comemoradas com 334 dádivas e 96 recolhas de medula






A presidir a conferência esteve o Reitor da Universidade do Minho, Prof. António Cunha, acompanhado pela Directora do Centro Regional de Sangue do Porto – Drª Marilia Morais, pelo Presidente da Associação Académica da Universidade do Minho – Luis Rodrigues, pelo Vice-Reitor da Universidade do Minho – Prof.º José Mendes; e pelo Administrador dos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho – Eng.º Carlos Silva. 





O Reitor António Cunha, congratulou todos os responsáveis por estes 10 anos de sucesso, referindo que ”a UMinho está orgulhosa” por esta liderança do ranking nacional de dádivas de sangue, e pelos resultados indiscutíveis conseguidos ao longo destes anos, com isto ”a UMinho está a cumprir a sua missão de voluntariado e a sua missão de solidariedade perante a sociedade”. Para o Reitor, este sucesso é o sinal do entrosamento muito especial entre as estruturas da Universidade – reitoria, SASUM e estudantes com o IPS. ”Envolvemos os estudantes com a causa solidária de uma maneira nobre e bonita, tudo isto faz parte da educação integral que os estudantes também devem ter na Universidade, é nosso dever aproximá-los de conceitos base como é a solidariedade” afirma.









A colheita realizada foi mais uma vez um sucesso, apesar das dádivas de sangue regulares que são feitas semanalmente e às quais os dadores já têm o hábito de ir, nesta colheita foram atingidos os 334 dadores inscritos e 96 recolhas para análise de medula, o que segundo Nuno Catarino responsável dos SASUM pela acção, ”foi um resultado excelente face à nova realidade que agora temos com as colheitas semanais”, mas ”temos que tentar em colaboração com a AAUM fazer ainda melhor” afirma.




Os dadores estiveram por todo o Campus, para além do centro de acção que foi o Complexo Desportivo, foram espalhadas pelo campus três unidades móveis, às quais a comunidade académica tinha mais facilidade em chegar. Uns apenas por ”altruísmo”, outros porque já tiveram pessoas na família que precisaram, e por isso se ”sentem na obrigação”, outros porque para eles já é um ”acto cívico” habitual, muitas são as razões para ir dar sangue.










Como referiu Ana ”a iniciativa é boa, penso que nós como estudantes, como a geração futura devemos mostrar e provar que ajudar os outros é sempre uma boa maneira de nos sentirmos bem com nós próprios”.


A conferência realizada no âmbito das comemorações pretendeu abrir espaço a uma reflexão e expor um pouco o que foi esta caminhada de 10 anos a contribuir para com aqueles que mais precisam. Reflectir sobre a ”cultura da dádiva” no meio universitário, e tentar compreender as razões porque é a UMinho, desde há tanto tempo, líder do ranking nacional das dádivas de sangue.




Na sua intervenção, o Administrador dos SASUM referiu que este ”casamento” entre as instituições promotoras foi uma união de sucesso ”é importante que os estudantes participem nestas causas, o papel deles é essencial pois cria laços com a sociedade”.


A cerimónia contou ainda com a participação do Vice-Reitor da Universidade do Minho – Prof. José Mendes, que apelou à AAUM para que as dádivas de sangue passagem a fazer parte de um ”ritual de integração”, como uma ”praxe” induzida para o bem comum e não praxes que não trazem de bom à sociedade.








Fazendo uma alusão ao passado, e ao início das dádivas de sangue há 10 anos, o Presidente da AAUM, Luís Rodrigues não esqueceu a aliada que foi a FAP, a outra associação que juntamente com a AAUM iniciaram estas acções nas instituições de ensino superior. O dirigente associativo focou o importante papel de intervenção dos estudantes nestas causas de cariz social, afirmando que fará expandir a mensagem que a ”dádiva de sangue deve ser um dos rituais de praxe”. As causas sociais e a solidariedade são ensinamentos muito importantes para os estudantes pois eles ”replicarão estes ensinamentos nas suas empresas, pelos amigos, são o futuro” afirma. Estas acções são uma gota no oceano, mas um grande passo para uma sociedade mais positiva. ”Toda a energia empreendida nestas causas é bem gasta” disse Luis Rodrigues.




A Drª Marilia Morais agradeceu à UMinho e aos estudantes pela ajuda nesta causa, e por ter facilitado toda esta dinâmica, referindo que embora tenhamos suficiência de sangue, ”as necessidades são sempre muitas pois também existe cada vez melhores condições de saúde’…não há nada que se faço sem sangue” afirma.





À margem desta cerimónia foram ainda homenageadas a Directora do Centro Regional de Sangue do Porto – Drª Marilia Morais e a Responsável pelo sector da Promoção e Programação de Colheitas do Centro Regional de Sangue do Porto – Drª Ofélia Alves por esta aliança de 10 anos com a UMinho.


Nestas comemorações, a UMinho foi ainda brindada com a visita novo Presidente do Instituto Português do Sangue – Dr. Álvaro Beleza, que ao meio da tarde fez questão de vir dar os parabéns à Academia por estes 10 ano de sucesso, referindo que ”esta Universidade é um exemplo a seguir” e que por isso vai tentar ”levar o projecto a nível nacional”.











Segundo o presidente do IPS a UMinho é uma aliada do IPS e do sistema nacional de saúde, sendo portanto um ”player” nesta área, afirmando que ”gostávamos que a UMinho tivesse um papel mais activo a nível nacional, estou a tentar organizar uma reunião nacional de dirigentes universitários para tratar da criação de uma rede nacional nesta área do sangue” por isso veio pedir ajuda para implementar o sistema da UMinho em outras Universidades. Para o Dr. Álvaro Beleza, o segredo do sucesso da UMinho é ”todo o processo de organização destas dádivas”, mas também o espírito de entrega das gentes do norte, que são mais solidárias e voluntariosas, por isso ”não fico surpreendido com os recordes alcançados e com a liderança nacional”.

”O meio universitário é o espaço de formação das elites do país e ser elite significa ter deveres. As pessoas com mais formação – os estudantes universitários têm obrigação de dar o exemplo, convém que por actos mostrem que são pessoas solidárias, pois serão o futuro do país” afirma.


No próximo dia 29, o palco será o Campus de Azurém em Guimarães.


Ana Marques



(Pub. Mar/2011)

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