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Com o intuito de juntar os “Pioneiros da UM”, ou seja, todos aqueles que deram “vida” à Universidade do Minho (UMInho) desde a sua fundação em 1973, mais precisamente desde o início da sua actividade académica em 1975/1976, esta rede social e segundo o fundador da ideia, Francisco Pimentel “a ideia surgiu pois notei que, depois de alguns anos, quase ninguém sabia dos colegas, o que faziam, onde estavam. Com conhecimento das potencialidades destas novas modas, que são as redes sociais, não hesitei, tratava-se não só de um “tocar a reunir”, como também de facilitar e potenciar um aproveitamento profissional a todos. Através destas redes fazem-se contactos comerciais, arranjam-se explicadores para os filhos, e até empregos. Um outro objectivo que tive sempre presente, foi o de fechar novamente o elo entre a UMinho e os seus ex-alunos, hoje empresários empregadores, engenheiros, professores, políticos, etc. espalhados por todo mundo. Há membros desta rede no Chile, Índia, Noruega, Uganda, Austrália, Itália, Canadá enfim em mais de 60 países. Por exemplo só em Angola estão mais de 30 que tiveram o cuidado de fazer o jantar no mesmo dia, sabendo que não podiam estar presentes no de cá.”
Para este “pioneiro” como para a maioria de todos quantos têm passado pela Academia Minhota, “A UMinho é como um primeiro amor, nunca mais se esquece, ensinou-me muitas coisas, preparou-me e deu-me muitos contactos, ainda hoje 90% dos meus amigos, foram meus colegas cá.”
Esta rede social que já existe desde Maio através da internet, conta neste momento, e segundo o seu fundador “temos sensivelmente 3200 membros” ainda que o seu objectivo seja chegar aos 5000 até final do ano”.
A festa de lançamento realizada no passado dia 10 de Outubro e que juntou cerca de 500 “pioneiros” foi um sucesso “tinha feito os cálculos para 300 a 350 pessoas, mas as quase 500 presenças só confirmaram a importância de nos reunirmos. Mataram-se muitas saudades, pôs-se, como alguém disse, “a conversa em dia”, como se ela tivesse sido apenas interrompida ontem”. Para além das muitas ilustres presenças, o momento contou ainda com a comparência do recém eleito Reitor da UMinho, o Prof. António Cunha, também ele um dos primeiros alunos da UMinho. Paralelamente a esta festa foram realizados no mesmo dia, mais dois encontros da rede “Pioneiros”, um em Luanda que contou com oito pioneiros e outro em Tripoli na Líbia que contou com seis pioneiros, grupos estes que pela distância não tiveram a possibilidade de estar presentes em Braga.
A iniciativa pela importância que tem para estes “pioneiros”, tanto a nível afectivo, relacional como até profissional é na opinião do seu fundador “sem dúvida alguma para continuar, pode ser um jantar anual, ou outra coisa qualquer, o importante é repetir”. Na opinião de muitos dos presentes a festa “não podia ter sido melhor”, por isso a iniciativa tem “asas para voar” e este foi apenas o início de muitas outras acções que decorrerão certamente no futuro.
Segundo Francisco Pimentel no horizonte está a “realização bienal da grande convenção da UMinho, onde se junte desporto, exposição, cultura, lazer, congresso e se mostre a Universidade aos jovens, á região e por que não ao mundo”. Para além desta, outras iniciativas “estão na forja”, as quais serão reveladas a seu tempo.
Francisco Pimentel
Aluno número 666 da UMinho, frequentou a Universidade de 1978 a 1984, onde se licenciou em Engenharia de Sistemas e Informática “no tempo em que a procura de Engenheiros Informáticos era enorme, era o advento do PC e o início da popularização do computador, pelo que, além de arranjar emprego imediato, ainda o escolhi”. Começou como estagiário na Bull, numprojecto na fundição da Renault em Cacia, pouco tempo depois foi convidado para chefe de equipa na LCA (agente IBM) onde chegou a ser Director de Filial. Há sensivelmente 12 anos optou por se dedicar ao ramo de Acessórios de automóvel, (que já era um negócio centenário de família), tendo hoje empresas lideres de mercado em certos vectores, como por exemplo o fornecimento de grandes superfícies (hipermercados).
Texto: Ana Coimbra
(Pub. Out./2009)