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Fórum UMinho: Reitor responde a estudantes de mestrado e doutoramento



 



Apesar da plateia presente ser pouco extensa, as perguntas ao Reitor foram muitas, os estudantes estiveram muito ativos, “bombardeando” a mesa, presidida pelo reitor António Cunha, o qual esteve acompanhado pelo Vice-reitor Rui Vieira de Castro e pela Pró-reitora Paula Cristina Martins, com muitas questões, dúvidas, queixas e sugestões.


 


O reitor começou por traçar o cenário futuro do ensino superior e, da UMinho em particular ?temos um cenário complicado para o próximo ano, a UMinho terá um corte de 8,5% na dotação orçamental, o que terá implicações na vida da Universidade” referiu. Face a isto e com um corte que rondará os 5 milhões de euros, a UMinho terá de fazer alguns ajustamentos, reduzindo a contratação de pessoal docente, redução dos docentes convidados e cortes em vários serviços. “Face a estas patifarias que fazem à Universidade, a atual lei reduz também a autonomia das Universidades, o que traz várias implicações” afirma. Mas segundo o reitor, as Universidades sempre cumpriram e nunca contribuíram para o défice, por isso “acredito que esta autonomia será devolvida às universidades”.


 


António Cunha disse ainda aos alunos que a UMinho tem de arranjar forma de combater todos estes cortes, tem de ser pró-ativa “temos de ser mais eficaz e eficiente e ir buscar o que precisamos a outras fontes” referiu. Quando questionado sobre a situação da passagem a fundação, o reitor disse que o processo foi apanhado por este Governo no meio da elaboração da lei que irá reger as fundações, pelo que posteriormente se iniciará novamente as conversações, mas segundo este “continuam a verificar-se condições vantajosas para a alteração do nosso regime” disse.






 


Sendo as questões financeiras, atualmente as que mais preocupam os estudantes, as perguntas tendo isto como “pano de fundo” foram muitas. As diferenças de preços de mestrado para mestrado foi uma das primeiras perguntas colocadas, sendo explicado pelo Reitor que estes preços são diferentes caso seja mestrado integrado ou não, pois está em causa se este é essencial para a preparação para a atividade futura ou se poderá ser apenas mais um curso que o aluno tira e, nestes casos tem-se em conta também que temos de ser concorrenciais face a outras universidades nacionais e estrangeiras. Houve também quem propusesse um adiamento no prazo para pagamento das propinas, pedido a que o Reitor apenas disse que face aos vários inconvenientes que isso iria trazer “não é fácil ir mais longe”. Com toda a polémica que o pagamento das bolsas de estudo tem trazido, António Cunha afirmou ainda que “o sistema de pagamento de bolsas de estudo provavelmente será mais rápido para o ano que vem e, esperamos que o pagamento comece logo no primeiro mês de aulas”.


 


Face à questão do funcionamento de vários serviços, o Reitor comunicou aos presentes que haverá até ao final do ano uma secretaria eletrónica dos Serviços Académicos, através da qual poderão ser efetuados cerca de 60 processos, sem as pessoas terem de se deslocar presencialmente aos Serviços.


 


A equipa reitoral presente foi ainda confrontada com alguns problemas no funcionamento de alguns mestrados e doutoramentos, do que Rui Vieira de Castro tomou nota e prometeu averiguar, de forma a que a boa reputação da UMinho não seja posta em causa e para que todos os nossos estudantes se sintam bem acolhidos e acompanhados no seu trajeto.






 


Um dos “velhos” problemas por resolver e, que mais uma vez foi colocado pelos alunos, foi a questão do acesso fora de horas aos edifícios, um problema que António Cunha disse que esperava ver resolvido rapidamente, mas com os cortes orçamentais e, uma vez que este implicaria um investimento avultado “vai ficar adiado por mais um tempos”.


 


O Vice-reitor comunicou ainda que os licenciados pré-bolonha podem habilitar-se a grau de mestre sem ter que fazer o curso de mestrado “para isso, as pessoas só têm que de candidatar-se a mestrado e fazer uma tese, ou então um relatório da sua experiência profissional, que os responsáveis do mestrado avaliarão se aceitam ou não como prova para obtenção do grau” referiu.


 


Texto: Ana Marques

anac@sas.uminho.pt



Fotografia: Nuno Gonçalves

nunog@sas.uminho.pt





(Pub. Nov/2011)

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