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Quando questionado quanto à escolha da temática Brasil, o presidente da Azeituna – Tuna de Ciências da Universidade do Minho, Emanuel Roriz, declara que “ao longo da sua história já realizaram cinco digressões ao Brasil, concretizando-se num intenso contacto com uma escola de samba, a escola Saci- Pô, começando a surgir a hipótese de os convidarmos para o festival.”
O primeiro dia do CELTA iniciou-se com uma actuação dos anfitriões, que voltaram a espalhar charme e magia pelo Theatro Circo com temas marcantes da sua história como Tudo o que eu te dou. Posteriormente, foi a vez da Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (I.P.V.C), a Hinoportuna, divertir a plateia com o seu Havemos de ir a Viana. Nas palavras do presidente do grupo cultural, Pedro Silva, “participamos há 9 anos e aceitámos mais uma vez o convite da Azeituna, sendo com todo o gosto que vimos mais uma vez ao CELTA, acabando por se tornar um hábito.”
A Tuna de Medicina da Universidade de Coimbra (TMUC) enfeitiçou tudo e todos com melodias como Letra dos Amores ou Voar. O UMDicas teve a oportunidade de falar com Vítor Silva, vice-presidente da TMUC, que afirmou “um grande respeito pela Azeituna, uma vez que temos grande apreço por Braga. Viemos cá o ano passado e é sempre um prazer estar aqui a tocar no Theatro Circo.”
Todas as performances eram intercaladas com momentos cómicos protagonizados por membros da Azeituna, levando a plateia ao rubro com um Pai Natal com um vocabulário menos próprio, ou até mesmo com temas que marcaram o panorama musical deste ano como Ai se eu te pego de Michel Teló. No entanto, um dos momentos altos foi o espectáculo de Samba da Escola de Samba SACI-PÔ (Rio de Janeiro, Brasil), enchendo o Theatro Circo de alegria e cor.
Depois de uma longa ausência de 7 anos, a Tuna Académica de Lisboa (TAL) regressou ao palco de Bracara Augusta, tendo fascinado o público com adaptações de temas marcantes da cultura brasileira como Gabriela. Segundo o presidente da TAL, Henrique Santo, “é sempre bom regressar a Braga, sendo uma cidade na qual temos sido sempre muito bem recebidos. Em termos de espírito académico Braga é uma cidade muito mais aberta, com muitos menos problemas de preconceito, vivendo-se melhor aqui a cultura académica de certeza absoluta.”
Para além da mais que habitual presença da Tuna Universitária do Minho (TUM), o certame ainda pautou por actuações da Tuna de Engenharia da Universidade do Porto (TEUC), assim como da Tuna da Universidade Católica (TUCP). Consecutivamente, tivemos a oportunidade de obter algumas declarações do representante da TUCP: “há cerca de 16 anos consecutivos que somos convidados pela Azeituna para o CELTA, e é com muito gosto que nos encontramos a marcar presença, com o objectivo de oferecer uma festa maior, com mais musicalidade.”
Por fim, ainda houve espaço para a Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico de Lisboa (TUIST), para além da Magna Tuna Cartola de Aveiro (Cartola), tendo esta última afirmado “que é sempre um prazer comparecer num festival desta envergadura e gabarito, conciliando-se diferentes espíritos que se assemelham em muito pela união.”
O público registou uma elevada receptividade, “tendo sido da opinião geral que o espectáculo foi fantástico”, nas palavras de Sílvia Oliveira, aluna de Mestrado na Universidade do Minho.
Depois de dois dias de performances, o XVIII CELTA encerrou dia 11 com um Carnaval fora de época na Avenida Central que animou e cativou toda a população bracarense.
Texto: José Maria Mateus
(Pub. Dez/2011)
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