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UMinho desenvolve revestimento inovador que aquece casas



  


Em concreto, coloca-se nas paredes e tetos a argamassa inovadora composta por gesso/cal/cimento, areia, água e cápsulas microscópicas de PCM (material de mudança de fase). Esta camada serve como climatizador: transita de fase líquida para sólida, e vice-versa, em temperaturas próximas da ambiente (20-25ºC). Por exemplo, passar de fase sólida para líquida faz descer o termómetro e reter energia do compartimento. Com estes aditivos nas argamassas consegue-se reduzir o consumo de energia (eficiência energética), uniformizar a solicitação de energia à rede, aumentar o conforto térmico dos edifícios, evitar o gasto de energias não renováveis e, por efeito, minimizar o consumo de dióxido de carbono.


 


A UMinho está ligada a duas patentes no tema, que investiga desde 2004. A Alemanha começou os estudos “quase em simultâneo”. Aliás, a patente portuguesa aplica o PCM na parte exterior de um reboco de duas camadas; já a patente alemã coloca o PCM em toda a espessura do reboco. A equipa de investigação minhota diz não ter registos de uma invenção do género no resto do mundo. Em 2012 prevê-se fazer um workshop para os parceiros do projeto trocarem experiências e, se tudo correr bem, anunciar os resultados prévios e eventuais patentes.


 


Além de desenvolver sistemas construtivos energeticamente mais eficientes, a presente pesquisa coordenada pela UMinho procura averiguar a viabilidade técnica da aplicação dos PCM e quantificar a redução de consumos de energia para diversos tipos de imóveis e divisórias, através da comparação com argamassas convencionais e simulação numérica. No primeiro caso, quer-se garantir que a nova tecnologia não vai fissurar nem descolar da parede e, além disso, respeita as exigências europeias. No segundo, interessa saber qual a melhor compartimentação para rentabilizar a inovação, se um apartamento tipo T2 ou uma vivenda. “Acredito nesta tecnologia, é muito útil para a sociedade em geral. Dentro de dez anos será corrente no interior dos edifícios”, nota José Barroso de Aguiar, realçando: “Vai valer a pena pagar mais quando se constrói, mas saber que esse custo inicial [no PCM] se amortiza em poucos anos, graças à poupança em eletricidade”.


 


Projeto reúne acima de trinta investigadores de várias universidades


 


O projeto designado “Contribuição de Argamassas Térmicas Ativas para a Eficiência Energética dos Edifícios” é apoiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e termina em 2013. Junta cerca de 25 investigadores das universidades do Minho (promotora), Aveiro, Coimbra (através do instituto IteCons) e ainda das empresas parceiras Secil Martingança e Sival, ligadas aos ramos das argamassas de cimento, cal hidráulica e gesso. Do Departamento de Engenharia Civil da UMinho está representado o seu Centro de Território Ambiente e Construção (C-TAC), com os docentes José Barroso de Aguiar, Manuela Almeida, Luís Bragança, Miguel Ferreira, Sandra Silva e a bolseira Sandra Cunha.


 


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(Pub. Fev/2012)

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