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ROBOPARTY 2012 “TRANSCEDE A IMPORTÂNCIA REGIONAL”



Este evento pedagógico é organizado pela Universidade do Minho (Grupo de Automação Controlo e Robótica, do Dep. de Electrónica Industrial, da Escola de Engenharia) e pela empresa SAR – Soluções de Automação e Robótica, Lda. (Spin-Off da UMinho). Esta edição contou com a presença especial da Directora Executiva da Ciência Viva, Professora Doutora Ana Noronha, que logo no discurso de abertura defendeu a importância da robótica “para mobilizar os jovens para a ciência e para a tecnologia”. Em entrevista ao UMdicas, Ana Noronha afirma que “a RoboParty já transcende a importância regional (…) é um evento nacional.” Na cerimónia estiveram ainda presentes vários representantes das entidades envolvidas neste evento.

A cada uma das 100 equipas, compostas por quatro elementos cada (dos quais obrigatoriamente um deles teria de ser um adulto), foi entregue o kit robótico, desenvolvido especificamente para a RoboParty pela SAR.


Este ano, tal como nos anos anteriores, estavam programadas várias formações sobre o processo de soldadura, a montagem do robô, programação, electrónica, entre outras temáticas. No entanto, desta vez as formações assumiram um carácter “mais informal”, nas palavras de Fernando Ribeiro, professor do Departamento de Electrónica Industrial da UM, acrescentando que “enquanto estão a construir, estão a ouvir o que o professor está a dizer. Assim é bastante melhor e não perdem tempo”. Fernando Ribeiro relembra ainda o objetivo da RoboParty: “permitir que os participant saiam daqui a saber construir um robô, que saibam programá-lo e que o levem para a escola, e depois podem continuar a usá-lo em competições, ou continuar a programar na escola”.

Durante estes dias, a organização conta com a colaboração de aproximadamente 100 voluntários, essencialmente do curso de Electrónica Industrial, o que dá uma média de um voluntário por cada quatro participantes, ou seja, por cada equipa. O papel destes estudantes universitários visa, sobretudo, apoiar os participantes quer na parte técnica, quer na parte logística. Hélder Vilas Boas, estudante do quarto ano do Mestrado Integrado em Engenharia Electrónica Industrial e Computadores, que é voluntário na RoboParty pela quarta vez consecutiva, explicou que tiveram uma formação prévia onde puderam ler o manual e montar antecipadamente o robô.


Vasco Teixeira, pró-reitor da Universidade do Minho, entende que este é um evento importante que permite mostrar ao público “o que se faz ao nível da investigação e dos projectos pedagógicos que Universidade do Minho tem vindo a desenvolver”. A importância da RoboParty é também defendida por Paulo Pereira, Presidente da Escola de Engenharia: “é, essencialmente, uma actividade de Marketing das nossas competências no domínio da electrónica, da mecânica e da informática”, e que procura motivar os jovens a procurarem a UM “quando estiverem na altura de escolher um projecto para o Ensino Superior”.

Por sua vez, para Francisca Abreu, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Guimarães, fazer um evento destes é muito importante porque isso significa que “há gente com talento, gente com dinâmica e com visão para organizar um evento desta natureza, e há resposta”.

Participante nesta iniciativa pela terceira vez, Catarina Freitas, com 13 anos, afirma que a parte mais complexa deste desafio é a soldadura “porque há peças muito pequenas”, e embora não considere muito difícil montar o robô, lembra que a montagem de uma placa electrónica “não é uma coisa que se faça habitualmente”.


Paulo Trigueiros, professor universitário e doutorando na UM na área da Robótica, participa pela segunda vez neste evento como acompanhante. Na sua equipa, da qual o filho faz parte, um dos objectivos passa pela oportunidade de “aprender a trabalhar em equipa”. Este ano, a equipa já tem alguma experiência, e o tutor gostaria que os elementos, entre os 11 e os 13 anos, conseguissem construir o robô sem a sua ajuda.

Com participantes dos 7 aos 18 anos, vindos de várias escolas do país, a RoboParty tem sido um sucesso. Para Fernando Ribeiro, de ano para ano, este evento “só cresce em qualidade. Em quantidade não podemos porque o espaço do pavilhão não nos permite ter mais do que 100 equipas, e nós não queremos ter mais de 100 equipas com menos qualidade”.


Texto: Amália Carvalho


(Pub. Fev/2012)

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