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O que é que te levou à UMinho e ao curso de Economia?
A UM sempre foi a minha primeira escolha. A qualidade do ensino e instalações, aliadas ao facto de se localizar na minha cidade foram factores decisivos para esta escolha. A escolha do curso foi-se revelando na escola, em particular ao longo do secundário e com o contacto com as diferentes áreas de conhecimento, a determinada altura à área da Economia foi despertando o meu interesse.
De que forma é que a tua escolha moldou o teu futuro profissional?
A escolha da UM e de Economia foi determinante para o meu futuro profissional. O curso dotou-me das competências teóricas fundamentais para o exercício da minha actividade profissional, e a UM, pelo excelente ambiente que ali se vive, dotou-me das competências sociais e relacionais que se revestem de elevada importância no mercado de trabalho.
Como é que foram esses anos na academia minhota?
Foram fantásticos. Para além de ter conhecido e aprendido muito com pessoas que hoje admiro, tive a oportunidade de fazer grandes amigos.
Como é se deu a tua entrada para o desporto na UMinho?
Como já praticava atletismo federado, a entrada no desporto universitário deu-se de forma natural e através de amigos que já competiam pela academia minhota. A entrada no futsal universitário deu-se através da participação em torneios inter-cursos.
Que actividades desportivas praticaste na UMinho?
Pratiquei atletismo e futsal.
As diferenças entre um desporto colectivo e um individual são muito grandes?
Tendo em conta a minha experiência não acho que existam assim muitas diferenças. Em termos competitivos existem diferenças claro, mas como praticava atletismo dentro de um grupo bastante grande e unido, em que nos treinos todos puxávamos uns pelos outros, não senti tanto as diferenças entre um desporto colectivo e individual.
Que recordações guardas do desporto universitário, das actividades desenvolvidas na Universidade e pela Universidade?
As recordações que guardo são imensas. A UM proporcionou-me momentos fantásticos que guardo com muito carinho e com dois denominadores comuns – o convívio e a amizade.
Qual é a sensação de ser a atleta mais medalhada de sempre do Desporto Nacional Universitário?
É uma sensação de dever cumprido. Fico muito contente por ter podido retribuir à UM, e em particular às pessoas responsáveis pelo desporto na UM – ao Prof. Parente, ao Pedro Dias e a toda a gente do Departamento de Desporto e Cultura dos SASUM – e aos meus treinadores de atletismo e futsal com quem tive o privilégio de trabalhar – Paulo Ferreira, Anselmo Calais e Rui Oliveira – o carinho e ajuda que sempre me dispensaram ao longo da minha passagem pelo desporto universitário.
E o título/medalha mais importante foi?
É difícil escolher o mais importante, mas gostava de realçar os vários títulos colectivos conquistados pela equipa de atletismo da UM e a medalha obtida nos SELL Student Games de 2005, em representação da UM.
Achas que foi importante no teu desenvolvimento enquanto indivíduo?
Sem dúvida que o desporto foi muito importante para o meu desenvolvimento enquanto pessoa. Os valores transmitidos pelo deporto, nomeadamente, a amizade, fraternidade, fair play, espírito de sacrifício e de equipa dão-nos as bases para lidar com as mais diversas situações da nossa vida.
O teu trajecto académico terminou pela UMinho ou avançaste para outros patamares?
Depois da UM prossegui os meus estudos na Universidade de Aveiro num Mestrado em Gestão e Planeamento em Turismo.
A entrada no mundo profissional, como é que aconteceu?
Aconteceu na sequência do mestrado e de um convite para integrar um projecto de investigação em turismo, por parte do grupo de investigação em turismo da Universidade de Aveiro.
Foi difícil essa passagem do mundo académico para a realidade do mundo do trabalho?
Não acho que tenha sido difícil, até porque no meu primeiro emprego fiquei ainda ligada ao mundo académico.
Em que área estás a trabalhar e quais são as tuas funções?
Neste momento estou a trabalhar na CCDR-N na área do desenvolvimento regional. As funções que desempenho visam a promoção da internacionalização económica da Região do Norte através do desenvolvimento de acções que promovam a internacionalização empresarial e a atracção de investimento.
Ainda consegues compatibilizar a prática desportiva com a profissional?
Relativamente ao atletismo a minha prática cinge-se a um âmbito recreativo, uma vez que a exigência da alta competição se torna difícil de compatibilizar com uma prática profissional.
Quanto ao futsal continuo a competir a nível federado visto que o grau de exigência que este requer assim o permite.
Como é o dia-a-dia da Liliana Correia?
Normalmente, saio de Braga e vou para o Porto, onde trabalho, regressando ao fim da tarde. Umas vezes treino ao fim da tarde, outras à noite.
Qual é a tua visão do estado actual do nosso país?
A situação actual do nosso país deve-se, em grande medida, à crise internacional, mas também ao défice crónico de competitividade da nossa economia. No entanto, existem em Portugal excelentes exemplos de empresas e instituições que desenvolvem produtos e investigação de excelência, que nos colocam ao nível do que de melhor se faz em termos mundiais, alguns deles saídos inclusive da UM, que testemunham o potencial e qualidade dos nossos recursos humanos, e que nos dão alento para ultrapassar as dificuldades que vivemos.
Na tua área, a da Economia, como é que está actualmente o mercado de trabalho?
Pelo contacto que vou mantendo com os meus colegas de curso diria que, felizmente, na nossa área existem várias oportunidades de emprego.
Acreditas que o Empreendedorismo é uma solução para alguns dos actuais problemas dos jovens licenciados?
Acredito que o empreendedorismo possa contribuir para resolver parte dos problemas, neste sentido julgo que o ensino em Portugal deve ser repensado no sentido de estimular, desde cedo, um espírito empreendedor.
Que conselho deixas aos milhares de estudantes da UMinho que procuram um futuro mais risonho através de um curso superior?
Que procurem valorizar os seus conhecimentos e que arrisquem tendo a consciência de que para se atingir o sucesso é preciso falhar e saber adaptar-se.
Texto e Fotografia: Nuno Gonçalves
(Pub. Mar/2012)
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