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Encontrando um recinto ainda meio cheio, os antigo tunos da Azeituna, Neurónios Abariados, subiram ao palco, aquecendo a massa estudantil com algumas músicas originais da banda e outros temas como “Creep” dos Radiohead e “Otherside” dos Red Hot Chili Peppers.
Contando já com 10 anos de existência, os ex-alunos da Universidade do Minho acreditam ter posto “a malta a vibrar”, pelas palavras de Cristo, um dos membros da banda. Criticando o espírito académico e a atual falta de música e bandas portuguesa, os Neurónios Abariados fizeram, ao longo do concerto, vários apelos à receptividade dos jovens para a música portuguesa. “Agora, as pessoas são muito pouco críticas, aceitam tudo o que lhes dão. São menos ‘abariadas’, mais desconfiadas e menos abertas a novas bandas portuguesas”, explicou um dos elementos do grupo. Apesar dos comentários, os Neurónios Abariados acreditam que “o povo minhoto continua a ser muito festivo, e isso notou-se hoje”.
Foi com um recinto quase lotado que a banda de rock portuguesa, Xutos e Pontapés subiu ao palco, proporcionando quase duas horas de temas como “Maria”, “Contentores” e “Para Sempre”. Apesar de, no final do concerto se terem recusado a dar entrevista, a banda portuguesa fez várias intervenções ao longo do concerto, invocando todos os jovens para que superassem “a crise” e não perdessem “a esperança”, numa festa académica em que o tema é “A Gata Borralheira”, ilustrando a atual situação de milhares de jovens.
“Quase irrespirável!”, foi assim que Sandra Freitas, mestranda na Universidade do Porto e antiga aluna minhota, caracterizou o ambiente no recinto naquela que foi a segunda noite do Enterro da Gata 2012. Com o Estádio AXA cheio, a noite de Sábado contrastou com a anterior, registando uma grande afluência de pessoas.
Hoje é a noite dos We Trust e dos suecos The Hives pisarem o palco daquela que será a terceira noites da maior festa académica da Universidade do Minho.
Texto: Rita Vilaça
(Pub. Mai/2012)
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