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Na introdução à
palestra, o Reitor destacou o lugar central do Brasil como potência na
geopolítica da América do Sul e mundial o que dá à língua portuguesa uma
centralidade no mundo.
Antonio Cunha referiu ver com grande interesse e espanto positivo o
investimento que o Brasil está a fazer na investigação e no ensino superior,
bem como o Programa da Presidente Dilma “Ciências sem Fronteiras” para ter cerca de 100.000 doutorados, um
objetivo nacional que para o reitor demonstra “a visão lúcida do país e da
importância que a educação tem para o seu futuro” diz. A UMinho
participa neste programa como instituição de destino de estudantes brasileiros,
referindo António Cunha “que é com
enorme prazer que a UMinho está a fazer parte deste processo”.
Para o Embaixador e
fazendo uma comparação com o bom período que o Brasil atravessa, de grande
crescimento económico, que “o Brasil vive um momento especial na sua história,
um momento de crescimento sustentável”. Para este, no anterior período de crise
económica, “o Brasil foi o primeiro a entrar na crise e o primeiro a sair dela”,
esperando que o mesmo aconteça com Portugal. Mário Vivalma disse ainda que
antevê que a Europa vá sair melhor desta crise.
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O Embaixador
referiu ainda que o Brasil é um enorme país com quase 200 milhões de habitantes
que falam o mesmo idioma e a maioria reza pelo mesmo Deus, sendo que a política
externa seguida por ele é um dos seus segredos, pois é totalmente independente,
ou seja, fazem comércio
com todo o mundo, sendo que metade das suas relações comerciais são feitas com
os países do Sul, e por isso não tem sido afetada com a crise que tem afetado os
países mais desenvolvidos.
Para além disso, o Brasil é rico em
matérias-primas, contrariamente a países como a China e por isso têm assegurado
o seu desenvolvimento a longo prazo.
Relativamente a Portugal, Mário Vivalma vê o
país não como uma porta de entrada na Europa, mas como umas das portas, para
além disso um país com muitas vantagens para os brasileiros, sendo a língua uma
das primeiras. Este incentivou ao “resgate do atlântico como grande via de comércio”.
Um acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul representará
mais riqueza e mais emprego para estes dois mercados, no dia em que isto
acontecer o Atlântico transformar-se-á na “grande via do comércio mundial”disse.
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Para o Embaixador, a parceria estratégica
entre Brasil e União Europeia não tem tido grandes resultados, “é um
acontecimento importante mas precisa de ter um salto qualitativo” tem que ter
conteúdo, objetivos, tem que trazer benefícios, empregos, negócios…, ou seja,
para o embaixador tem que ter conteúdo prático.
Fotografia: Nuno Gonçalves
(Pub. Nov/2012)
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