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1º de Dezembro: o renascer de Portugal… e da Ordem Profética!


Após 40 anos de
opressão e de domínio por parte de uma família que era do outro lado da
fronteira, os portugueses gritaram basta e deram “asas” inclusive ao então
Secretário de Estado, Miguel de Vasconcelos e Brito. Este momento, o de
defenestrar o Secretário, ficou como um dos mais simbólicos atos de libertação
da era Filipina.

Na récita do 1º de
dezembro – organizada pela AAUMinho – quem mandou tudo pela janela fora e fez
uma apresentação a rouçar o épico foi a Opum Dei… mas vamos por partes.

Quem teve a honra de
dar os primeiros acordes no magnífico palco do Theatro Circo foi a Afonsina,
que apesar de desfalcada devido aos efeitos das celebrações do Pinheiro, soube
fazer jus aos seus pergaminhos.

A estes, seguiu-se uma
portentosa performance do TUM – Teatro Universitário do Minho, fruto de dois
grandes textos. O Coro Académico e os Bomboémia foram os senhores que se
seguiram, tendo inclusive chegado a interpretar em conjunto um tema da cantora
britânica Adele. Antes do intervalo houve ainda tempo para a atuação dos
vermelhinhos, a Tuna Universitário do Minho.

No regresso, fez-se
silêncio, cantou-se o Fado e ouviu-se Poesia.

Já com a Gatuna em
palco, a alegria encheu os rostos das “miúdas de verde” e a audiência foi
brindada com alguns dos grandes êxitos desta tuna. Mas a noite era também de
aniversário e os Jograis celebraram mais um ano de vida com os seus textos de crítica
social e politica.

 E eis que surge o grande momento da noite: a
atuação da Ordem Profética! Com uns “preliminares” de entrada em palco algo
hollywoodescos, os homens de roxo, meios vestidos, meios despidos, deram início
à sua quase épica performance.

Com piano, bateria,
baixo e mais alguns instrumentos e adereços muitos peculiares, os membros da
Ordem arrancam, música após música, muitos risos e grandes ovações por parte do
público que encheu o Theatro.

A sua atuação, como
seria de esperar, terminou com o mega-hit “Trator Amarelo”. Este 1º de Dezembro marca indubitavelmente o renascer da Ordem na sua
plenitude, com a força dos instrumentos elétricos, a irreverência
característica da juventude e a “tradição” de mostrar que a tradição já não é o
que era!

O amarelo pode ter
sido a cor que predominou durante os últimos acordes da Opum Dei, mas não foi a
cor com que se encerrou mais uma grandiosa noite de cultura minhota. Coube aos
azuis da iPUM e da Azeituna essa honra. Enquanto os primeiros mostraram a sua mestria
de ritmo combinada com a particular sonoridade das gaitas de foles, os segundos
(a Azeituna) tocaram alguns dos seus clássicos e aproveitaram para fazer a
divulgação do CELTA, o festival de tunas que organizam em dezembro.

Numa altura em que só
se fala de crise, troikas e afins, os grupos culturais da UMinho
relembraram-nos que há quase 400 anos atrás estávamos bem piores e que no
entanto unimo-nos enquanto povo e mais uma vez superámos a adversidade. A
cultura é também isto.

Texto e Fotografia:
Nuno Gonçalves

(Pub. Dez/2012)

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