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Este foi o
primeiro Relatório do género produzido numa instituição de ensino superior “é
um documento importante no nosso compromisso social, revelador do modo como a
Universidade perspetiva a sua relação com a sociedade e o modo como presta
contas à sociedade” afirmou o Reitor.
O Relatório
analisa de uma forma integrada o impacto da atividade da UMinho nos domínios
económico, social e ambiental no ano 2010. O estudo abordou ainda as principais
atividades inerentes à missão da academia minhota, ou seja, a geração, a
divulgação e a aplicação do conhecimento, demonstrando os seus impactos a nível
local, regional e nacional. Para além disso apresenta o impacto que a
Universidade tem no tecido económico da região Noroeste de Portugal. “A UMinho
está fortemente comprometida com as boas práticas de gestão, está empenhada com
os princípios da sustentabilidade e é sua missão gerar valor económico, social
e cultural. No entanto sentiu necessidade de reportar os seus indicadores de
gestão, aceitou ainda a responsabilidade de ser em Portugal a primeira
Universidade a reportar e publicar o seu Relatório de Sustentabilidade” referiu
o Pró-reitor Paulo Ramísio.
Este
Relatório refere-se a 2010 “no futuro pretendemos que seja apresentado muito
mais próximo do ano a que se refere” disse António Cunha.
A gestão ambiental e a consciência ecológica têm sido reconhecidas, pelas
diferentes camadas e setores da sociedade mundial, como indispensáveis para a
sustentabilidade das gerações futuras. Pela sua dimensão e pelas atividades
desenvolvidas no âmbito da sua missão, as instituições de ensino superior podem
gerar impactos significativos na região envolvente e estão em posição
privilegiada para melhorar o seu comportamento sustentável, pois dispõem do
conhecimento e competências necessárias para identificar e abordar esses
problemas.
A
UMinho “acredita” assim, ter sido a primeira IES que publica o seu relatório de
sustentabilidade, onde foi avaliada a sua evolução entre 2007-2010. Neste foram
considerados 24 indicadores, 6 económicos, 12 sociais e 6 ambientais.
Relativamente
ao desempenho económico, uma das conclusões é que a UMInho depende de
financiamento público, visto que o valor económico gerado não é suficiente para
fazer face às suas despesas. Outra, é que a UMinho, pelo seu valor económico
distribuído, é um importante impulsionador da economia local e um importante
empregador a nível local e regional. Sendo ainda que mais de 40% do valor das
suas comparas é a fornecedores num raio de 100km. Para além disso o seu impacto
indireto e induzido nas cidades de Braga e Guimarães é cerca 30 e 70 milhões e
é ainda responsável pela criação de cerca de 4400 empregos.
A
nível social, conclui-se que os recursos humanos da UMinho têm aumentado, sendo
constituídos na sua maioria por docentes. A UMinho tem ainda apostado na
formação dos seus recursos, tendo aumentado o número de formandos e dias de
formação. Quanto ao corpo discente, este tem melhorado nos últimos anos, sendo
estes originários principalmente do distrito de Braga. O relatório demonstra ainda
que a UMinho tem grande potencial de atração de alunos, verificando-se
razoáveis taxas de aprovação e graduação, o que contribui para a boa reputação
da Universidade.
Em
termos ambientais, o relatório sugere a implementação de um sistema de gestão
de resíduos, visando com isso conseguir quantifica-los. Quanto ao consumo de
água, sugere-se a implementação de um programa de boas prática visando a
redução do seu consumo.
Assim
pode-se concluir que a UMinho está no caminho da sustentabilidade, mas deve melhorar
o desempenho na área ambiental, de forma a “reforçar o compromisso da
Universidade do Minho com a sustentabilidade”. Para António Cunha, a UMinho
deve “tentar esta prática em varias vertentes potenciando a prestação de contas
e o trabalho que é feito na UMinho”. Segundo este, estão a ser aplicadas várias
medidas de sustentabilidade “penso que vamos ser uma instituição reconhecida
pelas boas práticas”. O Reitor afirmou ainda que está a ser finalizado o
processo de desmaterialização, modernização administrativa “até final de 2013
vai ser fortemente reduzido o consumo de papel”.
Texto: Ana Coimbra
Fotografia: GCII
(Pub. Dez/2012)
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