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Consórcio do grafeno recebe 500 milhões de euros da UE



O
grafeno é normalmente obtido pela esfoliação da grafite, existindo também nos
bicos dos lápis. A sua descoberta deu o Nobel da Física a Andre Geim e
Konstantin Novoselov, da Universidade de Manchester,
com quem Nuno Peres colabora desde 2005. As propriedades únicas do
material vão revolucionar

tecnologias à nanoescala em múltiplos sectores, promover o desenvolvimento

económico, criar empregos e melhorar o dia-a-dia dos cidadãos, refere a UE.

Nas
inovações estão, por exemplo, interfaces óticos, dispositivos digitais
flexíveis, resistentes e rápidos (como papel eletrónico ou aviões mais leves e
eficientes), além de baterias avançadas,
painéis
táteis para comunicações móveis, células solares, sequenciação das bases ADN,
detetores de radiação electromagnética, sensores de moléculas, sensores de
tensão em estruturas, metrologia, e, mais tarde,
novos paradigmas
computacionais e aplicações médicas vanguardistas, como retinas artificiais.

Investigação
sem precedentes

O
Graphene Flagship é um consórcio sem precedentes na pesquisa europeia do
grafeno. É coordenado por Jari Kinaret, da Universidade de Tecnologia de
Chalmers, Suécia, e alia 348 universidades, 182 centros de I&D, 50 empresas
e quatro fundações, entre outros. Tem metas muito claras e reúne toda a cadeia
de valor, desde a produção de materiais à sua integração em sistemas e
componentes. Entre os membros do conselho consultivo estão os dois Nobel, e
responsáveis da Nokia e da Airbus. O projeto arranca com 126 grupos académicos
e industriais de 17 países, incluindo Portugal, tendo 54 milhões de euros para
os primeiros 30 meses. A investigação será alargada em breve a mais 30 grupos, através
de candidaturas.

?O
programa é muito extenso, mas não cobre todas as áreas. Por exemplo, não
tencionamos competir com a Coreia do Sul na área dos ecrãs de grafeno. Contudo,
produzir grafeno é obviamente central para nós?, refere Jari Kinaret. O projeto
europeu foca-se em particular nas tecnologias de informação e comunicação
(TIC), transportes físicos e aplicações de suporte na energia e sensores, sendo
que deve juntar mais áreas no âmbito do Horizonte 2020 da UE.

Nuno
Peres considera que Portugal “tem tido um papel importante na área”. “Esperamos
que a investigação fundamental se transfira rapidamente dos laboratórios para
novas aplicações e novos produtos comerciais, que permitam criar postos de
trabalho, riqueza e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos”, realça o
português, que é um dos principais teóricos mundiais na área e já venceu os
prémios Gulbenkian Ciência e Seeds of Science. O site do consórcio é www.graphene-flagship.eu.
 


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(Pub. Jan/2013)

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