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O cyber-bullying refere-se a diferentes tipos de abuso praticados
através dos meios eletrónicos, telemóveis e principalmente pela Internet. Esta
prática “está a emergir de forma expressiva e a ameaçar a saúde e bem-estar de
crianças e jovens”, para além de afetar as dinâmicas de grupo nas escolas. No
estudo observaram-se 54 diretrizes nacionais a partir dos 27 países, sendo
estas avaliadas pela presença ou ausência de um conjunto de critérios relativos
à ética escolar, políticas e programas, recursos e parcerias de colaboração. O
grupo realizou um levantamento e uma análise de conteúdo, para identificar
pontos fortes e fracos e apontar elementos de boas práticas.
Das principais conclusões, segundo Ana Tomás de Almeida, “muitas
orientações colocam pais e professores no papel de modelos de consciência e
desenvolvimento de competências para a prevenção do cyber-bullying?. Porém, as
políticas e os regulamentos escolares merecem em geral pouco aprofundamento em
termos de conteúdo. A professora do Instituto da Educação acrescenta,
entretanto, que ?a omissão mais notada na maioria das diretrizes é a do papel
pró-ativo que os jovens podem assumir, no combate ao cyber-bullying, para além
do envolvimento do grupo de pares no apoio aos alunos que são vítimas deste
tipo de abusos”.
Sob a perspetiva dos quatro principais grupos-alvo – pais, jovens,
escolas e professores – foram avaliadas algumas recomendações. Para os pais há
orientações no sentido de falarem e monitorizarem os filhos na utilização das
TIC, para além de se mencionar o facto de os pais precisarem de desenvolver os
seus conhecimentos acerca do cyber-bullying e dos meios para a sua prevenção.
No entanto, é apontada como deficiente a presença de diretrizes que apontem para
a cooperação com a escola. Já os jovens têm várias orientações sobre a
importância de desenvolverem competências gerais sobre a sua segurança online,
especialmente nas redes sociais. Todavia, estão pouco disseminadas diretrizes
em torno de jogos online. No que respeita às escolas, há ações que desenvolvem
a consciência entre os estudantes, mas neste domínio realça-se que o
desenvolvimento de políticas de escola carece de valorização e aprofundamento.
Quanto aos professores, têm muitas orientações para agirem como modelos e
ajudarem os alunos a melhorar a sua consciência e competências. Porém, é pouco
enfatizado o papel dos professores na avaliação das políticas, nomeadamente nos
planos de formação e desenvolvimento das suas próprias competências para
o tema.
A brochura está disponível no sítio do projeto, em sites.google.com/site/costis0801,
e será distribuída a nível nacional, em cada um dos países, através dos seus
autores e promotores, no sentido de se tornarem uma ferramenta útil para o
combate à problemática, auxiliando a tomada de decisões e a implementação de
medidas eficazes.
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(Pub. Fev/2013)
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