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UMinho traça cenário para 2013



A
sessão decorreu pelas 10h45 no salão nobre da Reitoria, um momento que já é “normal” na semana que antecede as comemorações do aniversário da UMinho, em que o
Reitor relembra o que foi a atividade da UMinho no ano transato, perspetiva o
futuro e dá a conhecer o programa das comemorações.

António
Cunha começou por fazer uma síntese dos factos mais marcantes de 2012, entre
eles, a certificação do
Sistema
Interno de Garantia de Qualidade da Universidade do Minho que fez da UMinho a
primeira universidade portuguesa a ter este selo, o resultado do Ranking Times
Education que coloca a UMinho entre as 400 melhores universidade do mundo e a
entre as três primeiras em Portugal, foi aprovado o código de conduta ética da
UMinho, foi comemorado os 100 anos da Escola de Enfermagem, foi atribuído o
Doutoramento Honoris causa ao arquiteto Nuno Portas, foi homenageado o
embaixador, João de Deus Ramos, entre outros. O Reitor
destacou ainda relativamente ao ano
transato, que apesar da conjuntura, o número de alunos a frequentar a
instituição tem aumentado. “Passamos de cerca de 16.500 estudantes para 19
mil. É sem dúvida a marca mais importante”, referiu. A UMinho viu também
aumentado o seu leque de cursos, com três novos cursos a iniciar em setembro
passado, para além de ter aberto a
UMASA – University of Minho Aeronautical
Sciences Academy, a nova academia da Universidade do Minho em parceria com o
IFA – Instituto de Formação Aeronáutica.

Relativamente
à investigação, a UMinho continua num caminho de sucesso “o nosso repositório
tem cerca de 20000 documentos e 1 milhão e duzentos mil downloads” referiu
António Cunha, a UMinho conseguiu ainda a maior bolsa de investigação através
de Rui Reis 2,4 milhões de euros, entre outros prémios. Relativamente à
interação com a sociedade, a UMinho recebeu o prémio COTEC, e tem ganho cada
vez mais relevância a nível cultural, principalmente através das iniciativas do
Concelho Cultural. “Todas estas áreas, ensino, investigação e interação com a
sociedade, são alvo de uma estratégia de internacionalização importante” que
tem produzido ótimos resultados para a Academia. Em termos internos, o reitor
destacou a certificação dos Serviços Académicos, o processo de
desmaterialização que vai resultar numa redução do gasto de papel em 2013, bem
como, o processo de redução da fatura energética, entre outros. Antonio Cunha falou
ainda do relatório de sustentabilidade apresentado e dos campeonatos mundiais
universitários de futsal e xadrez que decorreram em agosto e que tiveram como
palco a UMinho.

Para
2013, Antonio Cunha referiu que “estamos no final de um ciclo que corresponde a
um quadriénio 2009-2013, estando-se a consolidar os projetos que estavam
previstos, mas também perspetivar um novo quadro que vai ser importante para
Portugal, o quadro 2014-2020”.
Este ano, a UMinho vai continuar a apostar no repositório, um dos elementos
de maior visibilidade internacional, pretendendo criar ainda um repositório de
dados científicos. Vai ser lançado um novo programa de interação com as escolas
secundárias, vai ser aprofundado o projeto “Casas do Conhecimento” e levar a
cabo a cátedra de empreendedorismo em cooperação com a CGD. A nível das
infraestruturas, será brevemente iniciada a obra do Instituto de Ciência e
Inovação para a Bio-sustentabilidade (IB-S) e o Biotério na ECS avançará também
este ano. Relativamente ao Arquivo Distrital e Largo do Paço, “é um projeto
para se continuar a trabalhar” disse.


Processo de “fundraising
lançado já este ano

Reconhecendo
que o quadro orçamental afetou os planos para 2013, o reitor garantiu empenho
em “cumprir e fechar o plano para o quadriénio 2009-2013 com a maior parte
das iniciativas já consumadas”. Para fazer face às dificuldades que se
apresentam para 2013, para além da aposta no aumento de alunos, na
internacionalização, na investigação, na poupança a vários níveis, Antonio
Cunha usou o termo “Fundraising”, uma das soluções, segundo este,
para colmatar as dificuldades económicas da academia. A ideia é a UMinho
“pedir dinheiro à sociedade através de um processo de “fundraising”. Esta
procura de receitas “não será a troco de serviços ou de
investigação”, mas uma espécie de recompensa ou “troca da missão que
a universidade faz”. Como possíveis mecenas, o reitor falou de
“ex-alunos, pessoas da sociedade a quem a vida de algum modo sorriu”
para que “tendo em conta o papel que a Universidade tem no futuro deem o
seu contributo para um projeto que é de todos”. O processo será lançado já
no próximo mês e, já este ano, a UMinho tem como objetivo angariar menos de um
milhão de euros, mas espera conseguir 5 milhões de euros por ano em 2020. Esta
foi uma das formas encontradas para fazer face ao corte no financiamento
público que, nos últimos três anos, caiu cerca de 25%.

No âmbito do 39º aniversário, foi ainda apresentado o programa das comemorações
que englobam concertos em Braga e Guimarães, um torneio desportivo com varias
escolas secundárias do distrito, vai ser realizada mais uma edição dos “Encontros UM” e, no dia 20 decorrerá a sessão solene comemorativa.


Texto: Ana Marques

Fotografia: Nuno Gonçalves


(Pub. Fev/2013)

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