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Roboparty 2013 contou com a participação especial de uma equipa dinamarquesa




O programa começou
com a sessão de abertura solene, onde esteve presente o reitor da Universidade
do Minho (Prof. António Cunha), a Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de
Guimarães (Dra. Francisca Abreu), a representante do Presidente da Escola de Engenharia
(Profa. Madalena Araújo), o Presidente da Sociedade Portuguesa de Robótica (Prof.
Luis Paulo Reis), o Diretor do Centro Algoritmi (Prof. João Monteiro) e o responsável
pela empresa SAR – Soluções de Automação e Robótica (Eng. José Cruz) parceiros na
organização deste evento.

Este
ano esta iniciativa bateu o record de inscrições, com 448 participantes
distribuídos por 112 equipas, entre as quais se encontrava uma equipa dinamarquesa,
que recebeu as boas-vindas em inglês na sessão de abertura do evento. O
professor de matemática e de físico-química dinamarquês, Mads Madsen, veio acompanhado
de três estudantes com idades entre os 15 e os 16 anos. Teve conhecimento da
iniciativa através de um professor da UMinho, numa visita a Portugal, em São
Pedro do Sul, e espera “aprender muito sobre robôs”. Os três elementos da
equipa “Danish nerds”, assim chamada,
tinham a expectativa de se divertirem e também de “aprender mais sobre robótica”.

Foram
três dias non-stop, preenchidos por
sessões de formação, competições e ainda por atividades lúdicas e desportivas.
Primeiro têm formação para soldar os componentes, depois para montar o robô e,
por fim, para a aprender a programar. No último dia, as equipas disputaram o
troféu em três provas distintas: a Prova de Obstáculos, onde os robôs têm uma
espécie de labirinto; a Prova de Perseguição em que dois robôs competem para
ver qual o primeiro que consegue “capturar” o adversário; e, por fim, a Prova
de Dança, a que mais tem atraído o público, segundo Fernando Ribeiro, Professor
do Departamento de Eletrónica Industrial da Universidade do Minho que está à
frente da organização da Roboparty desde a primeira edição. Nesta prova, quatro
equipas desenvolvem uma coreografia em conjunto, pudendo livremente escolher a
música e enfeitar os robôs.


Este ano, a faixa etária dos participantes foi desde os oito até aos 63 anos. No entanto, para Fernando Ribeiro, o ideal é que tenham mais de 11 anos, acrescentando que “aceitam todas as equipas, de preferência que não saibam robótica”. Foi o caso da equipa de José Leme, professor de Física do 12º ano, que trouxe a sua equipa de alunos para a Roboparty por “terem mostrado entusiasmo pela iniciativa, embora não percebam nada de eletrónica”.

Foram também vários os participantes repetentes neste evento. João Pedro Moreira, do 10ºano da Escola Secundária Martins Sarmento, foi um deles. Já participou há dois anos e voltou porque gostou da experiência onde aprendeu “a programar e a soldar componentes” afirmando que o mais difícil foi a programação pois “é algo diferente” do que já fez. Mas é também por influência dos pais que algumas crianças vêm à Roboparty. Ana Chaves, aluna do 6º ano, veio porque o pai “arranjou a atividade” e por considerar “divertido” saber como se monta e como reage um robô.

Independentemente dos conhecimentos de robótica das equipas, todas elas são acompanhadas por voluntários que prestam todo o apoio necessário. No total, a organização conta com cerca de uma centena de colaboradores. Para André Pereira, voluntário e um dos elementos da comissão organizadora, “é muito gratificante ver que há participação dos mais novos e ver que é uma área muito interessante para eles”.


No final do evento decorreu a entrega dos prémios aos três primeiros classificados das provas. Assim na prova de Obstáculos, o primeiro classificado foi a equipa “LAR” da Universidade do Minho, em 2º a equipa “Knight Rider” da Escola Profissional de Rio Maior e em 3º a “Robotronik” do Colégio Diogo de Sousa.

Na prova de perseguição, a 1ª classificada foi a “Transformers Team” da Escola Profissional do Alto Lima, em 2º ficou a “Roboys” do Agrupamento de Escolas de Gouveia e em 3º a “Robotmir” do Agrupamento de Escola de Mira.

A prova de dança realizou-se em conjuntos de 4 equipas, para incentivar o intercâmbio de conhecimentos técnicos e científicos e a comunicação entre as equipas, daí o prémio ser partilhado por várias equipas.

A importância deste evento para a Universidade do Minho reflete-se também no crescente número de inscrições que o Departamento de Eletrónica Industrial tem registado. “É interessante ver que nos últimos anos temos preenchido sempre as vagas e as médias têm subido, e quando vamos ver, muitos alunos já participaram na Roboparty.” Para Fernando Ribeiro, esta iniciativa “ajuda a cativar alguns alunos” e também a motivá-los para a ciência e tecnologia.

Texto: Amália
Carvalho

Fotografia: Nuno Gonçalves


(Pub. Mar/2013)

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