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Aluno da UMinho produziu o espetáculo com a maior assistência de sempre



Sérgio Ferreira está a terminar o mestrado em Tecnologia e Arte
Digital da UMinho.
Em paralelo, o criativo dedica-se ao ?video mapping? (projeção em
superfícies irregulares) e é convidado para workshops e apresentações em vários
países. O seu trabalho “Among”, que junta uma colónia de formigas a
uma instalação de luz e som, foi recentemente premiado pela Fundación
Telefónica no VIDA 13.0, um concurso de referência mundial na investigação
artística e vida artificial.

Um autodidata muito motivado

Mas nem tudo foi fácil. Filho de emigrantes portugueses humildes,
Sérgio Ferreira nasceu em Nice (França) e teve a infância em Rabat (Marrocos).
Começou a trabalhar num matadouro em Antuérpia (Holanda), seis dias por semana,
e depois na limpeza de fábricas e parques subterrâneos. Mudou-se para Newcastle
(Inglaterra) e foi a montar palcos, inclusive para tournées dos Rolling Stones
ou Tina Turner, que se aperfeiçoou no design de luzes e multimédia. “Seguia a
evolução dos computadores, eletrónica, BD e essa mistura acentuou a minha
curiosidade”, justifica.
O autodidatismo e o forte empenho fizeram o resto.

A sua inovadora manipulação de vídeos cativou o artista Jean
Michel-Jarre, que logo o chamou. “Não diria que essa reunião na sua casa em
Paris mudou a minha vida profissional, mas certamente ajudou a evoluir”,
salienta o “criativo contemporâneo”. “O conceito da mega-atuação de Moscovo foi
centrado no grafismo da propaganda russa”, recorda. Sérgio Ferreira acumulou
depois convites de bandas consagradas como os Daft Punk, na altura com o
sucesso “Around the world”.
Trabalhou também para as
televisões RTL, VTM e para as multinacionais Riverland, Ernst & Young, PwC,
ArKaos e Shell, em cargos como direção de iluminação e vídeo ou consultoria em
new media. Estabeleceu-se em definitivo no Porto na sequência da sua exibição
tridimensional para a Porto 2001. Seguiram-se “Tu trazes cor” para a Casa da
Música – paredes a mudar de cor e emitir sons à passagem do público – e
projeções gigantes no castelo de Montalegre ou na Guimarães 2012. Cofundou a
empresa Ula.Li e o coletivo public*reality, entre outros.

Quer criar bonecos musicais sensoriais

Entrou na UMinho graças ao seu currículo profissional relevante,
pois tinha apenas a quarta classe. “Queria estruturar o conhecimento que
adquiri ao longo dos anos e o contexto académico pareceu-me ideal. Tem sido uma
ótima experiência aprofundar a investigação, partilhar ideias com professores e
colegas, estabelecer parcerias extracurriculares”, resume Sérgio Ferreira. O
projeto que tem em mãos, “Tangible Sound Toys”, pretende produzir
artefactos embebidos com recursos comunicativos (software), para “criar
brinquedos de som exploratórios, virtuais e tangíveis, que sejam
transformadores e sensoriais” para os mais novos.

 

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Gabinete de Comunicação, Informação e Imagem

Universidade do Minho

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(Pub. Jun/2013)

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