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A
inovação da pesquisa passa pela ativação da prata de modo a exponenciar a
sua atividade antimicrobiana. “A prata é conhecida por ser um bom agente
antimicrobiano, tendo sido utilizada em diferentes áreas dos biomateriais,
têxtil e vestuário”, contextualiza a coordenadora do projeto Sandra Carvalho.
Os revestimentos poderão ser aplicados em implantes ortopédicos do joelho e da
anca, bem como em próteses de discos intervertebrais. O trabalho suscitou
interesse na comunidade médica. Já foi celebrado um protocolo de colaboração
com um hospital de Braga para proceder a estudos físico-químicos e biológicos
em próteses recuperadas de cirurgias de rejeição.
A fadiga por fratura e desgaste são os principais fatores
responsáveis pela rejeição e falha de implantes médicos. Os materiais
utilizados em dispositivos médicos estão sujeitos a elevadas tensões mecânicas
e esforço contínuo. Este facto, associado ao contacto com os fluidos corporais,
leva à falha prematura dos implantes. “O processo de desgaste origina resíduos,
cuja acumulação dá origem a reações agudas do tecido envolvente, que tendem a
agravar e acelerar a falha do biomaterial”, explica a investigadora, que contou
com a colaboração de colegas do Centro de Engenharia Biológica/Instituto de
Biotecnologia e Bioengenharia.
Em situações mais graves, pode ser necessária a remoção do
implante devido a infeções. Os problemas relacionados com este tipo de
desgaste têm sido abordados através do desenvolvimento de novos
biomateriais, em especial pela introdução de revestimentos multifuncionais, com
o intuito de melhorar as suas propriedades físicas, mecânicas, tribológicas e
biológicas.
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(Pub. Jan/2014)
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