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A ação decorreu na livraria Almedina, no campus de Gualtar,
sendo que a mensagem central foi que chegar ao alto desempenho dá muito
trabalho, algo inatingível sem dedicação, determinação, sem objetivos traçados
e grande capacidade de trabalho.
“Alto desempenho não significa alto rendimento” começou por
dizer Gabriel Oliveira que é treinador de andebol nas camadas jovens do ABC e
treinador da equipa universitária da AAUMinho. O treinador disse ainda que alto
desempenho implica ter objetivos para alcançar “quando se pensa em alto
desempenho pensa-se em profissionalismo, chegar ao topo, mas para se chegar lá
é necessário um longo caminho que deve começar nas fases de formação” sendo que
Gabriel salientou ainda haver exemplos de quem consiga chegar lá rapidamente,
mesmo começando em idades já mais avançadas “a força de vontade e o trabalho
são fundamentais” disse. Para além do trabalho, o treinador diz ser essencial
haver uma sinergia entre os vários interlocutores que rodeiam um atleta “é
preciso responsabilização de todas as partes (treinador, pais e atletas) tudo
tem de estar em perfeita ligação para se chegar ao alto desempenho” sendo que o
alto desempenho não poderá ser só a nível desportivo, mas também académico e
social, só dessa forma se poderá dizer que um jovem tem alto desempenho.
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Na mesma linha, Rui Bragança, aluno de Medicina da UMinho e
atleta de taekwondo referiu ser essencial para chegar ao alto desempenho,
conseguir conciliar desporto e estudos, sendo segundo este “essencial a ajuda
dos pais”. Segundo Rui, para se conseguir conciliar as duas vertentes é preciso
criar rotinas e fazer algumas opções, nem sempre agradáveis mas necessárias,
referindo que apesar de o taekwondo lhe tirar tempo de estudo, também o tem
ajudado “quanto melhor aluno eu for melhor atleta vou ser” dizendo que o
taekwondo ensina-o a pensar, a ser rápido, a ser criativo, coisas que depois
vão ser úteis nos estudos. Para além disso, Bragança diz ainda que foi o
taekwondo que o ajudou ao alto desempenho nos estudos “sabia que se tirasse más
notas os meus pais iam-me tirar aquilo que eu mais gostava, por isso sempre me
esforcei muito para conciliar as duas e ter sucesso nas duas”.
Sobre o sucesso ou insucesso, Bragança referiu que “É
frustrante perder mas aprendemos com os erros”, sendo que o atleta de taekwondo tenta que a vertente desportiva não o afete a
nível académico e vice-versa. Já Gabriel referiu ser necessário aprender a
lidar com o insucesso “quando alguma coisa corre mal é preciso seguir em frente
e isso consegue-se traçando outros objetivos ou adotando estratégias de motivação” disse.
Texto: Ana Marques
(Pub. Fev/2014)
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