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Isabel Pires de Lima, ex-ministra da Cultura, profere a
conferência inaugural na quinta-feira, às 9h30, com o tema “Figuras do Idiota
na Narrativa Portuguesa: Inclusão/Exclusão”. A sessão tem lugar no auditório do
Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH), no campus de Gualtar, Braga.
Mais cedo, às 9h00, a abertura oficial junta o vice-reitor Rui Vieira de
Castro, a presidente do ILCH, Eunice Ribeiro, e a diretora do Centro de Estudos
Humanísticos da UMinho (CEHUM), Ana Gabriela Macedo. O programa prevê quase
trinta comunicações em torno da reflexão “interdisciplinar, intermedial e
plurilingue da representação ficcional e teórica da idiotice”.
“A idiotice marca, de certa forma, o mundo em que vivemos. É um
tema inspirador e com muitos estudos recentes, desde a literatura canónica até
à cultura
mais popular e mediática, passando naturalmente
pelo cinema e pela BD”, refere a professora Cristina
Álvares, da comissão organizadora. “O idiota situa-se no plano das (in)aptidões
intelectuais e cognitivas. E é sempre o outro, ou seja, nós próprios nunca o
somos”, acrescenta. O colóquio aborda as estratégias retóricas, as categorias
narrativas, as figuras do imaginário e as dinâmicas que são mobilizadas para pôr em cena a idiotice, bem como o seu
papel na criação intelectual e artística e até que
ponto “assombra” as artes.
O efeito carnavalesco da idiotice faz dela uma fonte de humor
inesgotável e o seu alcance socialmente subversivo investe-a de um valor
político tanto em registo cómico como trágico. Este colóquio é
organizado pelo CEHUM e pela direção do mestrado em Mediação Cultural e
Literária da UMinho. O site oficial é http://cehum.ilch.uminho.pt/figuras_do_idiota.
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(Pub. Abr/2014)
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