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Cientistas revolucionam a forma como se absorve a luz solar



A sua aplicação futura inclui foto-detetores ultrassensíveis para
câmaras fotográficas ou vídeo, baterias de
smartphones recarregadas à
exposição solar e eletrónica flexível para adaptar à roupa, ao plástico e a
sistemas biológicos, entre outros.

Em concreto, o protótipo de apenas alguns átomos de
espessura tem como grande inovação a utilização de bandas de energia eletrónica
que correm paralelas nos materiais bidimensionais que o formam, em particular a
molibdenite, um composto semicondutor que pode vir a substituir o silício em
dispositivos eletrónicos. O protótipo é capaz de converter 30% dos fotões de
luz recebidos em energia elétrica. “Acreditamos estar a abrir novas fronteiras
no aproveitamento energético da luz, nos foto-detetores e na eletrónica do
futuro”, afirma Ricardo Mendes Ribeiro, do Centro de Física da Escola de
Ciências da UMinho.

Ricardo Mendes Ribeiro realizou
a pesquisa com dez cientistas das universidades de Quioto (Japão) e Nacional de
Singapura. O trabalho acaba de ser publicado na conceituada revista “Nature
Communicatons”, com o título “Photocarrier relaxation pathway in
two-dimensional semiconducting transition metal dichalcogenides”.

Este campo de investigação está em grande
crescimento e vários grupos de todo o mundo têm criado protótipos com a técnica
de esfoliação mecânica, usando materiais como o grafeno, para captar os
eletrões que se formam quando a luz incide, ou o dissulfato de tungsténio, que
absorve a luz e gera esses eletrões. O primeiro desses projetos, divulgado em
2013 na revista “Science”, envolveu Ricardo Mendes Ribeiro e os “Prémio Nobel
do grafeno” Andre Geim e Konstatin Novoselov, entre outros investigadores.

Mais informações

Prof. Ricardo Mendes Ribeiro – 912291898, 253604335, ricardo@fisica.uminho.pt, http://hawk.fisica.uminho.pt


Fonte: EEUM


(Pub. Set/2014)

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