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UM futuro para as cidades: conferência apontou que as cidades precisam de ser mais atrativas



O
encontro que decorreu no passado dia 17 de outubro fechou a série de debates “UM futuro” que integraram o programa de comemorações do 40º aniversário da
UMinho. José Mendes, vice-reitor da UMinho, foi o moderador da sessão que nos
mostrou a condição das cidades do presente e perspetivou as cidades no futuro,
considerando-se ainda a diferença entre as “nossas” cidades e a realidade de
algumas das cidades nos EUA revelada pelo convidado Will Wynn.

Uma
conversa muito prolífica em que os pontos fulcrais discutidos referiram-se essencialmente
à criação de novos projectos de reabilitação dos centros urbanos, à evolução
demográfica e ao crescimento citadino.

José
Mendes afirmou convictamente que é muito importante a existência desta
discussão, dado que Portugal é um país onde uma grande percentagem da população
reside nas cidades, na sua maioria em Lisboa ou Porto.

Embora
haja uma forte densidade populacional nas regiões metropolitanas, Rui Moreira
considera que, nos últimos sessenta anos, a cidade do Porto está a perder
habitantes. Já António Costa declarou que  
“Lisboa foi o concelho que mais
desertificou nas últimas décadas”. Sublinhando os autarcas, a importância de tornar
as cidades portuguesas mais cativantes. Segundo o Presidente da Câmara do Porto,
este problema tem solução, afirmando que “a fuga da população pode ser
combatida, transformando a cidade num território confortável e interessante”. Para
este, é possível “construir a cidade perfeita” para os cidadãos. Já António
Costa defende a ideia que é preciso “mais emprego, mais pessoas, mais cidades”.
Nos dias que correm, o grande desafio das cidades aponta para a atração dos
mais jovens: “devemos apostar na fixação das novas gerações”, visto que o
aumento demográfico dos centros urbanos deve-se fundamentalmente “aos mais
jovens, aos estudantes universitários e aos estrangeiros que vêm para
Portugal”, acrescentou.


Um dos
assuntos que também mereceu relevo diz respeito à aposta em novos projetos, cujo
intuito se baseie na recuperação do património urbano e ao crescimento demográfico
e económico das áreas metropolitanas. Comentando o autarca portuense, a
necessidade da reabilitação das cidades, através de Quma estratégia de
reanimação”. Salientando também a importância de “primeiro devemos pensar nas
pessoas da cidade, depois nos turistas e nas atividades económicas”.

Já o
autarca lisboeta realçou a importância económica que a sua cidade tem
adquirido, o que tem sido marcante para o seu progresso, referindo que “Lisboa
tem sido um centro de atração para as empresas”. Para este, a vivacidade da
cidade constrói-se através do “conjunto dos diferentes tipos de oferta, e
quanto mais oferta tiver uma cidade, mais atrativa é” disse.

Toda a
partilha de conhecimento foi verdadeiramente uma mais-valia para todo o público
presente, pois é crucial compreender e conhecer as perspectivas das figuras
mais influentes e reflectir sobre o futuro da nossa pátria.

  

Texto: Marta
Alves 

Fotografia: Nuno Gonçalves


(Pub. Out/2014)

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