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“Ainda há muito para fazer, nomeadamente no envolvimento dos estudantes”



Ocorrendo no início do ano
académico, com o propósito de dar a conhecer, principalmente aos novos alunos,
as potencialidades, ao nível cultural, das duas cidades onde a Universidade
está implantada, o evento decorre normalmente ao longo de três dias (de quinta
a sábado) envolvendo as Unidades Culturais que integram o Conselho Cultural e
os agentes culturais da região, nomeadamente museus e autarquias.

Este ano, a
iniciativa contou com mais um dia do que é normal, pois no domingo decorreu o
ponto alto do evento, com
o concerto da
Orquestra da UM, dirigida pelo Maestro Vitorino d`Almeida, em que foi tocada a
sinfonia nº6, composta por este maestro e que levou o nome da Universidade do
Minho. “Foi um momento muito alto do Festival, encheu o Grande Auditório de
Vila Flor, em Guimarães e o Salão Medieval, em Braga” referiu a
Presidente do CC,
Maria Eduarda Keating.

A Presidente faz um
balanço positivo do evento “correu muito bem”
.
Desta forma, esta que foi a 5ª edição
agradou aos responsáveis, pela envolvência
que o festival criou com as cidades, desenvolvendo empatia com o público já
habitual e cativando novos membros da comunidade, tanto académica, como público
externo à Universidade.
 “Mexeu e envolveu as cidades de
Braga e Guimarães, criou empatia com o público, que é fiel, e acolheu como é
desejável, novos públicos” garantiu. Mas segundo a mesma, o CC ainda não está
satisfeito, asseverando que “há ainda muito a fazer, nomeadamente no
envolvimento dos estudantes”, garantindo que “É nossa meta que os alunos do 1º
ano venham em massa conhecer as cidades onde vão estudar e a oferta cultural
que elas lhes proporcionam, nos espaços dinamizados pelo Conselho Cultural e
fora deles”, estando-se a trabalhar em parceria com a AAUM para que nas
próximas edições mais alunos do 1º ano participem no evento que pretende
mostrar a forte e qualificada oferta cultural das duas cidades, sendo por isso uma
espécie de “montra” da oferta cultural de Braga e Guimarães, afirma a
responsável.

Desenhado para a academia, o vastíssimo programa é
totalmente livre e sem custos para os participantes. “Os alunos, principalmente
os estrangeiros, sempre se surpreendem com o facto de não terem que pagar inscrições,
visitas, nem as entradas nos concertos”, mas este é também aberto ao público
externo à Universidade “talvez este ocorra até em maior número. O público
externo de Braga e Guimarães já se habituou às iniciativas do Conselho
Cultural, dirige-se-nos e solicita-nos informação cultural frequentemente” referiu Eduarda

Keating
,

Parceiras exemplares têm sido as autarquias, seja na
divulgação, seja na cedência de espaços e apoios vários, sem as quais “não
conseguiríamos realizar os programas que nos propomos, pois o nosso orçamento é
muito exíguo”
 afirmou a presidente.  

Com um sucesso cada
vez maior, de ano para ano, “
temos cada vez
mais dificuldades em garantir espaço para todos nos nossos eventos”, o Festival
de Outono é já “um hábito nas cidades de Braga e Guimarães?, que tem ganho com
a estratégia de “trabalhar cada vez mais em rede com as autarquias, museus,
bibliotecas e associações”, o que acaba por criar uma imagem do Festival como
uma “programação integrada, associada às forças culturais da região” destacou a
responsável.

A parceria tem sido também fomentada ainda, segundo Eduarda Keating, pelos “constrangimentos
orçamentais” vividos atualmente pelo CC e pela sociedade em geral, apesar de
tudo, a responsável refere que as parcerias têm sido uma “experiência bastante
gratificante, que espero que continue, e que acabou também por dar maior
consistência ao Festival e explicar também em grande parte o seu sucesso”.

Programação do CC até final do ano

Dia 21 de novembro, o colóquio “Entre Mouros,
Cristãos e Judeus” – Colóquio de Homenagem ao Dr. António Losa ? conhecido
arabista e erudito bracarense cujo centenário se celebra nessa data.

A 27 de novembro, data do 100º aniversário do
nascimento do Prof. Lúcio Craveiro da Silva, antigo Reitor da UM, seu fundador
e figura incontornável da cultura, realizamos um Colóquio/Homenagem, de um dia
inteiro, de entrada livre, e que trará ao Salão Nobre da Reitoria da
Universidade do Minho personalidades da cultura nacional e antigos reitores que
prestarão testemunho sobre esta personalidade, que foi também o primeiro Presidente
do Conselho Cultural. O Colóquio intitula-se “Lúcio Craveiro da Silva: Homem de
Ação e Pensamento”.

A11 de dezembro, a Sessão de entrega do Prémio
Victor Sá de História Contemporânea, que é uma iniciativa anual do Conselho
Cultural. Este ano, por se comemorar os 40 anos do 25 de Abril, a entrega do
prémio será acompanhada de uma conferência e de uma exposição na Galeria do
Salão Medieval, sobre a Imprensa Clandestina, apresentando um trabalho de
investigação inédito, da autoria do Prof. José Manuel Lopes Cordeiro,
investigador do Departamento de História da UM.

Diversos eventos no âmbito dos ciclos que
mantemos com a Rádio Universitária – RUM.

 

Texto: Roberto Correia 


(Pub. Nov/2014)

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