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Centro Médico da UMinho: um pequeno hospital dentro da Universidade



De
acordo com Isabel Rego, Diretora do Departamento de Apoio Social dos SASUM, o
grande objetivo deste projeto é “prestar
aos estudantes serviços de qualidade na área da saúde, de forma direta e com
custos mínimos”.

Este Serviço de Apoio Clínico divide-se em
três áreas de atuação, ou seja, integra três valências, sendo estas: consultas
de apoio médico – serviço de medicina preventiva (destinado essencialmente aos
estudantes deslocados, do 1º e 2º ciclo, da Universidade do Minho, de forma
gratuita), consultas de avaliação e encaminhamento para acompanhamento
psicológico (que possibilita aos estudantes bolseiros usufruírem de atendimento
psicológico, sendo a percentagem de desconto no pagamento das consultas
diretamente proporcional ao valor da bolsa recebida) e cuidados de enfermagem a toda a comunidade académica.

A assistência médica é efectuada, de forma gratuita,
por médicos contratados pelos SASUM, para alunos deslocados, do 1º e 2º ciclo.
De forma excecional e restrita à disponibilidade na agenda de marcações, os
estudantes inscritos em ciclos de estudos conducentes a Doutoramento podem ter
acesso a consultas de apoio médico, sendo o valor a cobrar de 20 euros. Em
Braga, as consultas realizam-se às terças-feiras, entre as 16h e as 19h. Em
Guimarães, funcionam no mesmo dia, entre as 14h e as 17h.

De acordo com Sofia Ferreira, uma das enfermeiras
do serviço, para se marcarem consultas de medicina geral, basta que os alunos “passem pelo balcão de atendimento” ou enviem um e-mail. Por outro lado, no que
toca às consultas de psicologia, Sofia Ferreira informa que “há a necessidade
do preenchimento de uma ficha de inscrição”, uma vez que “existe um protocolo
com a Escola de Psicologia da Universidade do Minho”.

As consultas de psicologia decorrem no gabinete médico
de Gualtar, às segundas e
quartas-feiras, das 9h às 13h; terças-feiras das 9h às 13h e das 14h às 16h e
sextas-feiras das 9h às 11h. No gabinete médico de Azurém realizam-se
às quintas-feiras, entre as 9h e as 13h.

O preço de uma consulta
de psicologia para não bolseiros tem o valor de 20 euros. Para quem tiver bolsa
de estudo, o valor oscila entre o “gratuito” e os 14 euros,
sendo que a percentagem de desconto é directamente proporcional ao valor da
bolsa.

O serviço de enfermagem
pretende assegurar a prestação de cuidados de enfermagem a toda a
comunidade académica. Dedica-se, sobretudo, a tratamentos decorrentes de
acidentes, da realização de exames de rotina médica e de medidas gerais da
promoção da saúde, como a vacinação, educação para a saúde, nutrição e
reabilitação.

A enfermaria do Centro
Médico do Campus de Gualtar está aberta de segunda a sexta-feira,
entre as 9h e as 19h. Em Guimarães, funciona no gabinete médico presente
no Complexo Desportivo de Azurém e está aberta segunda-feira das 14h às 21h,
e de terça a sexta-feira, entre as 10h e as 13h e das 14h às 18h.

De acordo com Sofia
Ferreira, a grande vantagem destes serviços reside na “acessibilidade”. “O Serviço
está inserido nos Campi. Podemos fazer sempre uma primeira triagem, porque há
situações que conseguimos resolver cá, não tem que implicar a deslocação do
aluno até ao hospital”, explica.

Isabel Rêgo é da mesma
opinião, afirmando que este serviço distingue-se porque “permite aos
estudantes, nomeadamente deslocados, terem acesso a cuidados de saúde, de forma
próxima e continuada, e não somente no contexto de uma urgência hospitalar”,
reforçando ainda que por isso “
o serviço prestado constitui
um apoio efetivo constante, essencialmente para os estudantes deslocados, que
se encontram longe da sua residência e se veem privados da assistência médica
que tinham nos seus locais de origem, promovendo uma verdadeira integração dos
mesmos na comunidade académica, permitindo facilitar, dentro do que nos é
possível, o percurso académico dos mesmos”.

Segundo dados de 2013,
todos os serviços disponibilizados pelo Centro Médico da UMinho têm registado
grande afluência. Foram dadas 376 consultas de apoio médico, 361 de apoio
psicológico e registaram-se 1584 atos de enfermagem.

Estes dados foram
confirmados pela Diretora do Departamento de Apoio Social que referiu que estes “
refletem a perceção por parte dos estudantes sobre
a existência e relevância deste Serviço”.

Ainda assim, Filomena
Costa, enfermeira no Centro Médico no pólo de Gualtar, diz que nem todos os
alunos da UMinho conhecem o serviço: “Nós tentamos sempre atrair estudantes,
através de demonstrações na Universidade, como através da internet, mas sabemos
que nem toda a gente tem acesso a esta informação”. Para além destes canais de
divulgação, o Serviço tem-se dado a conhecer através de outros mecanismos, sendo
que o que é essencial é que todos os alunos da Universidade, bem como a
restante comunidade, tenham conhecimento do Serviço e acedam a ele sempre que
precisarem.

Para além destes
serviços, todos os alunos da Universidade podem agora usufruir de consultas de
Planeamento Familiar. Em Braga, têm lugar no Instituto Português da Juventude.
Já os alunos a estudar em Guimarães terão que se deslocar ao Centro de Saúde da
Amorosa.


 

Perguntas Filomena Costa:

Filomena Costa é enfermeira no Centro Médico da
Universidade do Minho e o atletismo é a sua grande paixão desde os 10 anos.
Atualmente compete pela Associação Cultural e Desportiva Jardim da Serra e tem
o sonho de representar Portugal nos próximos Jogos Olímpicos, que se vão realizar
no Rio de Janeiro, em 2016.

 

Como o desporto
surgiu na sua vida?

A
minha irmã entrou para o atletismo em 1995 e eu gostava muito do que ela fazia.
Então, com 10 anos comecei a praticar, desde então jamais larguei.

Qual é o grande objetivo
para a sua carreira?

O
meu grande objetivo é estar nos Jogos Olímpicos, para os quais tenho treinado e
trabalhado. A época passada foi a melhor que tive a nível de resultados até
hoje.

Está confiante que
vai lá estar?

Não
posso dizer que estou muito confiante porque o nosso país tem atletas de grande
valor e Portugal só pode levar três maratonistas para o Rio de Janeiro. Neste
momento, parece-me difícil, mas vou trabalhar para isso.

É difícil conciliar a
carreira com a atividade profissional?

É
difícil, já o fiz durante o curso e agora a trabalhar. Precisamos, sobretudo,
de um sentido de organização muito bom, mas com muito esforço e dedicação é
algo que se consegue fazer.

 

Texto: Telmo
Crisóstomo

 

(Pub. Nov/2014)

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