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Importância da Engenharia para o futuro esteve em debate na UMinho



Subordinada
ao tema “Engenharia 2020”, a Escola de Engenharia da Universidade do Minho
(EEUM) pretendeu durante esta semana celebrar o contributo da Engenharia para o
futuro do país, a inovação, a empregabilidade e o desenvolvimento e
sustentabilidade regionais.

Com a
quase totalidade das iniciativas e ações a decorrerem no Campus de Azurém, a
semana comemorativa abriu com a sessão solene do 40º aniversário da Escola, no
passado dia 22, com o Presidente da Escola, João Monteiro a traçar aquilo que
tem sido o percurso da EE, o seu presente e o que pretende ser no futuro. “A EE
comemora quatro décadas de existência com uma evolução notável na qualidade de
ensino e investigação que se levam a cabo diariamente” disse. 

Segundo o
Presidente, a Escola tem sabido ao longo dos anos prestar um contributo
extraordinário para o avanço da ciência e da tecnologia. “A Escola tem
consolidado a sua posição entre as melhores instituições de ensino de
Engenharia do país com visibilidade internacional” afirmou.

Sobre o
presente, João Monteiro mencionou que a EE “é uma Escola madura, de olhos
postos no futuro” a qual representa um terço da UMinho (é
a
maior escola da academia minhota, com 6 mil alunos e 302 docentes)
e detém
uma posição de relevo entre as instituições congéneres. Sendo que a preocupação
também ficou visível nas suas palavras ao referir que a EE “
tem
alguns cursos com índices de satisfação da procura preocupantes”.

Continuando,
o professor destacou ainda a qualidade dos engenheiros formados na Escola, os
quais são “reconhecidos a nível nacional e internacional pela sua qualidade,
como profissionais de excelência”. Não esquecendo os investigadores, referiu
estarem entre os melhores “90% dos nossos investigadores estão enquadrados em
candidaturas classificadas com muito bom, excelente e excecional”.

João
Monteiro falou ainda da ligação ao meio envolvente, e segundo este “Num
relatório recentemente publicado pela FCT, a UMinho é apontada como uma
instituição de topo no que se refere ao número e qualidade das relações de
cooperação com a rede de indústria nacional”, o que para o mesmo, disto decorrem
as “inúmeras parcerias criadas para desenvolvimento de produtos e serviços inovadores”.


Já a
pensar no debate que se seguiria, “Engenharia: crescimento e desafios para as
regiões”, o Presidente da EE falou ainda da ligação às quatro cidades do
quadrilátero urbano (Braga, Guimarães, Barcelos e Famalicão), referindo que tem
sido ?estrategicamente considerada? procurando estabelecer uma dinâmica de ação
que contribua diretamente para o desenvolvimento da região.

Com um
painel composto pelo Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia,
Jorge Moreira da Silva, os presidentes dos municípios do Quadrilátero Urbano –
Miguel Gomes (Barcelos), Ricardo Rio (Braga), Leonel Rocha (vereador
Famalicão), Domingos Bragança (Guimarães), o administrador da Bosch Car
Multimedia Portugal, Sven Ost, e o reitor da UMinho, António Cunha, o debate
primou pela qualidade, com excelentes contributos para aquilo que se quer e
deve ser o quadrilátero urbano, para aquilo que deve ser a política de
ordenamento do território, para aquilo que se quer do ambiente, para aquela que
deve ser a posição da UMinho na região ou nas regiões em que está inserida.

Com a
conversa a centrar-se em volta do quadrilátero urbano, este foi assumido como
um
“projeto político” pelos representantes dos quatro
municípios presentes, que o classificaram de “Quadrilátero de ouro”
que deve ser aproveitado para benefício da região, sendo para isso necessário
que os quatro municípios definam e adotem uma estratégia clara em prol da
região.

Para
Domingos Bragança, Guimarães tem ganho muito com a presença da Universidade na
cidade e “não prescinde do contributo interativo com a Universidade,
nomeadamente com a Escola de Engenharia”disse. Sobre o quadrilátero, o
presidente salientou a importância de haver entre os municípios “inteligência,
tolerância, capacidade de convivência, separar o que é acessório e unirmo-nos
no desenvolvimento deste espaço urbano”. Já Ricardo Rio patenteou a ideia de
que o quadrilátero não seja “uma mera oportunidade de aceder a financiamento,
mas que seja o verdadeiro motor de desenvolvimento desta região”, para isso,
acrescentou que é preciso “falar, reunir e fazer-se um trabalho conjunto”. Na
mesma linha, Miguel Gomes disse ser preciso haver “vontade política”, lembrando
que diferente do anterior mandato em que andou a “reclamar”, “hoje a situação é
diferente” e os quatro presidentes têm conseguido reunir, por isso, vê futuro
no quadrilátero. O vereador da Câmara de Famalicão, Leonel Rocha, que esteve
neste processo desde a primeira hora, disse ser essencial para a continuação do
projeto, o trabalho entre os municípios, referindo que “o futuro do
quadrilátero é trabalhar com os parceiros”, sublinhando que “os autarcas têm
que ser cada vez mais engenheiros para encontrar pontes entre si, para
trabalhar em conjunto e potenciar sinergias entre os municípios”, afirmando que “o quadrilátero tem futuro”.

A ideia da necessidade do trabalho conjunto foi unânime, a
qual foi reforçada por Jorge Moreira da Silva que afirmou que “a
Universidade do Minho, o poder local e as empresas podem vencer se trabalharem
numa lógica de ecossistemas”. O ministro recordou que Portugal foi
reconhecido por ter as melhores políticas energéticas do mundo, ao nível da
competitividade, segurança e abastecimento e sustentabilidade, com isso “a
UMinho e a região ganham capacidade de atracão de investimento e
internacionalização”.

António Cunha destacou sobretudo a grandeza da Escola de
Engenharia, referindo que esta é “um terço da Universidade e é a maior Escola”.
Salientando a importância da EE, lembrou a sua relevância para o tecido
económico da região, bem como a nível da investigação. Para o futuro, o Reitor falou
da maturidade da Escola, alertando-a de que é preciso pensar nos desafios e
delinear a forma como os vai enfrentar, entre eles a falta de alunos e a forma
como os atrair para os seus cursos, tanto os nacionais como os estrangeiros,
mas salientando que a Escola ao longo dos anos tem mantido e continua a ter uma “relação feliz com a industria” sendo essencial no desenvolvimento da região.

A Semana contou
ainda com um dia dedicado ao emprego, com presença de dezenas de empresas. Realizou-se
ainda a cerimónia de entrega de diplomas e prémios e a cerimónia de graduação.
Já no dia 26, decorreu uma sessão de esclarecimento para pais e orientadores
vocacionais. Para fechar a semana da melhor forma, o dia 27 foi repleto de
atividades para as escolas secundárias, sob o mote “O que faz falta é
engenheirar a malta!”

 

Texto: Ana Marques

Fotografia: Nuno Gonçalves

 

(Pub. Jan/2015)

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