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A Campanha de Dádivas de Sangue e Recolha de
Sangue para Análise de Medula que hoje decorreu durante todo o dia no Campus de
Gualtar teve o “vento” a seu favor e surpreendeu positivamente ao atingir
números que já não se verificavam há alguns anos. “Estamos quase nos recordes
de há alguns anos atrás” referia o técnico do IPS, José Cardoso. Sem se
perceber muito bem o porquê desta tão grande afluência de pessoas aos postos de
recolha, o técnico comentava “estamos mesmo a recuperar a dinâmica de outros
anos”.
Assim, ao longo do dia foram muitas e muitas
as pessoas que não quiseram perder a oportunidade de contribuir com o seu
sangue, não só para o aumento das reservas de sangue do Instituto Português do
Sangue (IPS) como para o aumento da base de dados do Centro de
Histocompatibilidade da Região Norte ficando como possíveis dadores de medula.
O movimento notou-se durante todo o dia, com
a informação a chegar às pessoas através das redes sociais, pelos cartazes
espalhados pelo campus, por email ou através do “passa a palavra”. A verdade é
que os técnicos no terreno não tiveram muito tempo de descanso, com a azáfama a
prolongar-se quase até às 19h30.
Uns pela primeira vez, outros porque já é um
ato habitual, uns por decisão própria, outros convencidos pelos colegas, a
iniciativa não podia ter corrido melhor, mostrando uma Academia muito solidária
e mostrando que está assegurar o futuro das dádivas de sangue no nosso país,
não fossem estes estudantes, o nosso futuro!
Na fila para fazer a sua dádiva pela primeira
vez estava Cláudia Andrade (Gestão). A aluna que referiu a iniciativa como “excelente” estava a caminho de concretizar uma “vontade que já tinha há muito
tempo” e por isso com a campanha a decorrer no interior do campus decidiu vir
concretizá-la, pois como disse “há sempre quem precise e não custa nada
ajudar”. O medo das agulhas é segundo Cláudia, o maior impedimento para que as
pessoas tomem a decisão de vir dar sangue, mas acrescentando que “este é um
gesto tão fácil, para nós é pouco mas posso estar a ajudar muito alguém” afirmou.
Também na sua primeira experiência como
dadora estava Bruna Fernandes (Biologia Aplicada) a quem os 18 anos deram
também a possibilidade de poder vir contribuir. Por solidariedade com quem mais
precisa e por pensar que um dia pode ser ela a precisar, Bruna vê nesta atitude
uma forma muito fácil de ajudar, pois como afirmou “não custa nada”. Para a
estudante, o sentido de responsabilidade e o preenchimento a nível pessoal são
as principais razões porque não quês faltar à iniciativa.
Já orgulhoso da sua ação e com um sentimento
de “satisfação” estava Marco Leite (Ciências do Ambiente) que veio por sugestão
da namorada, mas a quem não foi preciso convencer “aderi logo” disse. Depois de
ter contribuído com 450 ml de sangue, Marco mostrava-se “feliz” por o ter
feito, referindo que “sinto-me bem por estar a ajudar outras pessoas com esta
dádiva”.
Com esta colheita, e depois de há 15 dias a
campanha ter decorrido no campus de Azurém, as duas colheitas resultaram num
surpreendente resultado de 666
Dadores Inscritos e 80 Recolhas de
Sangue para Análise de Medula, um número que conseguiu superar as
expectativas, ultrapassando os resultados da última campanha decorrida em setembro (também nos dois campi), a qual
alcançou 440 dadores inscritos
e 11 recolhas de sangue para análise de
medula.
Mais uma vez a UMinho e a sua comunidade
académica mostraram a sua extrema nobreza e generosidade e colocaram os “outros” em primeiro lugar!
Texto: Ana Coimbra
Fotografia: Nuno Gonçalves
(Pub. Mar/2015)
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