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“O Festival de Outono são três dias de momentos altos e intensos.”



Que balanço faz desta edição de 2015 do
Festival de Outono?

A
edição 2015 do Festival de Outono foi de facto um sucesso. Tratando-se da 6ª
Edição temos consciência que o Festival de Outono já entrou na rotina das
programações culturais das duas cidades onde a Universidade do Minho está implantada
– Braga e Guimarães.

As
limitações orçamentais são muito grandes e de facto contamos com imenso apoio
dos agentes culturais externos à Universidade e das Unidades Culturais que
integram o Conselho Cultural. Se assim não fosse não seria possível realizar um
programa com tanta qualidade quase sem verbas. Este ano, a participação mais
ativa do Instituto Confúcio da UM no Festival trouxe-nos também a oportunidade
de contar com um belíssimo e inédito espetáculo de teatro – o teatro visual – que
aprestamos pela 1ª vez, trazendo-nos uma performance diferente, interpretada por
uma companhia austríaca, com histórias do oriente, que foi também um sucesso e
conseguiu agregar um público de todas as idades.

O
facto desta edição ter-se realizado em meados de outubro foi também positiva.
Por um lado havia muita e diversa programação no mês de setembro, por outro
permitiu que os alunos já se tivessem instalado, já tinha ocorrido a receção ao
caloiro e a disponibilidade e apetência para aderir foi muito maior por parte
dos alunos.

 

Relativamente ao programa de 2014, quais
foram as maiores diferenças?

O
Festival de Outono tem uma estrutura que, por ser bem aceite, se repete
anualmente. É no entanto sempre diferente, porque os protagonistas são
diferentes e as propostas dos nossos parceiros também. Este ano, por exemplo,
optamos por visitas temáticas em Guimarães e levamos todos os alunos do 1º ano
de Arquitetura à Sociedade Martins Sarmento, bem como um grupo grande de alunos
de 1º ano de Geografia. Foi uma grande surpresa e oportunidade para todos.

Na
Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, organizou-se um debate temático entre
escritores e público que correu muito bem.

O
workshop de lomografia (fotografar com
máquinas
fotográficas pequenas, robustas e fáceis de usar)
tornou-se icónico do Festival. É
organizado em parceria com os “Encontros de Imagem” e nunca tem vagas para o
público que quer participar.

Uma
caraterística deste Festival que queremos manter é a diversidade do público que
ele agrega. O facto de juntarmos estudantes universitários dos vários ciclos,
com professores e público externo, de várias faixas etárias, dá-lhe um colorido
e diversidade que é estimulante para continuar.

 

As visitas guiadas tiveram muita adesão por parte do público?

Imensa!
As visitas guiadas são muitas e muito diversas, sempre em espaços de cultura,
quer seja museus, arquivos, bibliotecas, ruínas, quer seja passeios a pé por
espaços belíssimos e cheios de história em que se passa e tantas vezes não se
repara ou não se sabe a origem. Neste aspeto temos cada vez mais oferta e todas
as vagas para as visitas ficam preenchidas muito rapidamente.

 

Qual foi o momento alto desta edição?

O
Festival de Outono são três dias de momentos altos e intensos. Naturalmente que
os concertos e espetáculos que oferecemos são aqueles que reúnem mais pessoas
por m². Por exemplo, no Concerto Inaugural, tradicionalmente a cargo da
Orquestra da Universidade do Minho, que organizamos com o Departamento de
Música, não cabia nem mais uma mosca no Salão Medieval. Foi um momento sublime.
Mas houve o teatro que foi magnífico e, em Guimarães, no Paço dos Duques de
Bragança, a atuação do coro VianaVocale, pela Academia de Música de Viana.
Todos estes são momentos inesquecíveis.

As
visitas guiadas ao centro da cidade nos circuitos Romano e Medieval são já
emblemáticos deste Festival e a sua coordenação pelos responsáveis da Unidade
de Arqueologia é inexcedível. Os alunos de arqueologia acompanham a visita
apresentando-se em trajes medievais e romanos, emprestando um enquadramento lindíssimo
nestes passeios.

 

Para 2016, há já alguma coisa em mente?

Temos
vontade de estreitar relações com a AAUM e, a este propósito, há já um projeto
que tem vindo a ser discutido também com a RUM, que é um parceiro privilegiado
do Conselho Cultural e com quem trabalhamos durante todo o ano. Nesta fase é
ainda prematuro apresenta-lo, pois está a ganhar consistência e certamente
daremos conta dele ao UMDicas mal esteja amadurecido.

 

Texto:
Nuno Gonçalves


(Pub. Out/2015)

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