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CELTA: Uma saudosa e magnífica viagem aos 80’s



 

Sexta e
Sábado à noite, quem chegava à porta do mítico Theatro Circo sentia no ar a estática
misturada com um sentimento de saudade daquela noção de estética pirosa, mas
tão especial dos anos oitenta.


Por
entre as centenas de pessoas que saíram do conforto dos seus lares e
atravessaram as frias ruas da cidade até chegar ao Theatro, podia-se ver alguns
relampejos de puro saudosismo dos tempos de uma juventude vivida ao som de Rui
Veloso, António Variações, Táxi e tantos outros.


 Lá dentro, e já devidamente acomodados naquele
confortável vermelho foram brindados com duas noites de pura magia tunal e “azeiteira”,
ou não fosse este o festival da Azeituna.


A
concurso, estiveram cinco tunas: a Scalabituna, do Instituto Politécnico de Santarém, a
TUIST, Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico, a Desertuna, Tuna
Académica da Universidade de Beira Interior, a TEUP, Tuna de Engenharia da
Universidade do Porto e a Magna Tuna Cartola, Tuna Académica da Universidade de
Aveiro.


Extra
concursa tivemos os “vermelhinhos” da Tuna Universitária do Minho, e como é
evidente, a Azeituna.

Todas
elas trouxeram a palco aquela contagiante alegria e boa disposição típica dos
estudantes, ao que lhe juntaram ainda uma cuida caracterização devidamente
enquadrada, musicalmente e visualmente, no tema do festival.




Apresentarem
momentos especialmente preparados para esta ocasião é algo que nos deixa muito
orgulhosos e profundamente agradecidos”, declarou Emanuel
Gouveia,
da Azeituna.


Para
Emanuel, também conhecia no meio tunal como “Bosingwa”, este CELTA foi um
sucesso, pois “
a reação do público, os comentários após espetáculo, no teatro e
nas redes sociais, ajudaram-nos a perceber que atingimos os nossos objetivos a
nível de produção do evento”.


Outra
aposta ganha foi a Blue Bunny Big Band. Esta banda composta por membros da
Azeituna, arrisco-me a dizer, foi mesmo o grande destaque do CELTA. Com um
guarda-roupa de fazer inveja aos Van Hallen, cinco “front man’s” de luxo e um
baterista que fazia lembrar o mítico Animal dos Marretas, o resultado final só
poderia ser uma plateia de pé a bater palmas e a pedir um “encore”.  


Eu que fiz parte da banda
diverti-me imenso em palco, com os restantes membros, e recebemos uma reposta
calorosa por parte do público”, rematou “Bosingwa”.




Foram
duas noites mágicas, duas noites onde mais uma vez se viu que as tunas não
estão nem são uma moda, são parte de uma cultura, de uma identidade. Quem
duvida disso é porque com certeza nunca viu um Theatro Circo cheio, e de pé, a
bater palmas à épica despedida de uma das figuras mais queridas do meio tunal
nacional: o “Doutor” da TUIST.

 

Ficam agora aqui os premiados deste XXII CELTA:

 

Melhor Tuna – Scalabituna Instituto Politécnico de Santarém

Prémio Tema CELTA 80’s: TUIST – Tuna Universitária do Instituto
Superior Técnico


Melhor Tuna: Desertuna – Tuna
Académica da Universidade de Beira Interior


Melhor Tuna: TEUP – Tuna de
Engenharia da Universidade do Porto

Melhor
Instrumental: Desertuna – Tuna
Académica da Universidade de Beira Interior

Melhor
Pandeireta: Desertuna – Tuna Académica da Universidade da Beira Interior

Melhor
Porta Estandarte: Desertuna – Tuna Académica da Universidade da Beira Interior

Melhor
Solista: TEUP – Tuna de Engenharia da Universidade do Porto

Tuna
mais Tuna: Desertuna – Tuna Académica da Universidade da Beira Interior


Texto e Fotografia: Nuno Gonçalves


(Pub. Dez/2015)

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