Publicado em Deixe um comentário

UMinho comprometida com a Sustentabilidade


A sessão decorrida pelas 11h00 no Largo do Paço, em Braga, contou com as presenças do Reitor António Cunha, do Pró-reitor para as Infraestruturas e Sustentabilidade, Paulo Ramísio, e do Prémio Nobel da Paz 2007, Mohan Munasinghe. A UMinho foi a primeira universidade portuguesa a fazer este tipo de estudo “começamos este percurso há 5 anos” referiu Paulo Ramísio, sublinhando que a UMinho quer “ajudar a construir um futuro melhor”.
 
A Academia Minhota tem sido, segundo o responsável pela pasta das Infraestruturas e Sustentabilidade “reconhecida internacionalmente pelas nossas práticas, temos integrado redes internacionais com quem temos aprendido e partilhado as nossas experiências, contribuindo para um ambiente de sustentabilidade” disse. O Pró-reitor destacou alguns indicadores que salientam o desempenho da UMinho (variação entre 2013 e 2014): a Academia conseguiu reduzir 44% no consumo de papel e 22% em unidades de tinteiros (desde 2010 a UMinho já reduziu em 63,2% a utilização de papel e em 62,8 a quantidade de tinteiros resultados obtidos na sequência do Sistema de Apoio à Modernização Administrativa que tem vindo a ser implementado).

A UMinho conseguiu também reduzir as emissões de CO2 em 15%, reduziu o gasto de energia total em 3%, 32% dos alunos usam meios de mobilidade não poluente, 91% dos seus resíduos são valorizados (apenas 2% são perigosos), reduziram o consumo de gás natural em 14,9% e em 2,4% o consumo de água. Para além destes indicadores de desempenho, a Universidade gerou um impacto económico direto que rondou os 75 milhões de euros em 2014, mais 5% que em 2013, considerando-se aqui os gastos com docentes e não docentes em remunerações permanentes, abonos e Segurança Social. Em termos de impacto económico indireto, este manteve-se estável, rondando os 74 milhões (abarcando aqui os gastos com fornecedores e estudantes).

Já o impacto económico induzido foi de 48 milhões (o qual não teve também alterações), emergindo do efeito multiplicativo ou do hábito económico dos estudantes, docentes e não docentes e fornecedores. Totalizando, a UMinho gerou em 2014, um impacto económico de 197 milhões de euros, o que demonstra, segundo Paulo Ramísio “a importância da Universidade, não só para gerar conhecimento, mas também face ao território onde se insere. Para além disso, este valor tem ainda como característica, justificar o impacto direto no campo do emprego de 4627 postos de trabalho indiretos, contribuindo para a prosperidade da região” disse.

O impacto da UMinho não se observa apenas na economia, mas também na cultura e no desporto, resultando em 718 eventos culturais e 149 eventos desportivos. A UMinho foi a primeira Universidade portuguesa a apresentar um Relatório de Sustentabilidade, a 2ª universidade europeia a publicar um Relatório de Sustentabilidade segundo as diretrizes G4 e a 6ª mundial a publicar um Relatório de Sustentabilidade segundo as diretrizes G4. Para o Reitor da UMinho “Este é um trabalho do qual a Universidade está orgulhosa. Tem a ver com a nossa prática, com a nossa política e o qual é assumido do ponto de vista estratégico da Universidade”.

A apresentação deste Relatório acaba por ser mais uma tática de prestação de contas, de avaliação dos impactos da Universidade, onde, segundo António Cunha “vemos claras tendências de evolução em determinadas áreas, o que nos deixa extremamente satisfeitos” referiu. A aposta na sustentabilidade será para continuar, algo que segundo o Reitor “consta do seu plano estratégico”. O responsável referiu ainda que a Universidade “está a finalizar o seu plano de investimentos para os próximos 5 a 10 anos”, o qual incluiu investimentos em várias infraestruturas, ressaltando que “é importante que isso seja feito de acordo com esta aposta na sustentabilidade”.

Também o Nobel da Paz 2007 deu os parabéns à UMinho por este trabalho e pela aposta na sustentabilidade, referindo que as universidades devem ser o centro onde tudo começa, devendo dissipar para o exterior o que fazem e os bons exemplos que são, mas para este, a sustentabilidade deve ser promovida, em primeiro lugar, por cada um de nós.

Texto: Ana Marques
Fotografia: Nuno Gonçalves
(Pub. Fev/2016)

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *