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RoboParty, três dias non-stop



Guimarães é por
estes dias a “capital” da Robótica, a ideia foi aplicada pela Secretária de Estado
 da
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Fernanda Rollo
e logo acolhida positivamente pelo Presidente da Câmara Municipal de Guimarães
,
Domingos Bragança. Uma ideia que a governante espera que tenha ficado “consagrada” e que afirma que “irá certamente servir de inspiração para outras
cidades”.

O autarca de Guimarães, apoiando a ideia e
fazendo alusão a que a cidade já foi capital de muita coisa referiu que mais
este título é excelente para a cidade pois “é um evento com grande projeção
nacional e internacional”.

A cerimónia de
abertura do evento decorrida ontem, dia 17, pelas 11h marca o arranque da maior
edição de sempre com

576 participantes vindos de todo o país e inclusivamente do Brasil, da
Dinamarca e do Reino Unido.

O evento é uma
organização da
UMinho
e da spin-off SAR – Soluções de Automação e Robótica tem como objetivo ensinar
a criar robôs móveis autónomos de forma simples e animada.

Quem também marcou presença nesta sessão de
abertura foi o reitor António Cunha, que fez questão de parabenizar toda a
equipa responsável pela organização deste projeto que qualificou de “magnífico”,
sublinhando o facto de “muito prestigiar a UMinho e que tem vindo a ganhar um
espaço muito especial junto das escolas secundárias”.

A maioria dos participantes no evento é da
faixa etária dos 15 aos 18 anos, sendo que o mais novo tem 9 e o mais velho 66
anos. Sendo esta uma atividade muito importante “na interação com os estudantes
mais novos e futuros estudantes universitários” referiu o Reitor. Este é um projeto
que visa sobretudo mostrar o grande potencial da robótica, das suas
possibilidades, mas principalmente tem a mais-valia de pôr os participantes a
desenvolver o projeto, a programar, a criar robôs com diversas funcionalidades. “É uma experiência que vos convido a usufruir nas suas várias vertentes” disse
o Reitor.


Domingos Bragança revelou o desejo de que esta
10ª edição seja “muito competitiva, muito amigável e que os participantes sejam
os grandes promotores da próxima edição para que seja ainda mais participada”.

Com 144 equipas em prova, a nave desportiva do
Complexo Desportivo da UMinho estava completamente cheia, sendo visível a
empolgação de todos os participantes que se mostravam ansiosos por começar a
montar o robô. “É muito bom ter uma universidade como esta, com esta dinâmica,
com esta capacidade de compreender o mundo” afirmou Fernanda Rollo,
que sublinhou ainda o facto de esta ser “uma experiência única no plano
nacional e o facto de conseguiu atrair tanta gente é demonstrativo do interesse
que isto tem”.
 

Todos
os intervenientes não esqueceram “a alma disto tudo” como referiu a governante,
todos salientaram nas suas intervenções, o papel importante, o obreiro de todo
o projeto, o Professor Fernando Ribeiro, a quem agradeceram todo o trabalho e
empenho no desenvolvimento deste projeto que promove experiências na área da
robótica em contexto de convívio, promove a partilha, ensina ciência e tecnologia
fazendo e incentivando a criatividade.

Após a cerimónia de abertura as equipas
receberam um
kit em peças do
novo robô “Bot’n Roll One A”, seguindo-se a formação básica em eletrónica,
programação e mecânica para permitir a construção do protótipo, num ambiente de
entreajuda e com apoio permanente de 90 estudantes de Engenharia Eletrónica
Industrial e Computadores.

Numa das equipas participantes e, já muito
empenhado no seu trabalho estava Aníbal, da Escola Secundaria Vieira de Araújo
(Vieira do Minho) que, a participar já pelo segundo ano consecutivo “quis
repetir a experiência”, mostrando-se entusiasmadíssimo, referiu que foi a “curiosidade” e a “frequência de um curso da área? que o levaram a participar,
mas foi o ter gostado muito e a boa organização do ano anterior que o levaram a
repetir a experiência, esperando que ?este ano seja ainda melhor para que mais
pessoas se interessem pela robótica”.

Já Leonel Alves, da Secundária Martins Sarmento,
que participa pela primeira vez referiu que a sua participação surgiu no
seguimento do curso profissional que está a fazer em programação informática,
afirmando que esta experiencia “vai ser muito benéfica” para aumentar as suas
bases na área, a qual quer seguir no futuro. O aluno referiu ainda estar a
gostar muito, pelo que para o próximo ano gostaria de voltar.

No final, o robô construído e programado pode
ser levado para casa, sendo que antes do evento terminar será testado em
diversas provas sem intervenção humana, como as de obstáculos, perseguição e dança.

Para além da “empreitada” principal que é por o
robô a funcionar, ao longo dos três dias
non-stop
(pois os participantes dormem nas instalações, habitualmente em saco-cama) as
atividades são várias, entre atividades lúdicas e desportivas.

 

Texto: Ana Marques

Fotografia: Nuno Gonçalves

 

(Pub. Mar/2016)

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