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Fases Finais CNUs 2016: Passados 26 anos… AAUMinho fez história em Lisboa!



Passados
26 anos, a grande festa do desporto nacional universitário, as Fases Finais,
voltaram a Lisboa, à capital da nação (convém recordar que neste período de
tempo, apenas por três vezes estas se realizaram a sul do Mondego). Na sua
primeira edição, corria então o ano de 1990, a AAUMinho, não conseguiu colocar
nenhuma equipa no pódio.

As
medalhas e os títulos coletivos foram então repartidos na sua esmagadora
maioria pelas academias que tinham licenciaturas em desporto ou equipas
federadas. Hoje, e passado um quarto de século, a história é outra, apesar de
os intervenientes (principais) serem basicamente os mesmos. A AAUMinho já não é
mais aquela academia desorganizada e pouco competitiva… e os resultados estão
ai para comprovar isso mesmo!

Esta
semana de intensa competição começou da melhor forma com o Judo no primeiro dia
de competição a conquistar quatro medalhas individuais: uma de prata e três de
bronze. O CNU, como de costume, teve um bom nível competitivo, com diversos
atletas campeões nacionais absolutos e que fazem parte das seleções nacionais,
a participarem nesta prova. Os minhotos estiveram muito próximo de subir ao
terceiro lugar na classificação coletiva (como sucedeu em 2015), mas um
infortúnio de última hora ditou que tivessem de se contar com um quinto lugar.

A
Esgrima, que também entrou em ação no mesmo dia do Judo não teve a mesma sorte
e foi incapaz de chegar às medalhas como tinham acontecido em anos anteriores.

No que
toca às modalidades coletivas, a primeira surpresa (e única pela negativa)
surgiu no Andebol masculino. A AAUMinho, campeã nacional e europeia
universitária em título, “tombou” nos quartos-de-final aos pés da AEFADEUP. Diversos
motivos podem ser apresentados para esta derrota (nenhum deles deve beliscar o
mérito de quem venceu), mas sem sombra de dúvidas que o principal (e que afetou
outras modalidades e academias) foi a má calendarização das Fases Finais e a
não inclusão destas nos calendários competitivos das outras federações.


Por falar
em surpresas, quem surpreendeu tudo e todos, foi o Futsal feminino. Sem os “nomes” e o talento de outros tempos, o conjunto de Anselmo Calais demostrou em
campo que também é possível obter resultados de excelência com transpiração e
abnegação!

Após uma
fase de grupos onde as duas vitórias por 7-1 (AAULHT) e 3-1 (AEFEUP) garantiram
a passagem à fase eliminatória (mesmo apesar da inesperada derrota frente à
AEISCTE-IUL por 1-0), as minhotas teriam agora pela frente “três autênticas
finais”!

Nos
quartos-de-final, frente à Académica, velha rival destas andanças, a vitória
acabaria por sorrir a escassos segundos do fim. O resultado de 3-2 espelha bem
o equilíbrio que se verificou ao longo dos 40 minutos.

Já nas
meias-finais, frente ao IPSantarém – favoritas e campeãs em título – as
minhotas deram “show de bola” e mostraram a força do seu coletivo ao vencer por
4-1.

Na final,
frente à forte equipa da AAUÉvora, o resultado final de 1-0 favorável à AAUMinho
é enganador e conta a história desta partida que poderia, e deveria, ter
terminado com outros números (favoráveis à equipa de Anselmo Calais).

Este foi
o terceiro título na história do Futsal feminino da academia nortenha.


Ainda no
Futsal, mas no masculino, o título conquistado pela AAUMinho não foi mais do
que uma simples constatação dos factos: melhor equipa, melhores atletas, melhores
treinadores (Luís Silva e Paulo Tavares), mais ritmo, mais rotinas… tudo mais!

Desde o
primeiro jogo das Fase de Grupos, onde os minhotos venceram a AEISMAI por 5-3,
até á final onde “cilindraram” (mais uma vez e pelos mesmos números) a AAUBI por
4-0, a AAUMinho mostrou que neste momento está num degrau qualitativo acima de
todas as outras equipas.

Com uma
equipa repleta de atletas de 1ª divisão, que conciliam o sucesso desportivo ao
sucesso académico, como é o caso, por exemplo, de André Coelho (finalista de
Engª Civil), este é mais um exemplo do excelente trabalho que é realizado na
UMinho entre a articulação clubes/universidade.

Este foi
o primeiro título coletivo destas Fases Finais para a AAUMinho… o próximo foi o “quase mais complicado”.


O
Basquetebol masculino, outro bom exemplo do que foi referido anteriormente no
capítulo da articulação clube/universidade, os minhotos surpreenderam ao ser
campeões, sobretudo pelo que fizeram nos quartos-de-final e nas meias-finais.

Após uma
tranquila Fase de Grupos onde somaram três vitórias, os atletas agora de Zé
Carlos Costa (veio suceder a João Chaves), tiveram nos quartos frente à AAUBI,
aquele que provavelmente foi o pior primeiro período (a diferença pontual
chegou a rondar os 20 pontos) de uma equipa de basquetebol da AAUMinho.

Nunca baixando
os braços e mostrando uma incrível resiliência, os minhotos correram atrás do prejuízo
e conseguiram a sete segundos do fim, o cesto que daria a vitória final por
50-49!

Nas
meias-finais, frente à campeã e favorita AAUAv, a AAUMinho entrou na partida de
forma concentrada e não deu qualquer hipótese aos aveirenses, vencendo por
64-57.

Estas
foram na realidade as duas grandes finais dos minhotos.

Frente à
AEIST, na luta pelo ouro, foi tudo mais fácil (porque os minhotos não
complicaram) e o resultado final de 59-45, espelha bem isso. Espera-se agora
que a equipa não volte apenas aos títulos nos anos pares (foi campeã em 2012,
2014 e agora em 2016)!


Quem
continua a ganhar, independentemente de ser ano par ou impar, de ser a Sul ou a
Norte, de estar a chover ou a dar sol, é o Futebol de 11!

Os
minhotos fizeram mais uma vez história ao tornarem-se na primeira equipa nesta
modalidade a alcançar o Tetra! Com apenas 14 jogadores disponíveis, o conjunto
de Michael Varela demonstrou mais uma vez o seu “futebol rendilhado”, mas desta
feita aliado a uma incrível capacidade de superação!

Realizar seis
jogos de futebol em cinco dias, quase sem banco para rodar, ao que se somam as
deslocações de alguns atletas a Braga para irem treinar e regressarem no dia
seguinte… não é para todos!

A receita
para estas seis partidas, onde nunca saborearam o amargo sabor da derrota foi
sem sombra de dúvidas a união e o sacrifício, que ficou bem patente, por
exemplo, na final frente ao IPViseu.

Com um
atleta expulso logo no início da segunda parte, os minhotos levaram a contenda
para o prolongamento, e a acreditem ou não, o jogador em destaque foi o
guarda-redes adversário!

No final,
a vitória por 1-0 é mais do que a vitória de uma equipa… é a vitória de um
grupo de amigos que se sacrificaram uns pelos outros até à última gota de suor!


Para
fechar em beleza (literalmente) o trajeto das modalidades coletivas, tem de ser
obrigatoriamente com o Voleibol feminino!

As miúdas
do calção de lycra e perna comprida entraram campeãs frente ao IPP… e saíram
campeãs frente ao mesmo IPP!

A sorte
haveria de ditar que das quatro equipas presentes no Grupo B, três delas
estariam nas meias-finais… e duas (AAUMinho e IPP) disputariam entre si a
final!

A
primeira partida seria então frente ao IPP e teria aquele que foi provavelmente
o set mais emotivo deste CNU. O IPP esteve a vencer por 24-19 e a AAUMinho
acabaria por fechá-lo a seu favor com um 34-32? foi de loucos (e foi
fantástico)!

O segundo
parcial ficou-se por uns 25-20 e ditou a primeira vitória das minhotas nestas
Fases Finais.

Saltando
as outras quatro vitórias até à final, de onde se destaca mais uma vez o
triunfo sobre a AEFADEUP (3-1), as atletas de Carlos Dias voltariam então a
defrontar mais uma vez o IPP. As da Invicta agora desfalcadas (tal e qual como
a AAUMinho) devido à tal mal calendarização das Fases Finais, não tiveram
qualquer hipótese.

A vitória
por três sets a zero, bem como a forma como estes foram disputados, não deixam
margam para dúvidas que tal e qual como em 2015, a AAUMinho foi a melhor
equipa!

Antes de
passarmos ao Taekwondo, que encerrou com chave de ouro estas Fases Finais,
convém destacar que as finais do Futsal feminino, Basquetebol masculino,
Futebol de 11 masculino e Voleibol feminino foram todas disputadas no mesmo
dia, ou seja, os atletas da AAUMinho fizeram “4 em 4”!


O
Taekwondo, que mais se pode dizer do Taekwondo?

Quando
olhamos para um grupo de atletas que tem nas suas fileiras atletas
vice-campeões do mundo e europeus absolutos, vice-campeões olímpicos da
juventude, campeões europeus universitários, julgamos estar tudo dito.

Com toda
esta “artilharia pesada” (apesar de alguns deles serem bem levezinhos) e com a
Telma Monteiro na bancada a fazer claque pelo Rui Bragança, a vitória no
coletivo era inevitável… como se viria a comprovar!

No total,
foram conquistadas treze medalhas: sete de ouro (contando com o coletivo),
quatro de prata e duas de bronze.

Num
balanço geral, a AAUMinho sai destas Fases Finais (mais uma vez) como a grande
vencedora, tendo conquistado ao longo destes oito dias de prova, 12 medalhas de
ouro, 5 de prata e 3 de bronze!

“E quem
bate palmas é do Minho, é do Minho… É do Minho!!!”


Texto e
Fotografia: Nuno Gonçalves

 

(Pub. Abr/2016)

 

 

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