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UMinho quer almofada de 20 milhões



A reunião aconteceu
em duas sessões separadas, às
14h30 no campus de Azurém, em Guimarães e às
17h00 no campus de Gualtar, em Braga, as quais contaram com a presença, para
além do Reitor António Cunha, do vice-reitor para a Investigação Rui Reis e do
Administrador da Universidade, José Fernandes.

O fórum UMinho é uma estrutura de
diálogo entre o Reitor e a comunidade académica, através da qual se pretendem
conhecer as preocupações dos diferentes corpos da Universidade. A reunião deste
dia 2 de junho, que ao contrário das restantes, teve um único tópico, sendo que
o mesmo contrariamente ao que tem acontecido foi escolhido pela administração
da reitoria que pretendeu sobretudo, fazer passar algumas informações
importantes e dar conta de várias orientações de âmbito mais financeiro.

Sobre o ponto da situação
financeira da UMinho, António Cunha referiu que “comparativamente há três anos
atrás, a Universidade é hoje capaz de captar muito mais dinheiro em projetos de
investigação, sobretudo em projetos europeus e nacionais”, salientando que
essas verbas acabam por agora estar muito mais centradas num número reduzido de
centros. O Reitor revelou ainda que “a tipologia de projetos está alterar”,
sendo que a UMinho vê-se em mãos com alguns projetos de grande dimensão que
exigem da Universidade uma maior robustez financeira, afirmando que “temos
vários projetos superiores a meio milhão de euros, alguns de 1 milhão e alguns
bastante maiores que isso”, projetos de grande dimensão que exigem da UMinho
uma capacidade financeira muito mais robusta, uma vez que como afirmou “as
entidades financiadoras nem sempre pagam a tempo”, dessa forma a Universidade
tem de “ter capacidade de enfrentar todas as dificuldades, tem de ser capaz de
acomodar esses atrasos que por vezes são muito significativos” disse.

Perante isto, o Reitor informou que
atualmente a Universidade tem “uma situação financeira sólida”, referindo que a
despesa extraordinária de 2014 (em que o gasto foi maior do que o que foi
recebido) foi compensada em 2015, por isso os saldos da Universidade subiram de
modo bastante interessante, o que “vai permitir fazer alguns processos de
relaxamento e libertação de algumas verbas “disse.

No entanto, o responsável da
Universidade acrescenta que, mesmo assim é necessário “prudência” com a gestão,
uma vez que os saldos da Universidade estão neste momento na ordem dos 15
milhões de euros, mas que, por uma questão precaução “deveriam aumentar para
valores tendencialmente próximos dos 20 milhões de euros” afirmou. Para chegar
a essa almofada, a administração da reitoria está a aguardar o pagamento de uma
verba de cerca de cinco milhões de euros, correspondente a verbas de projetos
nacionais do anterior QREN, e outra verba em atraso, cujo valor ronda os três
milhões de euros, correspondente a aumentos salariais da administração pública.

A apresentação pormenorizada da
situação e evolução financeira da Universidade foi feita pelo Administrador,
que reiterou a informação dada pelo Reitor, minuciando algumas situações e
anunciando algumas medidas a introduzir a curto prazo, de forma a ir de
encontro às reivindicações dos investigadores que pedem mais financiamento e
flexibilidade na gestão das verbas atribuídas às unidades de investigação. De
entre essas medidas estão: Atribuição do plafond dos projetos de I&D no primeiro
dia útil do trimestre (para outros projetos continuará ao dia 15); Com a
atribuição da dimensão será atribuído, automaticamente, o plafond inicial;
Tranches do plafond para os projetos estratégicos: 35%, 25%, 20%; Análise do
pedido de reforço face a necessidades específicas (já em curso);
Disponibilidade, de imediato, de 50% do saldo da UOEI referente a verbas
remanescentes; Novo modelo de afetação e utilização de verbas remanescentes (a
ser discutido com os Presidentes de UOEI) será implementada a partir de
setembro de 2016, com efeitos para projetos iniciados após 1 de janeiro deste
ano.

Com tudo, e apesar das novas medidas, os investigadores pediram
regras mais claras dentro das UOEI, sublinhando que as informações sobre os
processos não chegam muitas das vezes até eles, por isso, sugeriram que a
informação vinda da parte da gestão da universidade, e que a eles diga
respeito, deverá seguir não só para os responsáveis da Unidades Orgânicas, mas
para todos os interessados, algo com que o Reitor se mostrou de acordo.

Texto: Ana
Marques 

Fotografia: Nuno Gonçalves


(Pub. Jun/2016)

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