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Mais que os números atingidos,
a importância destas Campanhas evidencia-se pelo impacto que tem junto dos
jovens e dos novos dadores, uma vez que decorre no ambiente universitário, um
espaço jovem, com uma grande maioria de pessoas aptas a poderem dar sangue,
mais fáceis de sensibilizar e as quais iniciando a sua doação na universidade
garantirão muito mais facilmente dadores para o futuro das dádivas em Portugal.
A ação acaba também por
ser uma excelente forma de acolhimento aos novos alunos, aos quais são passados
os valores da solidariedade e ajuda ao próximo, um ritual que se pretende que
comece com a entrada na Universidade mas depois transponha os seus “muros” e
continue como uma atitude pela vida fora.
Pela primeira vez na
fila para fazer a sua dádiva estava Joana Araújo (aluna de Arquitetura) a qual
disse ter sido “incentivada por amigos e familiares”. Para a aluna, a decisão
que querer ser dadora surgiu porque se consciencializou de que pode estar a
ajudar alguém com uma atitude que não lhe custa nada. Joana realçou ainda a importância
destas ações no meio universitário, referindo que “somos jovens e por isso
devemos fazê-lo se estivermos aptos, mas às vezes não é fácil quando temos de
nos deslocar a um hospital para o fazer, desta forma, se estas ações vierem ter
connosco é mais fácil, somos mais facilmente sensibilizados a participar”.
Este ano, a decorrer
num espaço diferente (onde estava situada a biblioteca), embora num local mais
discreto, a comunidade académica não faltou à chamada, estando os elementos da
Associação Académica a trabalhar na sensibilização e não deixando que a
iniciativa passasse despercebida a ninguém que por ali passasse. Este ano houve
ainda uma novidade e os novos dadores recebiam para além de uma t?shirt, um
diploma que atestava a sua primeira vez como dador de sangue. Os que já não
eram incipientes recebiam uma t’shirt mas com a mensagem “a minha vida é bela”.
Inês Oliveira (Eng. e
Gestão Industrial) estava a terminar de fazer a sua dádiva. A estudante não o
fazia pela primeira vez, mas afirmou que “dar sangue foi algo que sempre quis
fazer e que vou continuar”. Para Inês é fácil ser solidário “não custa nada,
ainda mais decorre aqui no campus e só precisamos de despender uns minutinhos
para ajudar os outros. É uma atitude que todos devíamos ter, pelo menos tentar” disse.
Também Stefan Simões
(Arquitetura) nos realçou a importância desta ação na UMinho “sou um bom
exemplo de que se não existissem estas ações na nossa Universidade talvez eu
nunca tivesse dado sangue e talvez nunca viesse a ser dador”, isto porque o
estudante iniciou-se como dador na Universidade, garantindo que “estava a
decorrer mesmo à nossa beira e resolvia participar. Gosto de contribuir, faz-me
sentir bem comigo próprio” afirmou.
O movimento ativo dos dadores prolongou-se por
todo dia, até ao fecho, já passava das 19h00 garantindo o sucesso de mais esta
ação de solidariedade na UMinho.
Para a semana, dia 27 de setembro, a iniciativa
decorrerá no Campus de Gualtar.
Texto: Ana Coimbra
Fotografia: Nuno Gonçalves
(Pub. Set/2016)
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