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ECUM aposta na centralidade e internacionalização da investigação


A
cerimónia que teve início às 15h00, no Auditório B1 do Complexo Pedagógico II,
no Campus de Gualtar, iniciou com a intervenção da presidente da Escola,
Margarida Casal, que num cumprimento celebrativo a todos os presentes, felicitou
e evocou a história da Escola, descrita e escrita, por momentos de viragem e de
contínuo aperfeiçoamento na resposta às questões que surgem todos os dias. Encetando
uma exposição das metas e objetivos vários, responsáveis pela definição e
edificação da Escola, como sejam, alcançar os patamares qualitativos superiores,
atingir melhores resultados na avaliação dos centros de investigação e atrair
os melhores investigadores e alunos de pós-doutoramento, e enunciando os
principais alicerces sobre os quais assenta a ECUM (designadamente a curiosidade,
o espírito crítico e a imaginação), a Presidente asseverou a conquista destas
balizas em 2016, com o aumento do número de estudantes colocados; o
preenchimento total das vagas de todos os cursos, à exceção do Curso de
Química; o aumento do número total de alunos inscritos no 1º ano de mestrado; o
aumento do número de contratos de investigadores com a Escola; a consolidação
da escrita e produção científica; a realização de congressos científicos de destaque
nacional e internacional; o número de posições de pós-doutoramento e de doutoramento
atribuídas pela FCT, entre outras.

Confirmando
o contributo da Escola de Ciências para o crescimento do património da
Universidade do Minho, Margarida Casal acredita que o futuro da Escola passa fundamentalmente
pelos estudantes, como provam os prémios de mérito e de excelência alcançados e
os prémios de reconhecimento da qualidade dos trabalhos produzidos.

A
promoção de iniciativas de divulgação dos cursos, bem como a estimulação das
perceções do público sobre a importância das ciências e tecnologias constituem «as
garantias de sucesso da Escola de Ciências», como diz a também a cofundadora da spin-off NanoDelivery.

Margarida
Casal agradeceu, ainda, o esforço que a obra nas instalações da Escola de
Ciências representou para a Universidade, assinalando-a como um marco
fundamental na viragem da história e do património da Universidade do Minho, e um
garante de melhoria nas condições laboratoriais nos polos de Gualtar e Azurém.
Por último, a presidente reforçou que «a construção da Escola se faz de pessoas
e pelas pessoas», pelo que é necessário reconhecer o contributo fundamental de
todos os estudantes, investigadores, docentes e não docentes, relevando, assim,
a especial homenagem ao professor Gaspar Soares de Carvalho.

O
tributo ao Prof. Dr. Gaspar Soares, falecido em 2016, contou com os breves
testemunhos do Prof. Bernardo Reis, provedor da Santa Casa da Misericórdia de
Braga, da Prof.ª Helena Granja, Professora Catedrática do Departamento de
Ciências da Terra, dos professores Pedro Gomes, do Departamento de Biologia, e
Renato Henriques, do Departamento de Ciências da Terra, que partilharam as suas
experiências e memórias, relembrando a importância e legado que o ex-presidente
da Escola de Ciências, Gaspar de Carvalho deixou, mormente nas ciências
geológicas em Portugal e nos países de expressão portuguesa.

A
cerimónia prosseguiu com a entrega de prémios escolares aos estudantes que se
destacaram pelas qualificações obtidas no ano letivo de 2015-16, como foram as
alunas Susana Silva Martins, com a média mais elevada do curso de Estatística
Aplicada, que recebeu, entre outros, o Prémio INE (Instituto Nacional de
Estatística); Ana Carolina Freitas, premiada pela Câmara Municipal de
Guimarães, com a qualificação mais elevada no estágio curricular do curso de
Estatística Aplicada; ou Daniela Costa Antunes, premiada também pela Câmara
Municipal de Guimarães, com uma bolsa de 12 meses para o desenvolvimento de
trabalhos no Laboratório de Paisagem.

Teve,
ainda, lugar a atribuição de prémios aos vencedores do concurso de fotografia: ?A
Ciência na transformação do mundo?, concurso que desafiou todos os alunos da
ECUM a mostrarem a sua visão sobre as questões do desenvolvimento sustentável,
à luz dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Ana Macedo
Bernardes Pereira, aluna do programa doutoral, foi a segunda fotografia
premiada e Miguel Ângelo Fontes Rebelo, aluno de mestrado, conquistou o
primeiro prémio.  

As
comemorações do 42º aniversário da Escola de Ciências terminaram com a
intervenção do reitor António M. Cunha, que felicitou a Escola e todas as
pessoas presentes e não presentes, responsáveis pelo seu crescimento e
construção.

O
Reitor enunciou um conjunto de razões múltiplas que fazem acreditar no percurso
auspicioso e de sucesso da Escola parabenteada, como sendo a melhoria da
qualidade ambiental e das condições das instalações da ECUM; o desenvolvimento
de projetos de interesse elevado (como o IBS – Instituto de Ciência e Inovação
para a Sustentabilidade; e o Quanta Lab – Laboratório de Ciência, Tecnologia e
Materiais Quânticos), que, nas suas palavras, «marcam a construção do novo
conceito de escola»; os trabalhos que se têm desenvolvido no âmbito da
Optometria; os prémios que a Escola tem conquistado e a produção de trabalhos
científicos de grande reconhecimento nacional e internacional. Particularidades,
que António Cunha considera de interesse elevado e responsáveis por marcar a
cultura interna da Escola.  

Numa
análise mais prospetiva, o Reitor apelou para que a Escola e todos os seus
intervenientes façam convergir a sua atenção, e ação, no desenvolvimento de
estratégias capazes de atrair e fixar talento ao nível da investigação, de
forma a garantir «um bom posicionamento e excelente avaliação dos seus centros
de investigação, já no ano de 2017» disse.

Evocando
as três principais áreas de ação da Universidade do Minho (ensino, investigação,
e interação com a sociedade), António Cunha fez convergir o seu discurso para a
investigação. Reavivando a necessidade de se ensinar «algo que é diferente e
que vale pela sua relevância, para que a ECUM, em particular, e a Universidade,
em geral, não se tornem irrelevantes», como elucida. Com a missão de responder
às questões complexas que a sociedade coloca, a Escola de Ciências deverá,
segundo António Cunha, «continuar a contribuir para firmar a identidade da
Universidade do Minho, num século cujo desafio maior é o conhecimento».
Contribuição essa que, explica, «apenas será feita se garantida a aliança entre
um bom ensino e uma boa investigação, a transmissão da curiosidade e a destreza
para operar em determinada área do conhecimento aos estudantes».

O
Reitor sublinhou, ainda, que o futuro da investigação passará não só pelo modo
como esta será feita, mas também pelos dados que com ela serão divulgados,
alertando, por isso, para a necessidade de combater a fraude neste modo de
fazer conhecimento, e para aquilo a que chama «regras do jogo», nomeadamente, a
abertura e o impacto.

O
desfecho do seu discurso fez-se com um convite à Escola de Ciências e a toda a
comunidade académica, para a, então, ininterrupta exploração das respostas à
sociedade e a centralidade da investigação.

A
sessão comemorativa do 42º aniversário da Escola de Ciências ficou, assim, marcada
pela homenagem do passado e o reconhecimento do futuro, provando, nas palavras
do Reitor, que «o mundo muda a cada momento e muda para melhor».

Um
momento de confraternização e uma visita à exposição do concurso de fotografia
?A Ciência na transformação do mundo”, deram por encerradas as
comemorações do Dia da Escola.

 

Texto: Luciana Braga 

Fotografia: Nuno Gonçalves


(Pub. Mar/2017)

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