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Oito anos à
frente dos destinos da Universidade do Minho transformaram António Cunha? Sente
que mudou enquanto pessoa e profissional?
Foram oito anos muito intensos e muito
gratificantes, repletos de interações variadas e de desafios exigentes. A grande
maioria das ações que estavam previstas nos planos para os dois quadriénios
foram concretizadas.
Para além dos resultados conseguidos, têm
sido anos de uma entrega total à Instituição, necessariamente muito marcantes
na dimensão pessoal.
É um homem da “casa”, formou-se e fez todo o seu trajeto académico na UMinho. Isso tem sido
uma mais-valia para a concretização do seu papel enquanto Reitor?
A formação e percurso académicos foram
realizados na UMinho. No entanto, quer durante o meu doutoramento, quer nas
minhas atividades de professor, investigador e de gestor universitário tive muitos
períodos no estrangeiro, nomeadamente, universidades, centros de investigação e
empresas. Esse percurso deu-me uma visão alargada sobre o ensino superior e a
investigação em termos internacionais. Neste contexto, o meu conhecimento da
realidade interna aliado às experiências externas tornou-se muito importante para
o desempenho deste cargo.
Enquanto
Reitor, qual foi a decisão mais difícil que tomou? Pode partilhar?
Nestas funções temos que tomar muitas
decisões por dia, incluindo algumas desagradáveis ou pouco simpáticas. Mas
essas decisões resultam de um quadro de referência e da informação desenvolvida
na sua preparação. Por isso, na maioria dos casos e por mais difíceis que
sejam, as decisões são o corolário natural de um processo estruturado.
No entanto, não tenho dúvidas sobre o momento
mais doloroso destes mandatos – a morte de três estudantes, em abril de 2014,
num acidente de triste memória.
E aquela que
mais o satisfez? Da qual sente maior orgulho?
A mudança de regime jurídico que transformou
a UMinho numa fundação pública com regime de direito privado. Foi um processo
longo, muito discutido internamente, que tornará a UMinho mais autónoma e mais
responsável.
Quais foram as
maiores dificuldades que encontrou no desenvolvimento do seu trabalho à frente
da UMinho?
Identificaria dificuldades de três tipos.
A situação em que a UMinho se encontrava
quando iniciei o primeiro mandato, caracterizada por: um elevado nível de
crispação entre pessoas e órgãos com diversas fraturas internas; uma situação
financeira problemática; um sistema de informação para a gestão e práticas de
prestação de contas muito débeis; e uma Instituição com pouca afirmação nos
contextos nacional e internacional; bem como a inexistência de qualquer projeto
em fase de preparação.
O ano de 2010 foi de uma grande esperança que
haveria de ser fortemente restringida pela crise que teve impacto especial nos
anos de 2011 a 2014. Esta conhecida crise teve consequências muito negativas,
não só em termos financeiros, mas também na autonomia financeira e
administrativa das universidades.
Em termos internos, penso que as maiores
dificuldades resultam de lógicas corporativas de alguns grupos que têm
dificuldade em pensar o coletivo e os interesses maiores do Projeto UMinho.
As mudanças na
UMinho ao longo destes quase oito anos têm sido muitas? estruturas e
infraestruturas, organização, parcerias, gestão e até de regime jurídico, entre
outras. Há uma UMinho antes e pós António Cunha?
Sim, há uma Universidade diferente, mas isso
deve-se a três fatores: a lei 69/2007 – o RJIES (Regime Jurídico das
Instituições do Ensino Superior) – que, na UMinho se tornou efetiva a partir de
2009, alterando muito positivamente o modelo de governação da Universidade; as
mudanças ocorridas no mundo ao longo destes anos, nomeadamente no mundo do
conhecimento e da informação; e as estratégias implementadas pelas equipas
reitorais que tive o privilégio de liderar. Acresce que durante estes anos
consumou-se, naturalmente, o processo de saída de cena dos protagonistas que
fundaram a instituição e uma consequente mudança geracional na direção da
Universidade e das suas unidades orgânicas.
Por tudo isto, temos uma UMinho diferente –
mais centrada na investigação, mais aberta ao exterior, mais internacionalizada
e mais atrativa.
No seu
entender quais foram as alterações mais significativas na Academia nestes anos
e quais as que vão continuar a ter grandes reflexos para o futuro?
Verificaram-se alterações em muitas dimensões
da atividade da Universidade, desde logo na consensualização e endogeneização
do conceito de universidade completa, com uma aposta muito grande na oferta
educativa em estudos artísticos e o consequente arranque de atividades de
investigação nestes domínios. Este conceito foi um elemento estruturante dos
programas de ação dos meus mandatos.
A aposta na investigação e na ciência aberta
que posicionaram a UMinho como Universidade de referência no contexto
internacional e fizeram crescer para 10% a nossa quota na produção científica
nacional, a partir de 32 centros, 41% dos quais com classificação de excecional
ou excelente. O IB-S (Instituto para a Bio-Sustentabilidade) é a primeira
iniciativa multidisciplinar com infraestruturas de investigação próprias. O
QuantaLab, em parceria com o INL, será o próximo passo.
A forte aposta na qualidade do ensino com a
extensa adequação da oferta formativa, incluindo a introdução de disciplinas
transversais ? as opções UMinho; a criação e operacionalização do GAE (Gabinete
de Apoio ao Ensino); e com o desenvolvimento de um sistema de garantia da
qualidade. Esta aposta foi acompanhada de grande investimento em
infraestruturas como é o caso da Biblioteca de Azurém e as salas de estudo 7
dias/24 horas. O ensino a distância, que já conta com 1.500 estudantes,
crescerá muito nos próximos anos.
O reforço da interação com a sociedade onde a
dimensão e impacto de iniciativas tão diferentes como Couros, com a Autarquia
de Guimarães, a colaboração com a InvestBraga, a criação do Centro Clínico
Académico, o Projeto Bosch ou as Casas do Conhecimento, deixarão marcas muito
positivas sobre o que é possível neste domínio.
A maior institucionalização da
internacionalização da Universidade e das estruturas para a sua promoção. O
crescimento do Instituto Confúcio, a Unidade Operacional da Universidade das
Nações Unidas, o programa MIT-Portugal, bem como o facto de termos projetos com
todos os países da CPLP são bons exemplos.
Na componente interna, as alterações também
são profundas. O nível de autonomia das unidades orgânicas de ensino e
investigação não é comparável com o existente há oito anos atrás. Foi
implementado um sistema de informação eficiente acompanhado de uma extensa e
profícua desmaterialização de processos. Presumo que muitas das críticas de que
estes sistemas são alvo, resultam do desconhecimento do exigente quadro legal a
que estamos obrigados, com responsabilidades pessoais e criminais para os
membros do Conselho de Gestão da Universidade.
O sistema interno de saúde, higiene e
segurança no trabalho, que fez da UMinho a primeira universidade portuguesa com
um parque edificado auditado positivamente pela Agência Nacional de Proteção
Civil.
A Universidade tornou-se mais inclusiva, procurando
garantir que nenhum estudante com aproveitamento a abandona por razões financeiras.
Para além das 5.500 bolsas da Ação Social Escolar, concedemos, no último ano,
140 apoios do nosso Fundo de Emergência Social e várias bolsas de empresas.
Por fim, gostaria ainda de referir a aposta
na sustentabilidade e a institucionalização dos Relatórios de Sustentabilidade;
a criação da Comissão de Ética que deverá ser transformada em Conselho de Ética
com a expectável aprovação dos estatutos que estão em discussão pública; a
dinâmica do projeto Alumni e do Gabinete de Desenvolvimento.
A passagem da
UMinho a Fundação foi sem dúvida das mudanças que mais controvérsia causou.
Agora que já é uma realidade, em que sentidos se tem refletido esta mudança, ou
o que se espera no futuro?
Esta mudança de regime trará alterações de um
modo progressivo, que agora se inicia em resultado da homologação dos novos
estatutos, em novembro de 2016, e a entrada em funcionamento do Conselho de
Curadores, em fevereiro passado.
Em 2016 já beneficiamos deste regime, em
termos de compras públicas e procedimentos burocráticos na admissão de pessoal.
No entanto, durante 2017 as evidências vão ser maiores. Acredito que as maiores alterações vão
ocorrer no médio prazo com a UMinho a crescer institucionalmente robustecendo
os seus processos de decisão interna.
A facilidade
de contratação, principalmente de pessoal não docente, foi uma das grandes
bandeiras do Reitor na defesa desta alteração de regime. Para quando a abertura
da contratação de pessoas que estão à espera por um ?vínculo? mais estável na
Universidade?
De facto, essa vai ser uma alteração muito
notória. A muito curto prazo, nas próximas semanas, serão lançados cerca de 50
concursos para pessoal não docente.
A UMinho faz 43
anos, está com um corpo docente e infraestruturas envelhecidas. O que tem sido
feito no sentido de inverter esta tendência?
Estamos atentos a essa questão que resultou
do quadro de crise nacional dos últimos anos, com conhecidas restrições financeiras
e limitações à contratação de pessoal na Administração Pública.
Anunciei na Sessão Comemorativa do passado
dia 17 de fevereiro que, nos próximos 3 anos, esperamos abrir 300 concursos
para investigadores e professores auxiliares. De facto, pensamos que as
alterações legislativas e apoios públicos recentemente anunciados pela tutela,
a situação financeira da Universidade e a maior flexibilidade inerente ao regime
fundacional permitem ter esta ambição.
Considerada uma
Universidade jovem, a UMinho está nos principais rankings mundiais. Qual tem
sido a estratégia para conseguir lá chegar e se manter?
Não se pode dizer que a UMinho tem uma
estratégia para o efeito. O nosso posicionamento nesses rankings é resultado de
um conjunto de indicadores, em muitos casos obtidos sem a nossa intervenção.
Alguns desses indicadores estão muito alinhados com a nossa estratégia, seja no
sucesso escolar, na publicação científica ou no impacto na economia regional.
Certamente que a UMinho tem vindo a reforçar
a qualidade da informação que disponibiliza para o efeito e que é utilizada por
algumas das entidades responsáveis por esses rankings.
Quais os
principais fatores que contribuem para o sucesso da UMinho?
Estamos a falar de uma Universidade, pelo que
o principal fator só pode ser as pessoas. Aquilo que somos e os sucessos que
conseguimos devem-se aos nossos docentes, investigadores e pessoal técnico e
administrativo. O nosso sucesso deve-se, também e de forma decisiva, aos nossos
estudantes.
Haveria muito a referir sobre este assunto,
mas há uma forma de sentir a UMinho que se traduz numa coesão muito forte da
comunidade que faz esta Universidade.
Certamente que também existem fatores
objetivos associados à nossa realidade e à nossa envolvente como, por exemplo: o
nosso sistema integrado de gestão e a nossa fortíssima interação com as cidades
que nos acolhem.
Até que ponto
a crise económica que se instalou nos últimos anos tem afetado o bom desempenho
da UMinho?
Para além de ter sido responsável por muitos
dos meus cabelos brancos, tornou tudo mais difícil. Inibiu crescer tanto como
pretendíamos, fez adiar alguns projetos, limitou imenso os trabalhos de
manutenção de edifícios e equipamentos e provocou grandes constrangimentos na
contratação de pessoal.
Os últimos
anos não têm sido fáceis para o Ensino Superior em Portugal. O que esperar de
2017?
O quadro de financiamento, em termos de
Orçamento de Estado, continua muito restritivo embora tenha melhorado no que à
previsibilidade diz respeito, em resultado do acordo assinado entre o Governo e
o CRUP em julho passado.
Existem boas perspetivas dos projetos que
temos vindo a ganhar em programas nacionais e europeus. No entanto, a execução
desses projetos exige um esforço financeiro muito grande da Universidade, uma
vez que as agências nacionais (FCT, ANI, CCDR-Norte) têm, por vezes, grandes atrasos
nos respetivos pagamentos, como é o caso do momento presente.
Afirmou que
pretendia uma almofada de 20 milhões para a UMinho. Qual a situação financeira
da UMinho atualmente?
De facto, pelo que acabei de referir, seria
bom trabalharmos com valores dessa monta. Como também referi no discurso de 17 de
fevereiro, a situação a UMinho evoluiu muito positivamente nos últimos anos,
graças ao rigor de gestão que fomos capazes de implementar.
Em que
percentagem depende atualmente a UMinho do Orçamento do Estado. No seu entender,
as universidades têm de encontrar cada vez mais fontes de financiamento
próprias?
A dependência do OE é ligeiramente inferior a
cerca de 50%, sendo inferior a 45% para as contas consolidadas com as nossas
principais participadas. O desafio de encontrar outras fontes de financiamento
está e estará presente no quotidiano das Universidades.
Qual o caminho
que a UMinho tem feito neste sentido?
Um caminho muito positivo. Sucesso que se tem
verificado em projetos nacionais e europeus, sobretudo em projetos com
orçamentos elevados como são os casos do projeto Bosch ou de bolsas do European
Research Council. No entanto, estes financiamentos dependem da
área científica, do desempenho do grupo de investigação e da qualidade da
candidatura, pelo que a sua distribuição é muito heterogénea entre as
diferentes unidades de I&D da Universidade.
A poucos meses
de deixar a liderança da UMinho. Como perspetiva o futuro desta?
O potencial da UMinho é grande e resulta do
seu percurso, da sua coesão, dos mecanismos consolidados de interação com a
sociedade e demografia positiva da sua envolvente de proximidade. A nossa comunidade, com mais de 1.300
doutorados é cientificamente robusta e está inserida em redes internacionais.
Esta realidade permite ter uma perspetiva
positiva do nosso futuro. No entanto, é preciso que a Academia tenha as apostas
certas, incluindo nas suas lideranças, rejeite a mediocridade e o corporativismo.
Mesmo numa Universidade, onde o espirítico crítico deve ser grande, somos confrontados
com a demagogia fácil, altamente nociva para a construção desse futuro.
Neste 43º
aniversário quais foram os maiores desejos para a Academia?
Que cumpra cada vez melhor a sua missão de
gerar, difundir e aplicar conhecimento, assente na liberdade de pensamento e na
pluralidade dos exercícios críticos, promovendo a educação superior e
contribuindo para a construção de um modelo de sociedade baseado em princípios
humanistas, que tenha o saber, a criatividade e a inovação como fatores de
crescimento, desenvolvimento sustentável, bem-estar e solidariedade.
Quem beneficia
mais com quem: a UMinho com as cidades que a acolhe ou as cidades com a
Universidade?
É uma relação de vantagens mútuas evidentes.
A UMinho é
atrativa?
Sim, mas deverá aumentar essa atratividade no
futuro. Os respetivos critérios são diferentes para
estudantes nacionais ou estrangeiros. No entanto, a oferta educativa, a imagem
da investigação e a qualidade das infraestruturas serão aspetos determinantes. A atratividade de uma Universidade não é
independente do lugar onde está instalada. Por isso, também aqui, a colaboração
proactiva com as cidades de Braga e Guimarães é essencial.
Qual é o
orçamento da UMinho para este ano?
O orçamento consolidado, i.e., incluindo os
SASUM e outras participadas, deverá atingir os 140 milhões de euros.
Com tantos
cortes efetuados num passado recente e a necessidade de melhorar o
financiamento do ensino superior, temos um ensino de maior ou menor qualidade
do que há 10 anos?
A qualidade do ensino superior resulta de uma
multiplicidade de fatores, incluindo a qualidade dos estudantes que recebemos,
e é marcada por uma grande inércia entre o tempo da decisão e dos respetivos
resultados. Acresce que esta pergunta pode ser respondida a partir de
diferentes referenciais de observação do sistema. Relativamente à UMinho, não tenho dúvidas que
estamos melhores.
Investigação. Que
desempenho tem tido a UMinho nesta área e onde pretendemos chegar?
A UMinho tem crescido e consolidado a sua
estrutura de investigação, tanto em abordagens mais fundamentais, como
aplicadas. Os indicadores de publicações e os prémios científicos são uma
evidência.
Tenho convictamente reafirmado a centralidade
da investigação na estratégia da UMinho. Isso é essencial e é essencial que
essa aposta continue no futuro.
A investigação não é só importante para
consumar o ideal civilizacional de fazer avançar o conhecimento ou para ajudar
a resolver o financiamento da Universidade.
A centralidade da investigação é decisiva
para a qualidade do ensino e para encontrar respostas às questões e desafios
que a sociedade nos coloca. De facto, porque somos e queremos continuar a ser
Instituição de ensino, importa que o mesmo seja diferenciado pela investigação
que fazemos. De igual modo, só daremos respostas à sociedade se tivermos
conhecimento novo.
A Universidade que ensinar o que as outras
ensinam e que os conteúdos estarão, cada vez mais, disponibilizados em
diferentes plataformas, tornar-se-á irrelevante e terá o seu futuro
comprometido.
Estou convicto que devemos caminhar no
aprofundamento desta ideia. Na Universidade do futuro não terá lugar o ensino
que não esteja fortemente acoplado à investigação. É um desafio que temos de
vencer, expondo os nossos estudantes, desde os anos iniciais de formação, a
práticas de investigação.
De facto, as universidades que não estejam centradas
na investigação irão definhar nos próximos anos. Poderão subsistir como
instituições, mas não serão universidades!
Qual a sua
opinião sobre o trabalho desenvolvido pelo atual Ministério da Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior?
É bom termos um ministério próprio,
específico da ciência, tecnologia e ensino superior. É bom termos um ministro muito bem preparado
para o cargo e muito conhecedor do sistema. Quanto a avaliações, devem ser feitas no fim
do mandato (do Governo).
A UMinho fez
vários investimentos a nível de infraestruturas no último ano. Quais foram os
mais relevantes e qual o plano de investimentos da Academia a curto/médio
prazo?
Nos investimentos feitos, é de assinalar o
IB-S (em Gualtar e Azurém), o Biotério, a Biblioteca de Azurém, o Arquivo
Distrital de Braga, a inaugurar em abril, o início da reabilitação do Largo do
Paço e as infraestruturas em Couros, nomeadamente o Instituto de Design e o
Centro de Formação Pós-graduada, bem como a profunda intervenção na Escola de
Ciências.
A muito curto prazo, avançarão o Centro
Multimédia e a reformulação do edifício 10, para alojar em Gualtar os Serviços
da Administração, incluindo as Direções de Recursos Humanos e Financeira e
Patrimonial. Estamos a trabalhar ativamente em projetos muito estruturantes
como o Discoveries Centre/ Centro de Biomateriais Cidade de Guimarães, Centro
de Supercomputação/Computação Quântica e o Centro de Medicina P5.
Muitos outros projetos estão previstos no
nosso Plano de Investimentos que, certamente, serão concretizados pela próxima
equipa reitoral.
Enquanto
Presidente do Conselho de Reitores, qual é a sua maior preocupação?
A defesa e aprofundamento da autonomia
universitária. No século XXI as universidades terão de se afirmar por marcas
identitárias próprias. Só a Universidade autónoma pode ser diferente.
Quando deixar
o cargo de Reitor, onde vamos ver António Cunha?
Espero que o continue a ver como trabalhador
do conhecimento e, idealmente, a ajudar a construir o projeto Universidade do
Minho, independentemente das funções específicas a desempenhar e onde as
desempenhar.
Que mensagem
gostaria de deixar à Academia?
Quero dizer que o futuro pode ser nosso e da
nossa UMinho se soubermos ser atores da sua construção. Se soubermos para onde
queremos ir e tivermos ideias de como lá chegar. Se formos capazes de rejeitar a mediocridade
e o facilitismo.
Texto: Ana Coimbra
(Pub.Mar/2017)
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