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Rui Vieira de Castro tomou posse como Reitor da UMinho



“Há oito anos tomei posse como Reitor de uma Universidade Pública, hoje deixarei a
direção 
de uma Fundação
Pública
com Regime de Direito Privado, isto é, uma Universidade Pública com
acrescida autonomia para cumprir a sua missão de serviço público”. Para além do
vasto rol de iniciativas e do vasto percurso feito em oito anos de governação,
a passagem da UMinho ao regime fundacional foi das ações de maior relevo, pelo
tempo que demorou, pelo debate que motivou e pelos efeitos que trouxe e que
continuará a trazer no futuro. Este foi um dos muitos projetos, iniciativas e
ações do imenso percurso feito pelo reitor cessante, destacando-se, também, a
centralidade dada à investigação.

Estes foram oito anos caracterizados pela forte
crise que o nosso país atravessou, a qual segundo António Cunha “impactou
fortemente a sociedade portuguesa e as suas instituições”, mas durante os quais
a UMinho se tornou “diferente”. Salientando-se o grande crescimento em número
de alunos, de cursos, infraestruturas, mas “talvez o mais importante tenha sido
o aumento significativo do
reconhecimento
externo
que a Universidade experimentou”, exemplificando na investigação,
na
cooperação com a indústria, na
promoção do empreendedorismo, no
compromisso com a Região, na cultura, e no desporto. Para além disso, a UMinho é hoje uma Universidade marcada
pela internacionalização, pela desmaterialização, pelo open access/open
science, por práticas de sustentabilidade (…), por projetos como o Arquivo
Distrital de Braga, a nova Biblioteca de Azurém, o IB-S, o Discoveries Centre,
o MACC, o Donelab Bosch-UMinho, o 2CA, a Campanha de Fundraising, a Operação
Alumni, declarando que “Por fazer, ficou muito mais”.

Sobre o futuro, o reitor
cessante diz que “É tempo de uma nova esperança,
aberta pela experiência, conhecimento, competência, ponderação e
profunda dimensão humanista do novo Reitor e da sua equipa”. Terminou,
afirmando que “foi um privilégio servir
como Reitor, vai continuar a ser uma honra servir como professor e investigador”.


Empossado
como Reitor, o professor catedrático Rui Vieira de Castro, tem como linhas
orientadoras do seu programa para os próximos quatros anos, uma Universidade
que “
que priorize a qualidade da educação, a centralidade da investigação, o reforço da interação com
a sociedade, a qualidade da internacionalização, o desenvolvimento
institucional, a promoção da qualidade de vida e infraestruturas e o equilíbrio
financeiro da Universidade”, sublinhando que tudo isto precisará da “mobilização da comunidade da UMinho”. Sobre a questão financeira, Vieira de
Castro aproveitou para deixar recados ao Governo, referindo que “Os níveis de
desempenho da UMinho não devem obscurecer o facto, reconhecido, de vivermos num
quadro de subfinanciamento pelo Estado, com impactos seríssimos em dimensões
essenciais da Instituição”.

Para o novo responsável pela academia minhota, a UMinho
deve tornar-se numa instituição de “referência no contexto nacional e
internacional”, pretendendo colocá-la entre as “três maiores do país”.
Assumindo, ainda, que a Universidade deve ter na “educação e formação de alto
nível dos seus estudantes um objetivo essencial da sua ação”, não esquecendo a “formação especializada e o desenvolvimento de competências transversais,
promovendo a mobilidade internacional e incentivando práticas desportivas e
culturais essenciais a uma educação integral”, incluindo o “incentivo ao mérito
académico”.

A acompanhar Rui Vieira de Castro estará uma equipa
de quatro vice-reitores,
Rui L. Reis
(Investigação e Inovação), Margarida Casal (Educação), Ricardo Machado
(Desenvolvimento Institucional), Manuela Martins (Cultura e Sociedade) e cinco
pró-reitores, Paulo Cruz (Qualidade de Vida e Infraestruturas), Linda Veiga
(Assuntos Estudantis e Inovação Pedagógica), Filipe Vaz (Investigação e Projetos),
Guilherme Pereira (Avaliação Institucional e Projetos Especiais) e Carla
Martins (Internacionalização), os quais segundo o novo responsável da UMinho,
assumem, tal como ele, o compromisso com um programa de ação que se pretende “exigente, desafiante e mobilizador”. Afirmando estar convicto que este “levará
a UMinho a formar mais e melhores cidadãos e profissionais, a prosseguir a sua
afirmação como instituição que se encontra na linha da frente da produção de
conhecimento e da inovação e a reforçar o seu papel na promoção do
desenvolvimento social, cultural e económico de Portugal”.

Texto: Ana Marques 

Fotografia: Nuno Gonçalves


(Pub. Nov/2017)


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