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“Na cidade de Braga havia apenas um
recolhimento para mulheres que tinham manchado a sua honra e que procuravam,
através da oração, penitência e trabalho, mudar de vida: o recolhimento de
Santa Maria Madalena. De notar que, se existem vários trabalhos sobre
recolhimentos para mulheres honradas, sobre os que acolheram as consideradas
descaídas o número é mais limitado. Recorde-se que estas casas tiveram uma
expressão menor que os restantes recolhimentos, pelo que, apesar de a vida em
reclusão ter vindo a encontrar na historiografia europeia um lugar cada vez
mais alargado e consolidado, estas instituições são ainda mal conhecidas”,
lê-se na sinopse desta obra, lançada este ano pela editora Húmus.
O trabalho de Marta Lobo foi uma das nove
obras historiográficas premiadas ontem pela Academia Portuguesa da História. O
Prémio Possidónio Mateus Laranjo Coelho não destaca apenas um livro singular sobre
a problemática dos recolhimentos femininos – analisando sob vários ângulos, do
social e económico ao político e religioso, uma instituição de assistência
social e promoção do bem-estar -, mas também um percurso relevante de
investigação de dimensão internacional sobre as dinâmicas socio-religiosas da
história moderna e contemporânea, onde se incluem as misericórdias, as
confrarias, as irmandades religiosas, os recolhimentos e os conventos.
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(Pub. Dez.2017)
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