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Brinquedos recolhidos na UMinho vão proporcionar muitos sorrisos!



A cerimónia de
entrega às instituições decorrida hoje, no Complexo
Desportivo da UMinho, em Braga, contou com a presença dos representantes
das
várias instituições apoiadas, bem como de
Carlos Videira em representação do Administrador dos SASUM, do Presidente da
Associação Académica, Bruno Alcaide, do responsável do
Núcleo de Robótica do
Departamento de Eletrónica Industrial da UMinho, Fernando Ribeiro e de Raquel
Cunha da SalusLive.

Entre
brinquedos eletrónicos e não eletrónicos, a solidariedade “falou” bem alto mais
uma vez, nesta que foi a 10ª edição da iniciativa. Quatro instituições de apoio
a crianças carenciadas da região e duas
Equipas Locais de Intervenção Precoce na
Infância (ELI) foram apoiadas com a
oferta dos 1485 brinquedos recolhidos, sendo que destes, 20 eram
brinquedos eletrónicos.

Realizada desde 2008, a Campanha só em
2015 começou a cooperar com a iniciativa do Núcleo de Robótica do Departamento
de Eletrónica Industrial da Universidade do Minho e com a
SalusLive
Centro Terapêutico de Braga, contribuindo com brinquedos eletrónicos
“normais” que são depois adaptados em brinquedos funcionais para
crianças com necessidades especiais.

Este ano o número de brinquedos
recolhidos baixou um pouco, tanto no geral (no ano anterior foram 2293) como em
relação aos eletrónicos (no ano anterior foram 35). Nesta edição apenas 20 brinquedos
eletrónicos foram adaptados e entregues às ELI, pois como nos referiu Fernando
Ribeiro “este ano houve um pouquinho menos de brinquedos” pois nem todos os
brinquedos eletrónicos podem ser adaptados, para além disso, é uma altura
complicada em termos académicos para os alunos que fazem a adaptação,
sublinhando que “mesmo assim arranjam sempre tempo para ajudar nesta ação
solidária”, a qual fazem “com espírito de partilha de conhecimentos e amizade,
num ambiente de muita animação e dedicação” diz.

Em 2017 os brinquedos oferecidos vão transpor
a fronteira nacional, e vão fazer sorrir não só crianças carenciadas da região,
mas também crianças de Cabo Verde, crianças que muitas vezes nunca viram um
brinquedo “em janeiro será enviado para Cabo Verde um contentor com estes
brinquedos e outros materiais, principalmente de apoio à lecionação e este
miminho vai ser muito bom para aquelas crianças” referiu Ricardo Sousa,
responsável da Sinergia.

Carlos Videira, em representação do
Administrador dos SASUM, e Bruno Alcaide, presidente da AAUM salientaram o
espírito
solidário, inclusivo e
pedagógico da campanha, realçando o apoio, não só dos estudantes e da
comunidade académica, mas também da população externa e até de duas escolas
primárias “nos últimos tempos procuramos que esta campanha não chegasse apenas
junto da comunidade académica e este ano tivemos a colaboração da
Escola Básica da Sé – Braga e da EB1/JI da Póvoa de
Lanhoso que contribuíram com algumas centenas de brinquedos” transmitiu Carlos
Videira.

Para Bruno Alcaide, a atividade tem tido
nos últimos anos “um carácter muito especial”, apontando a “questão da
inclusão” com a adaptação dos brinquedos eletrónicos pelo Núcleo de Robótica,
mas também o seu espírito pedagógico, chamando a atenção de crianças das
escolas primárias, dos universitários e da população em geral, para a realidade
de muitas crianças carenciadas, crianças com necessidades especiais e até para
a pobreza de outros países.
 

Raquel Cunha da SalusLive destaca na iniciativa a
possibilidade que dá às crianças com necessidades especiais de “poderem
usufruir na totalidade de um brinquedo”,
sublinhando a dificuldade que existe,
tanto de instituições como das famílias em adquirir brinquedos adaptados as
estas crianças, que
não têm a sensibilidade para carregar em
botões, muitas nem conseguem mexer as mãos. “Ao adaptarmos um interruptor que
pode ser acionado com o pé, com o pescoço, ou com o braço, conseguimos dar à
criança a possibilidade de interagir com o brinquedo”, uma adaptação segundo
esta, que fica a custo “zero”, mas se os brinquedos forem comprados nas lojas “os preços rondam os 200 euros” afirmou.

Este ano as instituições apoiadas foram:
a
Fraterna – Centro Comunitário de Solidariedade e
Integração Social, Guimarães
; a Associação Teatro e Construção de Famalicão; a Sinergia –
Centro Jovem S. Adrião, Braga; e a Cruz Vermelha Portuguesa de Braga.


Texto: Ana Marques 

Fotografia: Nuno Gonçalves


(Pub. Dez/2017)

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