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Ex-aluna da UMinho explica o divórcio às crianças



A obra propõe a
mediação como meio eficaz na resolução alternativa de litígios familiares e na
garantia do bem-estar dos filhos. A história, já apresentada em várias escolas
e instituições, é adequada para a faixa dos 5 aos 12 anos de idade e inclui um
guia para os pais saberem como lidar melhor com a situação. “O objetivo do
livro, bem como o da mediação, não é impedir o divórcio, mas sim evitar longos
processos nos Tribunais de Família e, ainda, evitar o
desgaste emocional associado, que vai ter repercussões negativas nos pais e,
consequentemente, nas crianças”, refere Lara Santos. A mediação destes casos,
quando é efetuada numa fase inicial do divórcio, tem uma elevada taxa de
sucesso e, por vezes, não é levada a cabo por desconhecimento dos tribunais, técnicos
e cidadãos em geral, acrescenta a autora.

Para Lara Santos, o
divórcio é um “período difícil e traumático”, terminando muitas vezes
abruptamente anos de um projeto de vida em comum. Os filhos estão no meio da
situação e o seu bem-estar “não pode ser ignorado”, continua
. “A criança preocupa-se com questões práticas:
onde vai dormir, o que deixa em cada casa, quem a leva à escola e trata da
roupa” mas a sua principal preocupação é se os pais vão continuar presentes na
sua vida” e estes só o conseguirão garantir se se “descentrarem” do conflito
conjugal, o que é complicado numa fase inicial, pois as pessoas estão magoadas
e em sofrimento”, descreve Lara Santos.

O livro revela que o Tomás, como
qualquer criança, pode continuar a ser feliz e a ter pai e mãe. “Tudo depende da capacidade de estes exercerem a sua
função enquanto pais, cuidadores e fonte de suporte, como antes. A criança
precisa do seu espaço, do seu tempo com cada um deles, bem como com a família
alargada”, anui a psicóloga. O recurso à mediação permite uma solução
personalizada, porque todas as famílias são diferentes e o acordo de divórcio
deve respeitar as suas caraterísticas e dinâmicas próprias, salvaguardando
sempre os direitos dos filhos, remata.

Lara Santos publicou esta edição de autor com
base na sua experiência e na necessidade de explicar o tema aos menores, mas
também a pais e profissionais. Há mais informações em http://bit.ly/larasantos. A autora fez formação na UMinho e no Instituto Português de Mediação
Familiar. T
rabalhou muitos anos na área clínica
com crianças e em agrupamentos de escolas de Braga. O Ministério da Justiça
criou em 2007 o Sistema Público de Mediação Familiar, ao qual Lara Santos
passou a estar afeta para os distritos de Braga e Viana do Castelo. Coordena
ainda há uma década o projeto Laços da Fundação Vieira Gomes, em Braga.

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