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UMinho recebe maior feira nacional de mestrados e pós-graduações 

UMinho recebe maior feira nacional de mestrados e pós-graduações

A Universidade do Minho recebe no próximo dia 19 de março a “Unlimited Future – Feira de Mestrados e Pós-Graduações”, considerada a maior do país neste âmbito. O evento irá decorrer na nave 2 do Complexo Desportivo do campus de Gualtar, em Braga. O objetivo do certame passa por ajudar os participantes no próximo passo do seu percurso académico. O evento decorre das 14h00 às 19h00 e a entrada é livre.

A UMinho e as suas Unidades Orgânicas irão aproveitar para reforçar a divulgação dos seus mestrados, doutoramentos e pós-graduações, incluindo a oferta dos mais de 112 cursos não-conferentes de grau integrados no projeto Aliança de Pós-Graduação – Competências para o Futuro (com financiamento Impulso Adultos /PRR/NextGenerationEU, até 2026). Estes últimos são cursos de upskilling ou reskilling diferenciados por serem organizados em estreita articulação com mais de 80 entidades parceiras, empresas e outra instituições empregadoras. Para além da oferta formativa será ainda possível conhecer em detalhe os serviços, programas de mobilidade, oportunidades de investigação e de tese em ambiente empresarial/institucional oferecidos na UMinho. Serão estudantes, técnicos e professores da instituição que, ao longo do dia, irão interagir com os participantes no sentido de esclarecer as suas dúvidas.

A par da UMinho estarão presentes nesta mostra representantes de 20 instituições de ensino nacionais que farão a apresentação dos seus cursos de 2º e 3º ciclo.

Esta iniciativa está integrada num mês de importantes feiras de oferta formativa que envolvem a UMinho. Após a feira “Qualifica” que aconteceu na última semana na Exponor, em Matosinhos, a UMinho também irá marcar presença de 20 a 23 de março na “Futurália”, em Lisboa. De 18 a 20 de abril é a vez da UMinho organizar a “UPA – UMinho de Portas Abertas”, também no campus de Gualtar, em Braga, um evento que já soma com cerca de 5000 inscritos.

Texto: GCI

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42.º aniversário assinala um ano “marcante” para a EEG

42.º aniversário assinala um ano “marcante” para a EEG

Ainda durante este ano, a Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho (EEG) pretende redefinir a sua identidade e está a discutir um novo nome, quem o revelou foi Presidente da Escola, apontando que este deverá refletir os três pilares científicos da instituição: a Economia, a Gestão e a Ciência Política.

As propostas foram dadas a conhecer na cerimónia comemorativa do 42.º aniversário da unidade orgânica, decorrida no passado dia 12 de março, a qual contou com a presença, além do Presidente da EEG, Luís Aguiar-Conraria, do antigo Vice-primeiro-ministro de Portugal, Paulo Portas e do Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro.

“Queremos um nome que expresse o nosso pluralismo científico, além da Economia e da Gestão, temos a Ciência Política”, começou por dizer o responsável da EEG, frisando que “é uma vantagem competitiva que devemos explorar”, pois, segundo este, não é possível “pensar em estratégias de internacionalização de empresas e de investimento internacionais, ou em políticas económicas, sem ter em atenção a turbulência em que o mundo vive, sem ter em atenção as questões de geopolítica e de segurança internacional”.

A EEG tem um Departamento de Ciência Política com duas “áreas de peso”, Administração Pública e as Relações Internacionais, “é uma realidade, não um complemento”, disse, salientando que esta “é uma vantagem” que têm em relação a muitas outras escolas da área.

Outras das propostas apresentadas foi a revisão dos Estatutos da Escola, dando sequência à revisão dos Estatutos da Universidade que deverão ser brevemente aprovados. “Os nossos novos Estatutos espelharão a nossa missão”, referiu, os quais terão em conta os objetivos e desafios da instituição.

Um dos grandes desafios da Escola para os próximos tempos será, a UMinhoExec, para a qual o Reitor da UMinho, na tomada de posse do Presidente da EEG, desafiou a nova direção a definir um futuro. O que para Luís Aguiar-Conraria, exige duas coisas: “um edifício” próprio e “estabelecer parcerias com empresas”, questionando sobre “que sentido faz termos uma escola de formação executiva, que forma quadros superiores, seja de empresas, seja da administração pública, e não chamarmos os empresários para definir estratégias connosco?”, apontando que é preciso “trabalharmos juntos na administração e desenvolvimento dessa Escola Executiva”.

O responsável da unidade orgânica realçou ainda o tema da “sustentabilidade”, sublinhando que faz parte da missão da Escola, “é outra das tarefas que temos para este ano, a criação de um “Road map” para a sustentabilidade da EEG”, disse.

Reconhecendo o papel de relevo que a Escola tem granjeado no âmbito educação superior das pessoas, da investigação científica e da prestação de serviços, Rui Vieira de Castro começou o seu discurso com duas questões: Que Escola queremos para o futuro? Como pretendemos preparar esse futuro? Salientando que a acreditação internacional “é uma condição essencial para assegurar o salto qualitativo que a Escola pretende dar”.

Trazendo novamente para cima da mesa o que diz ser a “real oportunidade da Administração Pública”, uma vez que a EEG está inserida num consórcio com outras escolas da área, deixou patente a “disponibilidade da Reitoria para um tratamento diferenciado de uma aposta mais forte da Escola nesta área, desde que seja suficientemente fundamentada e seja consequente em termos do desenho do futuro da própria Escola”, afirmou.

O responsável máximo da UMinho apontou ainda para o “reforço” da formação não conferente de grau, uma área em que a EEG tem apostado, mas para a qual sugere que se dê “um salto para outro patamar”. Sobre a questão da infraestrutura física para a UMinhoExec, o reitor da UMinho assegurou que “estamos a trabalhar nesse sentido”, apontando haver uma solução para responder a esse requisito, mas advertindo que “sendo ele importante, não é evidentemente suficiente”. Indicando que a formação não conferente de grau deve ser colocada “com um valor semelhante àquele que atribuímos à formação conferente de grau”.

No que toca à formação doutoral, indica que é “uma das debilidades” da EEG ou um “espaço de potencial crescimento”. 

Paulo Portas foi o palestrante convidado e trouxe até nós o tema, “Os 50 Anos do 25 de Abril: As Mudanças do Mundo e os Seus Impactos na Definição Estratégica de Portugal”, onde apresentou a uma análise histórica do país e do mundo. Sublinhando que no mundo de hoje não há nada “que possa dar-se como garantido no sistema internacional de que dispomos”, perante um mundo “global, volátil e incerto”. Lembrando a polaridade existente há 50 anos entre as duas potências, EUA e URSS, apontou a “potência desafiante” que é hoje a China.

Assinalando a Inteligência Artificial como um “risco”, afirmando “a progressiva intimidação da democracia representativa pela chamada democracia digital”. Exemplificando que “o uso do algoritmo em campanhas políticas tem um só mantra: a discórdia permanente e agressiva”, algo “muito distinto da pluralidade de ideias e doutrinas”, disse.

Sobre a UMinho e sobre a EEG, declarou serem “grandes conseguimentos”. Salientando que embora fisicamente longe do poder “estão realmente perto da economia”, acrescentando que “a transformação do conhecimento em produto passa radicalmente por aqui”.

A sessão foi ainda marcada pelas entregas de prémios, distinções, homenagens.

Texto: Ana Marques

Foto: Daniel Silva

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A Saúde Mental como desígnio de todos nós

A Saúde Mental como desígnio de todos nós

Artigo de opinião – João Tiago Oliveira
Investigador em Psicoterapia do CIPsi – Centro de Investigação em Psicologia
Docente da Escola de Psicologia
Universidade do Minho.

Sentou-se cabisbaixa, mal consegui perceber os seus olhos, com um ar frágil, vulnerável, as mãos juntas no seu colo e uma voz quase impercetível, rompida por lágrimas sufocadas quando perguntei,

O que a trouxe cá?

Demorou alguns segundos, largos, a conseguir articular a primeira frase,

– Eu não presto, eu não valho nada, não vale a pena.

Por muita experiência que tenhamos, sempre que ouvimos algo assim é inevitável que um desconforto se apodere de nós, dando imediatamente lugar à compaixão que nos liga ao sofrimento da pessoa que está à nossa frente. De novo alguém que chega à consulta no limite do suportável. Tinha ficado perto do ponto sem retorno, uns escassos 10 metros da linha de comboio. Era a primeira vez que pedia ajuda, nunca tinha falado sobre o que sentia, muito menos com as suas amigas da universidade. A vergonha, o sentimento de incompetência e inferioridade eram as principais razões para nunca o ter feito.

O caso da Joana, vamos chamar-lhe assim, está longe de ser um exemplo com pouca expressão. A Organização Mundial de Saúde estima que em 2030 a depressão vai ser a condição clínica com o maior peso nos sistemas de saúde dos países desenvolvidos.

Em Portugal as perturbações psiquiátricas, onde se inclui a depressão, atingem praticamente um quarto da população, colocando o país no segundo lugar entre os países europeus. Estas perturbações são a principal causa de incapacidade e de reforma antecipada em muitos países, tendo um impacto significativo na economia. Representam cerca de 20% do peso da doença na Europa, sendo que só a depressão e as perturbações de ansiedade custam cerca de 170 mil milhões de euros por ano.

Atualmente falamos cada vez mais de Saúde Mental, de como a podemos promover e do quão importante é cuidar dela. Apesar disso, em Portugal continuamos com respostas largamente insuficientes desde a prevenção ao tratamento. Para além de todos os mitos e crenças associados à doença mental, o facto de o acesso ao tratamento psicológico ser tão difícil faz com que se perpetuem ideias erradas. Como sociedade, temos de saber cada vez mais sobre Saúde Mental. Temos de conseguir falar sobre a depressão ou ansiedade como falamos de uma outra qualquer doença. Temos de sentir que podemos dizer aos nossos amigos, à nossa família: “sinto-me deprimido”. Temos de ter acesso a tratamento de excelência. Não só por cada um de nós, mas sim por todos, como um desígnio nacional.

 

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SASUM entregam computadores a estudantes economicamente carenciados

SASUM entregam computadores a estudantes economicamente carenciados

Os Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM) voltam a disponibilizar computadores, a título de empréstimo, aos estudantes em condições de carência económica, para que o desempenho académico não seja condicionado por dificuldades de acesso às tecnologias de informação e comunicação, nomeadamente por escassez de recursos económicos. Das 47 candidaturas, 42 estão garantidas. 

A iniciativa, enquadrada pelo Programa de Apoio Informático a Estudantes (PAIE), teve início em 2020, em contexto de pandemia provocada pela COVID-19. Contudo, os SASUM continuam a entender ser necessário assegurar o acesso dos estudantes aos recursos tecnológicos indispensáveis para o acompanhamento das atividades de ensino e avaliação.

As candidaturas decorreram até ao dia 20 de fevereiro, estando agora a decorrer a entrega dos equipamentos.
Foram apresentadas 47 candidaturas ao Programa, estando garantido, até ao momento, o empréstimo de 42 computadores, prevendo-se que brevemente o apoio possa ser concedido a todos os candidatos admitidos.
Carlos Almeida, diretor do Departamento de Apoio Social dos SASUM, salientou que “para ser possível ir mais longe nos apoios disponibilizados aos estudantes, é preciso também alargar a rede de entidades dispostas a colaborar”, referindo-se à necessidade de aumentar o número de computadores do Programa através da reutilização de equipamentos em bom estado.

O empréstimo de computadores é feito de acordo com os equipamentos disponíveis e atende aos critérios de seriação previstos no Regulamento, nomeadamente a situação económica e o aproveitamento escolar do estudante, conforme o desempenho alcançado no ano letivo anterior.

Em cada ano letivo é definido um prazo específico para submissão do pedido. Findo esse prazo, os pedidos apenas serão atendidos em situações de emergência e em caso de disponibilidade de equipamentos.

Texto: Ana Marques

Foto: Redação

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26 trabalhadores dos SASUM foram homenageados pelos anos de dedicação

26 trabalhadores dos SASUM foram homenageados pelos anos de dedicação

A homenagem e medalhas entregues representam, simbolicamente, a dedicação, o esforço e a entrega ao serviço da UMinho.

O tributo decorreu no âmbito da Sessão Solene Comemorativa dos 50 Anos da Universidade do Minho (UMinho), no passado dia 17 de fevereiro, no Salão Medieval da Reitoria, no Largo do Paço, em Braga. Este ano foram 26 os trabalhadores dos Serviços de Ação Social da UMinho (SASUM) condecorados na homenagem anual que a Universidade faz aos seus trabalhadores que celebram 30 ou mais anos ao serviço da Academia.

Estes trabalhadores dos SASUM, bem como outros da Universidade que também foram homenageados e que viram assim o seu percurso reconhecido, um gesto da instituição que realçou a importância do seu contributo para a construção daquilo que é hoje a UMinho.

Tal como referiu o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, na entrevista que nos concedeu, “Não há Universidade sem pessoas”, sublinhando que “Uma organização como esta faz-se de pessoas, mas faz-se também de valorização das pessoas”.

A UMinho é a segunda “casa” para quase todos os que nela trabalham, como é exemplo a Ana Paula Machado, a Madalena Macedo e o Carlos Rocha, três dos trabalhadores dos SASUM que estiveram presentes na homenagem.

“A UMinho é a minha segunda casa há cerca de 30 anos”, afirmou o Sr. Carlos Rocha, Operador de Armazém e Logística do Departamento Contabilístico e Financeiro, mostrando-se “agradecido” pelo gesto que para si homenageou “todo o trabalho feito pelos colaboradores da UMinho”. Lembrando o início da sua ligação à academia minhota, recorda que a conheceu “com uma dimensão bem diferente do que é hoje e fui acompanhando o seu crescimento, o que é gratificante”, acrescentando acreditar que “contribuí um pouco para que a Universidade do Minho esteja hoje na posição que está no seio das restantes universidades na Europa e no Mundo. Por isso, esta medalha é uma forma de recordar este belo trajeto”, concluiu.

Para Madalena Macedo, Coordenadora Técnica na Divisão de Alojamento, esta homenagem significou, sobretudo, “gratidão” e “reconhecimento” da Universidade pela dedicação incondicional que tem dado a tantos jovens estudantes que têm passado pela instituição, especialmente pelas residências universitárias. Nos SASUM desde 1991, recorda principalmente, “a proximidade com os estudantes”, realçando “o apoio, a partilha de aprendizagens e as amizades que tenho alimentado e cultivado”. Considerando a UMinho “uma segunda casa. Nesta instituição tenho passado muitas horas, muitos dias e muitos anos, consolidando relações tão próximas, diria semelhantes às de irmãos, filhos e sobrinhos”, refere.

Ana Paula Machado, responsável pela Divisão de Bolsas, afirmou sentir-se “grata” pelo “sublime reconhecimento” pelos seus 37 anos de serviço, a prestar apoio social à população discente em situação de carência socioeconómica. Caracterizando o seu trajeto na UMinho como “intenso e gratificante”, sempre com o “constante foco nos estudantes economicamente carenciados, proporcionando-lhes as melhores condições para a prossecução e conclusão dos estudos, valorizando o atendimento personalizado, a justiça social e o rigor no enquadramento legal das reais situações socioeconómicas dos candidatos a apoio social direto”, expôs. Sobre a UMinho, a qual diz ter “orgulho em integrar”, considera “inovadora”, acreditando que “continuará a produzir importantes obras e descobertas com elevado impacto humano”.  

A todos os trabalhadores homenageados. Parabéns!

Trabalhadores dos SASUM homenageados este ano:

Ana Paula Machado; António Araújo; Belém Elisabete Silva Conde; Carla Caçote; Carlos Rocha; Carlos Cerqueira; João Alves; José Marques; José Conde; Manuel Alves; Maria Aurora Costa; Maria Aurora Oliveira; Maria Carmo Antunes; Maria Fernandes; Maria Conceição Costa; Maria Conceição Peixoto; Maria Elisa Machado; Maria Esmeralda Costa; Maria Fátima Gomes; Maria Fátima Pinto; Maria Fátima Cerqueira; Maria Lurdes Conceição; Maria Lurdes Abreu; Maria Madalena Macedo; Rosa Maria Lobo; Teresa Soares.

Texto: Ana Marques

Foto: Nuno Gonçalves

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Presidente da República condecorou o nosso antigo Reitor António Guimarães Rodrigues

Presidente da República condecorou o nosso antigo Reitor António Guimarães Rodrigues

O Presidente da República condecorou o nosso antigo Reitor António Guimarães Rodrigues, a título póstumo, com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Instrução Pública.

Marcelo Rebelo de Sousa entregou as respetivas insígnias a Lígia Rodrigues, filha do homenageado e professora da Escola de Engenharia da UMinho. A cerimónia decorreu ontem no Palácio de Belém, em Lisboa.

António Guimarães Rodrigues (1950-2023) esteve ligado à fundação da UMinho, onde foi professor catedrático, diretor do Departamento de Produção e Sistemas, presidente da Escola de Engenharia, pró-reitor e ainda Reitor entre 2002 e 2009. Começou a carreira docente na Universidade de Lourenço Marques (Moçambique) e, entre outros cargos, foi responsável do Instituto da NATO (ASI) Operations Research and Management in Fishing e do Centro de Computação Gráfica.

Texto: GCI

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ECUM projeta nova casa para a próxima década

ECUM projeta nova casa para a próxima década

A revelação foi feita pelo presidente da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) na cerimónia de celebração dos 49 anos da instituição. Um projeto que poderá vir a ser também, o projeto de maior envergadura da Universidade do Minho (UMinho) nas últimas décadas.

Apesar dos investimentos feitos no último mandato na infraestrutura e segurança do edifício 6, a sede da ECUM, tais como o recrutamento de um técnico superior especializado e a realização de formações específicas de segurança, para além das intervenções já finalizadas no laboratório de Química e substituição de grande parte da cobertura do edifício, sendo que atualmente estão ainda a ser intervencionados mais dois laboratórios, o que, segundo o presidente da ECUM, José González-Méijome, “em conjunto permitirão redefinir e otimizar grande parte da atividade de investigação, formação especializada e avançada na área, especialmente de química orgânica”, a unidade orgânica está a fazer crescer “o projeto para as futuras instalações da Escola de Ciências no campus de Gualtar, com a aspiração de que entre em funcionamento no prazo de 5 a 10 anos”, apontou de forma realista o responsável da ECUM. 

Realçando que este projeto significa para a ECUM “um compromisso e uma responsabilidade acrescida, à qual responderemos com um projeto de infraestrutura moderna e flexível, que não constituiu um fim em si próprio, mas antes um meio para alcançar novos desafios científicos, pedagógicos e de interação com a sociedade da segunda metade do sec. XXI”.

Nesta que foi a sua última cerimónia de aniversário da Escola enquanto presidente, José González-Méijome apresentou uma “taxa de execução global de 93%” no âmbito das medidas previstas no plano de ação da Escola, afirmando que a ECUM “está agora com melhores condições ainda para atrair novas lideranças que continuem o trabalho”, indicando que a instituição ruma assim ao seu cinquentenário, que será comemorado dia 21 de fevereiro de 2025, “por um melhor futuro com ciência”.

O presidente anunciou ainda que a Escola atribuirá este ano, o segundo título de professor emérito, o primeiro nos últimos 20 anos. E, pela primeira vez, será atribuído, por proposta da ECUM, o 22.º Honoris Causa, ao Nobel da Física, Alain Aspect, antigo colaborador da ECUM.

O reitor da UMinho parabenizou a Escola, uma das fundadoras, assinalando os contributos desta como “essenciais” para concretização da missão e dos objetivos da Universidade. Saudando também a atual direção pela dimensão de concretização do seu plano de ação.

Falando sobre o futuro da UMinho, Rui Vieira de Castro destacou aquele que, para si, é um dos processos mais importantes, a “transformação organizacional”.

Colocando o foco na revisão dos Estatutos, destacou dois eixos fundamentais, o primeiro, “o reforço da autonomia das unidades orgânicas”, e o segundo, “a busca de uma maior maleabilidade organizacional” que permita à Universidade responder à emergência de novas realidades. Apelando à participação da comunidade académica no processo que está em curso, sublinhou que “não se trata aqui de assegurar uma maior representação do corpo A ou B, mas antes com um olhar focado naquilo que são as formas de organização que podem permitir, numa circunstância nova, encontrar as melhores formas de nos organizarmos para termos, ao nível das nossas unidades, uma maior maleabilidade e uma maior capacidade de resposta”, disse.

O responsável máximo da UMinho destacou ainda outros processos importantes em curso, “a transformação da oferta educativa”, uma questão que para este, “a Universidade tem dificuldade em olhar criticamente para projetos que já não correspondem os objetivos da sua criação”, assinalando que os cerca de 230 cursos conferentes de grau existentes na UMinho (mais de metade são mestrados, cerca de 60 licenciaturas e cerca de 60 programas de doutoramento), são “um número que merece reflexão”, disse. Assinalando ainda, que a oferta não conferente de grau “tem hoje e vai continuar a ter, cada vez mais, uma importância positiva para a instituição”, pelo que se deve olhar para ela como componente também da atividade docente dos docentes de carreira, “isso vai acontecer mais tarde ou mais cedo”, patenteou.

Sobre a investigação e inovação, indicou que a UMinho apostou de forma “ousada” nos dois instrumentos tornados disponíveis, o apoio do Orçamento do Estado à contratação de investigadores e o FCT Tenure, “o nosso objetivo de atingirmos com estes dois instrumentos cerca de 150 investigadores de carreira na Universidade vai representar um salto qualitativo imenso para a nossa instituição”, alertando para a responsabilização que esta aposta traz, relativamente à capacidade de a UMinho “traduzir esses recursos humanos em efetiva obtenção de financiamentos no quadro de projetos, sobretudo financiados por entidades que não as nacionais”, expôs.

Terminou, avisando que a Universidade “não pode frustrar as esperanças, as expectativas que sobre ela são colocadas”, apontando que a ECUM “terá aí um papel importante.

Texto: Ana Marques

Foto: Nuno Gonçalves

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“Estafeta da Amizade” vai unir os campi de Azurém e Gualtar

"Estafeta da Amizade" vai unir os campi de Azurém e Gualtar

A Universidade do Minho (UMInho), em parceria com os municípios de Braga e Guimarães, organiza no próximo dia 21 de abril uma prova de atletismo que irá unir o campus de Azurém ao de Gualtar. A “Estafeta da Amizade” é uma das iniciativas integradas no programa oficial das comemorações dos 50 anos da UMinho e irá ligar as duas cidades num percurso com a distância aproximada de 24 km. 

Nesta prova apenas podem participar equipas de quatro elementos, independentemente do género, e cada participante poderá efetuar apenas um percurso que terá uma distância de aproximadamente seis quilómetros. 

O evento terá início marcado para as 9h30 no campus de Azurém, em Guimarães, e terminará no campus de Gualtar, em Braga. A organização providencia transporte dos participantes interessados entre a chegada no campus de Gualtar e a partida no campus de Azurém, assim como a partir de todas as zonas de transição existentes a cada seis quilómetros ao longo de todo o percurso. 

Caminhada de 4km realiza-se na cidade de Braga 

Integrada na mesma prova haverá ainda uma caminhada dedicada à comunidade académica e população em geral que se queira associar a esta jornada de amizade. A caminhada terá uma distância de quatro quilómetros e poderá ser realizada individualmente estando o seu início marcado para as 10h00 no Estádio 1º de maio, em Braga. A prova terminará no campus de Gualtar e irá coincidir com a chegada das equipas que participam na “Estafeta da Amizade”. 

Para além dos municípios de Braga e Guimarães, são ainda parceiros nesta prova promovida pela runporto.com, a Associação de Atletismo de Braga (AAB), o Conselho Regional de Arbitragem da AAB, a Polícia de Segurança Pública e a Guarda Nacional Republicana.

Texto: GCI

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Escola de Ciências da UMinho celebra amanhã o 49º aniversário

Escola de Ciências da UMinho celebra amanhã o 49º aniversário

A Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) assinala o seu 49º aniversário esta quarta-feira, dia 21 de fevereiro, com uma cerimónia pelas 15h00, no auditório B1 (edifício 2) do campus de Gualtar, em Braga. A sessão vai ser transmitida em simultâneo no YouTube. A intervenção de abertura cabe ao presidente da ECUM, José Manuel González-Méijome, seguindo-se a atribuição dos prémios de reconhecimento a membros da Escola, bem como dos prémios escolares e do concurso “Ciência feita Arte”.

O programa prossegue com a palestra “Geologia planetária e Geofísica: as principais ferramentas científicas do programa Apollo”, por Rui Moura, professor da Universidade de Aveiro, que estuda as propriedades do solo lunar, conduziu experiências de microgravidade e promove o voo espacial tripulado através de exposições de artefactos. A sessão prevê ainda uma intervenção do reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, um momento musical e um Porto de honra, com o corte de bolo de aniversário. 

“Ciência feita Arte” para ver até dia 27 

Em paralelo, vai estar patente até 27 de fevereiro, no hall do edifício 2 do campus, a exposição “Ciência feita Arte”. Há para ver 87 imagens e instalações com material científico ou laboratorial, produzidas por estudantes, investigadores, docentes e técnicos da ECUM e por alunos de escolas básicas e secundárias parceiras, no âmbito de um concurso que visou aliar a experimentação científica e artística. A entrada é livre.

A ECUM tem mais de 2100 estudantes distribuídos por 12 licenciaturas, 13 mestrados e 12 doutoramentos. Possui cinco departamentos – Biologia, Ciências da Terra, Física, Matemática, Química – e mais de cem projetos em curso em seis unidades de investigação: Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA), Centro de Ciências da Terra (CCT-ICT), Centro de Física (CF-UM-UP), Centro de Matemática (CMAT), Centro de Química (CQUM) e um polo do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP Minho).

Aproximando-se do meio século, esta Escola prepara-se para definir a oferta formativa base, especializada e avançada e a investigação em áreas emergentes e de vanguarda. “Perante um futuro nunca isento de desafios, abre-se um horizonte de oportunidades para a redefinição do que será esta Escola de Ciências no contexto de uma UMinho completa, numa região jovem e inovadora, com elevado potencial de impacto económico no país e no contexto europeu e global”, revela José González-Méijome.

A ECUM tem apostado na formação e investigação e em projetos com a sociedade. Outra prioridade passa por recrutar recursos humanos altamente especializados, devido à aposentação de um número significativo de profissionais. “É também essencial projetar que infraestruturas permitirão desenvolver uma atividade compatível com o conhecimento que ambicionamos vir a produzir, divulgar e aplicar, na certeza de que iremos viver tempos entusiasmantes”, assume.

Texto: GCI

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UMinho comemorou 50 anos com pompa e circunstância

UMinho comemorou 50 anos com pompa e circunstância

Foi há 50 anos que o Ministro da Educação Nacional, Veiga Simão, deu posse à Comissão Instaladora da Universidade do Minho (UMinho) e empossou o seu primeiro reitor, Carlos Lloyd Braga.  A data foi assinalada no passado dia 17 de fevereiro, exatamente no dia em que a academia minhota comemorou o seu cinquentenário, marcado por discursos unânimes sobre a relevância que a Instituição tem portado para o desenvolvimento das cidades que a acolhem, da região e do país na Europa.

A cerimónia do 50.º Aniversário começou com o tradicional cortejo académico, que este ano recreou o cortejo de 1974, o qual saiu do Arco da Porta Nova e seguiu até ao Largo do Paço, onde, no Salão Medieval decorreu a cerimónia solene que contou com as intervenções da Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, da Presidente do Conselho Geral da UMinho, Joana Marques Vidal, do Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, do Presidente da Comissão Comemorativa dos 50 Anos da UMinho, João Cardoso Rosas e da Presidente da Associação Académica da UMinho, Margarida Isaías.

“Imaginam, certamente, a alegria e a emoção que hoje sinto por, nesta cerimónia, poder falar-vos em nome da Universidade do Minho, uma Instituição que, nas cinco décadas passadas, deu inestimáveis contributos para a reconfiguração dos sistemas de ensino superior e de ciência e para a transformação social, económica e cultural do nosso País”, começou por dizer o Reitor da UMinho.

Sobre a celebração dos 50 anos, Rui Vieira de Castro refere que à recordação do que foram estas cinco décadas, é preciso “juntamos um olhar crítico sobre o nosso presente, condição para projetarmos o futuro”. Assinalando que as tendências de hoje nos setores do ensino superior e da investigação e o seu reforço, “confronta-se, porém, com obstáculos importantes”, destacando o “financiamento” que “continua a ser insuficiente”, disse.

O responsável da UMinho defendeu que os “contratos de legislatura” que têm sido feitos com o Governo, são “uma prática que importa aprofundar no futuro”, realçando que “é imperativo resolver desequilíbrios no financiamento das instituições que as privam, e privam algumas mais do que outras, de condições para promoverem um planeamento e desenvolvimento estratégico adequados”. Reconhecendo o trabalho que tem sido feito por Elvira Fortunato, no sentido de tornar mais transparentes e justos os critérios de financiamento das universidades, afirmou, “esperamos que este processo prossiga no futuro, pondo cobro, num prazo curto, à situação de insuportável iniquidade de que a Universidade do Minho, por mais de uma década, foi vítima maior”.

Sobre as dificuldades que os estudantes enfrentam na frequência do ensino superior, o reitor apontou o “problema do alojamento estudantil e os impactos do aumento do custo de vida” como maiores “fragilidades” que continuam a afastar muitos jovens do ensino superior.

Como visão de futuro para a UMinho e falando da década presente, Rui Vieira de Castro assume que a Universidade “tem de assegurar a qualificação inicial e continuada da nossa população, aproximando as nossas comunidades dos níveis prevalecentes nos países europeus; tem que melhorar os seus indicadores de desempenho científico, aproximando-se das universidades europeias de referência; tem de intensificar os projetos desenvolvidos em redes colaborativas com entidades públicas e privadas; tem de incrementar a sua participação em redes internacionais de universidades; ser uma Universidade com elevada qualidade institucional; e uma Universidade dotada de formas de organização e funcionamento inovadoras”, afirmando que “conhecemos o que a sociedade espera de nós e queremos responder às expectativas que sobre nós são projetadas”.

Terminando, deixou a mensagem: “Alicerçado na nossa história e no nosso presente, o compromisso da Universidade do Minho, no momento em que celebra os seus 50 anos, é o de prosseguirmos o trabalho que vimos fazendo em prol do ensino superior e da ciência, das pessoas, da região e do País”.

Margarida Isaías começou por afirmar os estudantes e a Associação Académica como “parte ativa no desenvolvimento e crescimento desta Casa”, sublinhando que os 50 anos da UMinho, “começaram com os estudantes”.

Colocando-se como pessoa que no lugar que ocupa, cabe-lhe “promover a reflexão e pedir ação”, patenteou um olhar crítico sobre a situação atual dos estudantes e do país, dizendo que, seja a nível local, académico e nacional, “tenho visto, de perto, os decisores, as fraudes, os interesses pessoais, as corrupções e os tráficos de influência em todos esses órgãos”, alertando que “a democracia e a liberdade estão em risco, e, por isso, também estão a Educação e as Universidades”, indicando que “a solução da crise democrática que vivemos não é a desistência da democracia, mas, pelo contrário, a educação”.

Para a líder dos estudantes da UMinho, “falta ouvir os estudantes e não apenas dar-lhes a palavra”. Evocando hoje outras lutas, como as propinas, o alojamento, os transportes, a ação social, o combate ao assédio, a luta pela igualdade de género, a saúde mental, os empregos dignos e o lugar dos estudantes na discussão e nas decisões, patenteou que a “liberdade” deverá estar “sempre como pano de fundo”.

Concluiu, deixando o repto a todos os presentes, para que “procurem (…) a promoção da educação, da democracia e da liberdade”.

No seu discurso, Joana Marques Vidal, indicou o papel da Universidade, do Ensino, da Investigação Científica, da Educação, e do Conhecimento como “imprescindível” nas sociedades de hoje, apontando a UMinho como “Uma Universidade completa” que se deve aprofundar “como uma Universidade de Futuro”.

Aproveitando a presença da Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, alertou para a “necessidade de pensar uma arquitetura da estrutura organizacional do sistema do Ensino Superior público que, sem deixar de definir os princípios definidores das grandes linhas estruturantes, permita uma liberdade e autonomia organizacionais, adequadas ao projeto e ao modelo adotado por cada uma”.

Relativamente ao modelo de governo das Instituições do Ensino Superior, a presidente do Conselho Geral da UMinho, afirmou que a participação de elementos externos “é, em si mesma, um forte fator de legitimação do governo das instituições”, realçando que “qualquer eventual alteração a introduzir no atual modelo de governo das instituições do Ensino Superior deverá necessariamente consagrar formas de participação de membros externos, sob pena de nos confrontarmos com um verdadeiro retrocesso”, patenteou.

Sobre a revisão dos Estatutos da UMinho, que estão atualmente em fase de consulta pública e que se prevê ir a votação em sessão plenária a ocorrer em março do presente ano, a Ex-procuradora-geral da República, realçou no projeto “a consagração de uma maior autonomia, designadamente financeira e orçamental, das Unidades Orgânicas face ao regime atualmente estabelecido”.

Elvira Fortunato, começou por reconhecer a UMinho como “determinante para a evolução do sistema académico e científico nacionais, bem como para a afirmação de Portugal em termos individuais, mas também no contexto europeu”, acrescentando que “se Portugal é hoje um país mais moderno e mais capaz”, também se deve à UMinho, “que desde 1973 soube afirmar-se como uma instituição pioneira em diversas vertentes, contribuindo dessa forma para o progresso académico e científico de Portugal”, concluiu.

Para João Cardoso Rosas, a data comemorativa “marca a maioridade de uma instituição universitária, o momento em que terminou a fase de maturação, mas tem o futuro à sua frente”. Assinalando a UMinho como uma das “universidades novas”, fortemente ligada ao processo de democratização política e social encetado a 25 de abril de 1974, destacou que esta, desde o seu início, se assumiu “como um motor de desenvolvimento regional”. No momento em que a UMinho comemora os seus 50 anos, aponta a instituição como “comprometida com a democracia, o desenvolvimento e o conhecimento”, indicando que o programa de comemorações visou abarcar “a história destes 50 anos e a sua projeção atual e futura”.

A cerimónia incluiu ainda a apresentação de vídeos institucionais e a entrega de diplomas, de prémios de mérito e do título de Professor Emérito a José Vieira, Manuel Rocha Armada, Manuela Martins e Paulo Pereira.

Os momentos musicais estiveram a cargo do Coro Académico da UMinho e a um Quarteto de Metais do Departamento de Música da Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas da UMinho, sob a direção do maestro Cosme Campinho.

Texto: Ana Marques

Foto: Nuno Gonçalves