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Escola de Psicologia acredita na inversão da situação de carência de recursos humanos

A Escola de Psicologia da Universidade do Minho (EPsi) comemorou ontem, dia 10 de abril, o seu 15.º aniversário. A efeméride foi aproveitada pelo seu presidente, Miguel Gonçalves, para fazer um balanço do trajeto da Escola, para apontar desafios e pedir a resolução de problemas.

Um dos grandes problemas assinalados foi a falta de recursos humanos, referindo o presidente da EPsi ?acreditar que será durante este último ano da nossa presidência que assistiremos a uma inversão da situação atual de insuficiência de recursos humanos?, sublinhando que o FCT Tenure será uma ?ajuda?, bem como a ?ligeira melhoria da situação orçamental da Universidade?.

No seu último discurso enquanto presidente da unidade orgânica, e em jeito de balanço, principalmente dos últimos cinco anos, Miguel Gonçalves afirmou que ?hoje somos menos e fazemos mais, apesar de mais velhos?, sublinhando os esforços feitos para que os objetivos previstos no contrato-programa possam ser cumpridos, e indicando que ?precisamos de gente nova na EPsi, que traga novas ideias, outras formas de olhar, de pensar e de fazer o ensino, a investigação e a interação com a sociedade?. Apontando ser preciso ?catalisar? a sabedoria dos mais velhos com a ousadia dos mais novos?, afirmou.

Numa revisitação por vários acontecimentos/momentos relevantes da Escola de Psicologia ao longo destes anos, o responsável destacou a reformulação total da oferta educativa que aconteceu de ?súbito?, e que passou de um mestrado integrado, dois mestrados e dois doutoramentos, para uma licenciatura, sete mestrados e um doutoramento com diversas especialidades, ?dá uma média, por curso, de 2,9 docentes?, disse, acrescentando que isto refere-se ?apenas à oferta educativa de grau?, não contando com os cursos não conferentes de grau incluídos na Aliança de Pós-Graduações.

Um segundo momento assinalado pelo presidente foi a assinatura do contrato-programa em 2021, contrato esse que afirma, ?a EPsi tem cumprido?, esperando que este ano a reitoria possa cumprir a sua parte e a Escola tenha ?finalmente o número de docentes que estava previsto?, disse.

Em representação do Reitor, o vice-reitor da UMinho, Eugénio Campos Ferreira, afiançou que o contrato-programa ?continua a desempenhar um papel crucial nos nossos esforços?, afirmando que a reitoria continua empenhada em ?garantir condições diferenciadas na gestão de carreiras, reconhecendo o mérito e o esforço dos nossos colaboradores?. Continuando, reiterou a disponibilidade da reitoria para colaborar com a EPsi, declarando estarem ?otimistas? quanto ao futuro, e acreditando que ?estamos cada vez mais próximos de atingir uma situação de melhoria do equilíbrio orçamental que permita à Escola cumprir as expectativas do contrato-programa?, expôs.

Como terceiro momento, Miguel Gonçalves destaca a atribuição às Escolas de uma maior autonomia e uma maior responsabilidade na gestão dos seus próprios orçamentos, o que, segundo este, é um desafio que tem sido dificultado pelo ?subfinanciamento da UMinho e das unidades orgânicas?, patenteou.

Como quarto momento, apontou o desenvolvimento da Associação de Psicologia, que em 2019 iniciou uma nova estrutura organizativa. Um modelo que, para este, se traduziu numa ?aposta de sucesso?, afirmando-se e consolidando-se como resposta aos desígnios com que foi criada em 2016.

Por fim, indicou como desafio atual da Escola, voltar a ?centrar a nossa atenção na investigação?. Afirmando que se continua ?ainda muito dependente da FCT?, pelo que precisam do apoio da Universidade nas candidaturas a projetos nacionais, aconselhando a UMinho a especializar-se neste domínio, ?sob o risco de as subunidades de investigação poderem perder competitividade?, lembrou.  

Sobre os desafios centrais que a Escola deve ter em conta para pensar o seu futuro, Miguel Gonçalves elenca três, que a seu ver são os mais relevantes: a saúde mental; a interação da Psicologia com a Inteligência Artificial e com a tecnologia; e o contributo da Psicologia na compreensão e na resolução dos principais desafios da nossa sociedade.

Eugénio Campos Ferreira realçou a ?notória trajetória? da Escola, afirmando que esta é um ?farol? na área.

A cerimónia ficou marcada pela entrega de prémios e reconhecimentos, e pela mesa-redonda ?Caminhos cruzados: passado, presente e futuro da relação entre Psicologia e IA?, a qual contou com os contributos de Pedro Chaves (Select Data), Pedro Moreira (Centro de Investigação em Psicologia da UMinho, CIPsi) e Pedro Arezes (presidente da Escola de Engenharia da UMinho).

Texto: Ana Marques

Foto: Nuno Gonçalves

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