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Entrevista com as bandas presentes no Enterro da Gata 2005

Entrevista com Fábio, baterista da Banda Eva desde 1999.

 

UMd – Qual a importância de Ivete Sangalo na vossa carreira?

Fábio – A Ivete projectou a banda que agora depende do Saulo Fernandes. Ela é uma grande estrela.

UMd – Até que ponto se nota a ”mão” dele na vossa música?

F. – Os prémios ganhos por ele no Brasil ajudaram a projectar a banda ainda mais. A sua chegada levou-nos a entrar mais por caminhos pop/rock.

UMd ”Maconha”

F. – O Joel. Antes da liberalização total deveria haver uma politica social que permitisse compreender todas as suas repercussões. A consciencialização é importante.

UMd – Próximo trabalho?

UMd – Gravação de um DVD com inicio a 19 de Janeiro no Rio.

V. – O que é inspirador em Portugal, numa palavra?

UMd – Portimão.

UMd – Que tal o concerto de hoje?

F. – A chuva, né!

 

Fuse e Mase ”Dealema”

 

UMd – Gostaram do concerto?

Fuse – Muito bom mesmo. Fomos bem recebidos. Não é a primeira vez que actuamos em Braga, já conhecíamos mais ou menos o público daqui, se bem que é a primeira vez com público universitário cá. Já demos excelentes concertos em Braga.

UMd – Qual é o espaço ideal para os vossos concertos?

F. – Depende muito do evento, se for um festival de Verão como o Sudoeste ou Paredes de Coura eu acho que é muito bom para nós, é muito gratificante abraçar uma grande massa de pessoas diferentes com a nossa música, o que se passou um pouco aqui. Mas há a outra vertente, a dos concertos intimistas para os nossos amigos na nossa cidade, que são em salas pequenas e correm muito bem. São dois espectáculos diferentes, com públicos diferentes. A nível técnico gostamos mais dos ”interiores”, tem muito mais impacto, existe uma maior colaboração do público, mais intimidade.

UMd – O hip hop é veículo para a crítica social?

Mase – É aquilo que tu quiseres, é uma cultura muito vasta, tem muitas vertentes.

UMd – Para quando um novo trabalho do colectivo?

F. – Já estamos empenhados nisso, estamos a trabalhar no novo álbum que em principio sai no início de 2006.

M. – Está a ficar poderoso!

 

Lulla Bye

 

UMd – O que acharam do concerto?

Lulla Bye. – No geral correu bem, o problema foi termos de acabar a meio.

UMd – Até que ponto a vossa relação com a T.V.I. vos é benéfica?

L.B. – A relação é com a produtora da novela ”Morangos com açúcar”. A T.V.I. não é tanto trampolim como se pode imaginar.

UMd – Pop ou rock?

L.B. – O pop surge como meio para chegar às play list das rádios, depois de entrar é mais fácil impores o estilo que queres, que no nosso caso é o rock.

UMd – Qual é o vosso fruto preferido?

L.B. – Gostamos de laranja!

 

Simão Praça ”Plaza”

 

UMd – Como viram a participação do público, apesar da chuva?

Simão Praça (Voz) – Foi fantástica, Braga é uma cidade mística e as pessoas corresponderam. Braga é fantástica! A chuva eleva a energia, viva a pia baptismal!

UMd – O alinhamento é feito conforme o espaço?

S. – O ancore é a única coisa que muda.

UMd – O branco inspira-vos?

S. – O branco é um princípio, é um ponto de partida. Os Beatles quando quiseram renascer fizeram um álbum branco.

UMd – Como te sentes na terra da tua mãe?

S. – Estamos sempre na nave mãe. Braga é um pouco a nossa (irmãos Praça) terra mãe, foi cá que perdemos a virgindade, por exemplo.

UMd – Com tanto eclectismo na vossa música, não temem o risco de serem incompreendidos?

S. – Não, traçamos o nosso caminho de olhos bem abertos, a aceitação não nos importa tanto. Viva a caixa de pandora!

UMd – E o comércio?

S. – A pirataria não me preocupa, interessa-me é que as pessoas ouçam a nossa música. Os Plaza ao vivo são convincentes.

 

Nuno Gonçalves ”The Gift”

 

UMd- Que comentários fazes em relação a este concerto?

Nuno Gonçalves – Foi forte e sereno na medida certa. Depois de tantos anos temos alguma experiência, temos um bom conceito de festa.

UMd – O vosso bar preferido fica em Alcobaça, nalgum labirinto do Porto ou em outra parte qualquer?

N. – É capaz de ser o Clinic em Alcobaça, mas o Labirinto é uma grande referência, foi o nosso início.

UMd – E a editora, vocês são bairristas?

N. – Nós gerimos a nossa própria editora. Sim, somos bairristas na medida em que apoiamos sobretudo as bandas locais, como os Loto por exemplo. Sempre sem exercer qualquer tipo de influência sobre eles, claro está.

UMd – ”Acienda” em Alcobaça?

N. – Bom, não é tão grande, mas à nossa escala acaba por ser um pouco isso. Há ?glamour?!

UMd. – Há algum DVD na calha?

N. – Não somos muito pelos DVD’s, preferimos o filme comentário. Artisticamente uma banda passa pelos discos e pelos concertos. Eventualmente o ”AM-FM” terá outro tipo de suporte, mas ainda não temos planos.

UMd – Que reacção tens da vossa penetração em Espanha?

N. – O ”AM-FM” foi lançado lá pela editora V2 e tem tido uma boa aceitação.

 

Lua e Chico ”Boitezuleiza”

 

UMd – O que acharam do concerto?

Lua – Correu muito bem. A reacção do público foi muito boa, manifestaram interesse. A reacção nas queimas é muito boa.

UMd – Ar livre ou espaço fechado?

Chico – A abordagem às duas situações é diferente, o alinhamento é diferente. Num espaço fechado o público está mais atento, o que provoca uma atmosfera mais intimidativa. Preferimos palcos grandes, desde que existam boas condições.

UMd – Inglês?

Chico – Cantar em Inglês está fora de questão, provocaria uma perda de identidade. Dizer amor em português é diferente de dizer amor em Inglês, por exemplo.

UMd – Projecção vídeo?

Chico – Deixei de tirar ”catotas” do nariz!

 

Rui Reininho ”GNR”

 

UMdicas – ”Vodka, vodka ou Porto, Porto”?

Rui Reininho ” Abramovich”

UMd – ”Do lado dos cisnes”, regresso às origens ou redefinição?

RR – Um pouco regresso, mas é mais uma experiência psicadélica.

UMd – Futuro?

UMd – Um DVD é a nossa prioridade, até porque é a peça que falta.

 

Ivo Capa e Bruno Anastassakis ”Red Beating Toy”

 

UMd – Que perspectivas tem para o futuro?

Ivo Capa (Guitarra e Voz) – Sabemos que precisamos de sorte e que temos de conquistar o público nos concertos. Actuar em grandes palcos num futuro próximo é muito difícil.

UMd – O que vos apetece dizer sobre o concerto desta noite?

IC – Foi uma boa experiência, pena o S. Pedro não ter ajudado. Foi muito bom partilhar o palco com estas duas bandas.

UMd – Para quando algo editado?

Bruno Anastassakis (Baixo) – Já existe uma maqueta (New sounds on the radio) que vai ser novamente martirizada e pode ser encontrada em  http://redbeatingtoy.no.sapo.pt

 
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