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UMinho com 70% de recolhas de sangue efectivas







                                                    Fotos disponiveis online na Galeria BIG




 

O Complexo Desportivo Universitário da UMinho em Gualtar foi o ”coração” de mais uma acção de solidariedade. 316 Dádivas de Sangue e 74 Recolhas para Análise de Medula foram os números do contributo da UMinho, que este ano conseguiu mais uma proeza, grande parte dos dadores demonstraram ser pessoas muito saudáveis, sem qualquer problema para que o seu sangue pudesse ser utilizado naqueles que mais precisam dele.

 

O recorde nunca antes alcançado, as 70% de dádivas efectivas, na opinião dos responsáveis pela iniciativa tiveram como causas o bom tempo (quase de Verão) que ainda se faz sentir, e por isso as pessoas ainda não foram afectadas pelas doenças gripais de Inverno que normalmente as sujeitam as várias medicações que condicionam a qualidade do sangue. Por esta razão grande parte do sangue doado nesta iniciativa se encontrava em perfeitas condições, outra das causas será a maior consciencialização das pessoas que já só vêm fazer a sua dádiva sabendo que estão em perfeitas condições de saúde e sabendo que tipo de impedimentos podem fazer com que o sangue não possa ser doado. Esta dádiva veio confirmar o ditado ”mais vale pouco, mas bom”.

 






 

A Universidade do Minho (UMinho) através dos Serviços de Acção Social da UMinho (SASUM) e a Associação Académica da Universidade do Minho, em cooperação com o Instituto Português do Sangue e Centro de Histocompatibilidade da Região Norte, levaram a cabo pelo sétimo ano consecutivo esta acção na UMinho, a organização pretendeu sensibilizar novos dadores de sangue, um dos exemplos que acedeu ao apelo foi João Filipe (Aluno de Medicina)é a primeira vez que faço a doação, acho que é algo que todos devemos fazer, é um acto altruísta que não custa nada e pode ajudar muita gente”, outro dos objectivos foi promover a fidelização dos que já participaram nas edições anteriores, um desses casos foi Andreia Leite (ex-aluna) que continua a vir dar sangue à UMinho ”comecei a dar sangue à alguns anos aqui na UMinho e continuo a vir em todas as iniciativas feitas”. Hoje em dia, dar sangue é cada vez mais importante, a necessidade é cada vez maior, os pessoas estão cada vez mais sujeitas a acidentes de todo o tipo, opinião é partilhada por Andreia Leite ”há muita gente que precisa e é isso que devemos ter em mente e sempre que podermos devemos fazer vir”.

 

O sangue é um bem escasso, fabricado apenas pelo ser humano, por isso quem dele precisa, depende do gesto de cada um nós. Fomos ouvir a Dra. Ofélia Alves, médica e responsável pelo serviço de promoção e colheita do centro regional do Porto que nos refere que ”recebemos cerca de 360 mil unidades de sangue em todo o país por ano e actualmente somos auto-suficientes, ou seja, não há pessoas que não recebam sangue quando precisam, mas isto não quer dizer que todos os dias não nos tenhamos de empenhar em campanhas de promoção e colheita, pois por exemplo no centro regional do Porto precisamos de cerca de 150 colheitas por dia”.

 

Os alunos da UMinho já conhecidos pelas brigadas que se deslocam à academia, segundo estas ”têm uma mentalidade diferente”, e como nos disse um dos responsáveis das brigadas ”as pessoas aqui estão muito bem informadas e não vêm com qualquer receio, mesmo em relação a poderem vir a ser dadores de medula”.

 

A opinião era unânime entre os alunos, o sentido de dever e salvar vidas são os principais objectivos que levam os estudantes da UMinho a dar sangue. Como referiu Cristiano Cunha (LESI) ”depois de ter feito a minha dádiva sinto-me satisfeito pois sei que vou ajudar alguém e este quase 0,5 litro de sangue a mim não me vai fazer falta”, já Andreia Leite refere ”é uma sensação de dever cumprido”.

A consciencialização para estas iniciativas na comunidade académica é sempre grande, fazendo com que um grande numero de pessoas participem fazendo a sua dádiva, diz Ofélia Alves ”a UMinho é um dos locais exemplares, já vimos para cá seguros de que vamos conseguir uma grande ajuda, há um grande envolvimento do sector desportivo no apoio e mobilização e a Universidade já incorpora isto nas suas actividades sociais e isso é muito importante. Estamos todos os anos duas vezes em Braga e Duas em Guimarães e temos sempre muita gente o que mostra que os valores dos estudantes não são só as ”queimas” e outras actividades mais superficiais mas que têm valores muito superiores”. Segundo esta ”a procura das instituições de ensino superior para fazer as nossas colheitas, deve-se a que estes são locais privilegiados, pois para além da grande maioria da população ser jovem, são pessoas muito receptivas a estas acções, muito generosas, e são locais onde poderemos incutir e criar hábitos de doação que sustentarão o futuro das dádivas no nosso país ”.

 






 

Mensagem deixada pelo IPS para quem ainda não é dador

”O sangue é fundamental e a evolução da medicina e cirurgia só é possível quando há dadores. É bom que as pessoas comecem aqui na Universidade em grupo pois na primeira vez existem sempre alguns receios, mas vindo acompanhados por colegas e fazendo da sua dádiva um acto de actividade na universidade consegue ultrapassar esses medos. Dar sangue é fácil e não provoca reacções. É muito importante criarmos novos dadores porque vamos precisar deles durante muito tempo”.

 

O trajecto de quem vem fazer a sua dádiva?

Quando o dador chega o primeiro passo é a inscrição, faz a sua identificação para o IPS onde deixa os seus dados para que no caso de ser necessário algum contacto posterior o IPS possa fazer isso. A partir daqui e durante todo o processo o dador passa a ser anónimo, só seguido por código de barras. Posteriormente é feito um exame, quer para defesa do dador quer para o receptor, pois não se pode permitir que as doenças de possam transmitir e neste exame qualquer doença que o dador possa ter é diagnosticada e este já não fará a sua dádiva. Depois deste exame e caso a pessoa seja realmente saudável é feito outro exame que é uma picada no dedo para determinar a hemoglobina, pois só pode dar sangue as pessoas que tenham a hemoglobina acima dos valores normais, as mulheres têm de ter 12,5 e os homens 13,5, isto para depois da colheita que é mais ou menos 450 ml não haja mal estar e a pessoa possa seguir a sua vida normal. Depois destas fazes é feita a colheita propriamente dita, a qual demora de 8 a 10 minutos. Posteriormente o dador faz uma pequena refeição onde fica cerca de 10 minutos para repor principalmente os líquidos. Todo o processo demora cerca de 40 minutos.

 

 

Em 2007/08 a meta a atingir são as 1500 dádivas, para isso já conta com o grande contributo de hoje e para o qual contribuirá a iniciativa que vai decorrer no próximo dia 24 de Outubro no Complexo Desportivo da UMinho em Azurém, para o que contamos com aqueles que não tiveram a oportunidade hoje, podem fazer a sua dádiva.

 

 

Texto: Ana Marques


 

 

Foto: Nuno Gonçalves

 
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