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Estudo da UMinho diz que Portugal é uma referência no setor das farmácias

A
investigação conclui ainda que existe uma distribuição geográfica equitativa
destas farmácias e uma boa implementação dos seus serviços farmacêuticos. Sónia
Queirós, autora do estudo e mestre em Economia e Política da Saúde pela UMinho,
afirma que as medidas adotadas a partir de 2005 flexibilizaram o setor das
farmácias em termos de regulação e concorrência, tendo ”outrora sido criticadas”.

O
estudo, intitulado ”Aspetos económicos do setor das farmácias. Uma análise da
evolução dos últimos 5 anos”, teve como objetivo a caracterização do setor das
farmácias em Portugal. Os resultados foram obtidos através de um questionário
enviado a 273 farmácias localizadas no território nacional. Os resultados
mostram que as farmácias têm em média seis colaboradores, dentro dos quais 2,74
são farmacêuticos, e estão abertas 62,5 horas por semana, sendo que um número
significativo de farmácias abre ao sábado (98,5%) e ao domingo (25%).

Maioria
das farmácias tem gabinete de atendimento

A
medição da pressão arterial, do colesterol e da glicemia são os serviços
essenciais mais bem implementados pelas farmácias, seguindo-se os serviços de
informação sobre saúde, da promoção do uso correto de dispositivos terapêuticos
e da autovigilância e das campanhas de promoção da saúde e prevenção da doença,
todos com percentagem de implementação superior a 80 por cento. A cessação
tabágica e a troca de seringas são as menos recorrentes ou, por vezes,
inexistentes, o que poderá estar relacionado com as características sociais e
culturais das comunidades onde estão localizadas as farmácias.

The
serviços diferenciados são prestados com menos frequência: entrega de medicamentos
no domicílio (47%), acompanhamento farmacêutico (39%), consultas de nutrição
(45%), tratamento de feridas (38%), administração de vacinas não incluídas no
Programa Nacional de Vacinação (77%), administração de medicamentos e gestão da
terapêutica (ambos com 40%). Além disso, o estudo indica que acima de 80 por
cento das farmácias dispõem de um gabinete de atendimento personalizado, o que ”se pode traduzir em melhorias na qualidade da oferta dos serviços, pois
permite uma total privacidade e confidencialidade aquando da sua prestação aos
utentes”, explica Sónia Queirós.

”As
discrepâncias nos serviços diferenciados devem-se principalmente à localização
da farmácia. Estas assimetrias podem ser positivas, no sentido de constituírem
uma resposta das farmácias às necessidades dos consumidores”, afirma Sónia
Queirós. ”Não obstante a redução dos rácios económico-financeiros, o setor
parece estar a evoluir positivamente na qualidade do serviço, com resultados
muito positivos comparativamente aos dados internacionais”, acrescenta.

Sónia
Queirós é formada em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Porto, tendo
realizado recentemente o mestrado na UMinho. Já foi diretora técnica de armazém
de distribuição da empresa Ratiopharm, secretária técnica da secção regional do
Porto da Ordem dos Farmacêuticos e diretora técnica da distribuição
domiciliária da Gasoxmed. Desde junho de 2010, exerce funções de gestora de
informação na Associação Nacional das Farmácias.

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Gabinete
de Comunicação, Informação e Imagem

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do Minho

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E-mail:
gcii@reitoria.uminho.pt

(Pub. Jun/2012)

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