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Cátedra Lloyd Braga 2015 atribuída a Karen Luker



A cerimónia teve lugar no passado dia 29 de
outubro, no campus de Gualtar, a qual contou com a presença do reitor António
Cunha, do presidente da FCLB, Carlos Couto, e da presidente da Escola Superior
de Enfermagem (ESE) da UMinho, Isabel Lage, para além da figura central, a
laureada, Karen Luker.

Esta foi a 15ª edição da Cátedra Carlos Lloyd Braga que homenageia o patrono da FCLB e
primeiro reitor da UMinho. Nesta edição coube
a Carlos Couto, recordar a
pessoa do Professor
Carlos Lloyd Braga, lembrando a
figura ímpar, de visão estratégica, o qual apelidou de “visionário” que segundo
este “soube criar uma universidade nova e não uma nova universidade”, uma
universidade que se tem sabido adaptar aos tempos, às mudanças, que tem sabido
preparar o futuro, mas também tem sabido manter vivas as memórias do passado “uma instituição sem memória é uma instituição que dificilmente terá futuro” disse.

A Cátedra é atribuída
anualmente a uma individualidade nacional ou estrangeira de renome, proposta
mediante convite institucional e enquadrado num programa de atividades de
natureza cultural e científica proposto por Escolas e/ou centros de
investigação da academia minhota. Este ano, por sugestão da ESE, a premiada foi
Karen
Luker, uma pioneira na investigação em enfermagem, que recebeu a distinção pelo
seu percurso profissional e académico.

Isabel Lage
apresentou a homenageada, que é atualmente
Professora da Escola
de Enfermagem, Obstetrícia e Trabalho Social da Universidade de Manchester, da
qual foi diretora até agosto, sendo considerada uma referência mundial em
cuidados paliativos e de suporte, incluindo no cancro. Lecionou em várias
universidades britânicas e de Hong Kong, Auckland (Nova Zelândia), Lund
(Suécia), Manitoba e Alberta (Canadá). É membro da Academia de Ciências Médicas
do Reino Unido e de painéis de avaliação de Comités de Investigação do Reino
Unido, Noruega, Finlândia e Suécia. Doutorada pela Universidade de Edimburgo,
recebeu vários prémios de carreira e é autora de mais de cem artigos, capítulos
e livros científicos, editora do “International Journal Health and Social Care in
the Community” (no top 10 mundial da área), detentora de mais de vinte projetos
científicos e orientadora de dezenas de teses doutorais.


Também o Reitor não
faltou à sessão, que referiu como “importante pois homenageia o fundador da
nossa Universidade”. A quem também este reconheceu como tendo uma visão
estratégica do futuro da Universidade “já em 1975 disse que a Universidade
haveria de atingir os 20000 estudantes, e algumas dezenas de anos depois é o
que está a acontecer” disse.

Esta 15ª edição “fecha um ciclo” pois Cátedra já atingiu todas as unidades orgânicas, fechando
a ESE este ciclo, disse. O Reitor lembrou ainda que a ESE tem visto as suas
condições melhoradas, foi reintegrada no Campus e tem vindo a ter a sua
estrutura e meios melhorados, sendo que “atualmente tem um projeto educativo a
nível da licenciatura extremamente robusto”, colocando-lhe como grandes
desafios: a pós-graduação e a investigação. “A Escola deve estender a sua
atividade de pós-graduação e deve ser capaz de estruturar, desenvolver e
consolidar a atividade de investigação em enfermagem, indo de encontro àquela
que é a estratégia da Universidade, que é ter projetos de ensino que sejam
reconhecidos sobretudo pela diferenciação”, sublinhando que “certamente vai ter
desenvolvimentos positivos nos próximos anos”.

Desde 2002 a Cátedra
já distinguiu, por ordem, Dan Urry, Richard Watson, Ludo Kleitjens, Denis
McQuail, Marshall Stoneham, Cândido Varela de Freitas, Joseph Gonnella, Ives
Gandra Martins, Michael Myers, Laura Cavalcante Padilha, Martha Elizabeth
Shenton, Richard Blundell, Anne & Jean Philippe Vassal e Karen Luker.

 

Texto:
Ana Marques

Fotografia:
Nuno Gonçalves

 

(Pub.
Nov/2015)

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