Assunção Raimundo é a nova presidente do Conselho Geral da UMinho

Ana Marques ⠿ 21-05-2025 11:00

Conselho Geral da UMinho inicia novo mandato com apelo à ambição e ao pensamento estratégico.

A Universidade do Minho iniciou um novo ciclo no seu Conselho Geral, agora presidido por Maria da Assunção Raimundo, Juíza Conselheira Jubilada do Supremo Tribunal de Justiça, que sucede a Alberto Martins na liderança deste órgão colegial máximo de governo e decisão estratégica da Universidade.

O vice-presidente do órgão é José Teixeira, CEO do dstgroup, e o secretário é Tiago Silva, investigador do I3Bs, sendo o mandato de quatro anos.

Na cerimónia de apresentação pública dos 23 novos membros do Conselho Geral, realizada ontem, dia 20 de maio, no Salão Medieval do edifício da Reitoria, em Braga, e que marcou o arranque deste novo mandato, Assunção Raimundo assumiu, com emoção e sentido de responsabilidade, o cargo de presidente do Conselho Geral, destacando o papel da Universidade enquanto "baluarte de conhecimento, reflexão e responsabilidade social" e apelando a um Conselho mais ativo, "estratégico, reflexivo e propositivo".

“Vivemos tempos paradoxais”, afirmou, ao evocar os desafios do presente — desde a inteligência artificial à crise climática, passando pela fragmentação social — e a necessidade de um posicionamento firme da Universidade no ecossistema nacional e internacional. “O Conselho Geral deve ajudar a conduzir esse processo. Um mundo muda depressa. Mas há princípios e valores que permanecem”, sublinhou.

“Façamos deste Conselho Geral um espaço onde se pensa com profundidade, se sonha com coragem e se constrói com responsabilidade. O nosso tempo exige instituições conscientes da sua missão histórica. E a Universidade do Minho deve ser, cada vez mais, um farol num mundo em transição”, concluiu.

O Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, destacou a importância do momento e do órgão, recordando que o Conselho Geral tem competências centrais na vida institucional, como a eleição do reitor e a aprovação das grandes linhas de orientação da Universidade.

“Estamos hoje num ponto alto da afirmação nacional e internacional da Universidade do Minho”, declarou, salientando o crescimento do número e da qualidade dos estudantes, o desempenho científico — com mais de 94% dos investigadores integrados em unidades classificadas com "Muito Bom" ou "Excelente" — e a consolidação das parcerias com empresas e entidades da região.

O Reitor deu ainda nota de uma agenda imediata que exigirá a intervenção do Conselho Geral, com destaque para o projeto do BUS Rapid Transit em Braga, a participação em entidades no âmbito da estratégia regional de inovação e a valorização da zona norte do campus de Gualtar. Referiu também que o seu mandato termina em novembro de 2025 e, por isso, caberá ao Conselho Geral eleger o novo Reitor, marcando um momento institucional particularmente relevante.

Na sua intervenção, Rui Vieira de Castro reafirmou o seu compromisso institucional com o Conselho Geral: “A relação entre o Reitor e o Conselho deve assentar na lealdade, no respeito mútuo e num compromisso partilhado com os superiores interesses da instituição”, disse, expressando disponibilidade e transparência para construir soluções conjuntas.

A sessão foi também ocasião para lembrar e agradecer o trabalho dos membros cessantes do anterior Conselho, com uma palavra especial de reconhecimento para Alberto Martins e para Joana Marques Vidal, recentemente falecida. “Agradeço a dedicação de todos à nossa casa e à nossa causa comum. À nova Presidente do Conselho e a todos os conselheiros, desejo um mandato pleno de realizações”, concluiu.

O Conselho Geral orienta a sua ação pela concretização da missão da Universidade do Minho e pela prossecução do interesse público. O seu primeiro presidente foi Luís Braga da Cruz, em 2009, seguindo-se Álvaro Laborinho Lúcio, Luís Valente de Oliveira, Joana Marques Vidal e Alberto Martins.

Atualizado a 21-05-2025 11:00