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Escola de Enfermagem celebrou 113 anos de história e dedicação com apelo a melhores condições

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Escola de Enfermagem celebrou 113 anos de história e dedicação com apelo a melhores condições

Ana Marques ⠿ 29-10-2025 17:00

Cerimónia assinalou o percurso histórico da Escola e destacou os desafios atuais, entre a excelência académica, o reconhecimento social e o apelo a melhores condições de crescimento.

A Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho (ESE-UMinho) assinalou esta quarta-feira, dia 29 de outubro, o seu 113.º aniversário, numa cerimónia que foi simultaneamente de celebração e de reflexão. Entre a homenagem ao percurso histórico e o reconhecimento do trabalho desenvolvido, ouviram-se também apelos à concretização de promessas antigas e à criação de melhores condições para o crescimento da Escola.

O evento decorreu no campus de Gualtar, em Braga, e contou com as intervenções do presidente da Associação de Estudantes de Enfermagem (AEEUM), José Almeida, da presidente da Escola, Ana Paula Macedo, e do reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, além da entrega de prémios a estudantes e supervisores clínicos e da mesa-redonda “Desafios da Saúde Mental no Ensino Superior”.

“Hoje celebramos 113 anos de uma história que não cabe apenas num número. Uma história feita de coragem, de resiliência e de serviço”, começou por afirmar José Almeida, recordando o percurso iniciado em 1912, com a criação da Escola de Enfermagem do Hospital de São Marcos, sob a tutela da Santa Casa da Misericórdia de Braga. O dirigente estudantil evocou o papel da Escola na formação de “profissionais de excelência e cidadãos conscientes ao serviço da vida e do bem comum”, lembrando que a integração plena na Universidade do Minho, oficializada em 2004, “continua por cumprir em termos de infraestruturas”.

“Passaram-se 21 anos. A Unidade Local de Saúde de Braga foi construída, o campus expandiu-se, mas a Escola de Enfermagem ficou confinada ao mesmo espaço, às mesmas limitações, às mesmas promessas por cumprir”, lamentou José Almeida, sublinhando, contudo, o orgulho na capacidade de superação da comunidade académica. “Celebramos uma escola que cresce sem espaço para crescer, que se reinventa perante a adversidade, que ensina com escassos meios, mas com infinita dedicação.”

Na sua intervenção, a presidente da ESE, Ana Paula Macedo, destacou o simbolismo da data e a importância de reconhecer “o percurso, o empenho e a dedicação de todos os que fizeram e fazem parte da Escola”. Sublinhou que a instituição atravessa atualmente um período de consolidação e transformação, sustentado em três pilares estratégicos: excelência académica, expansão de parcerias estratégicas e inovação na prática da enfermagem. “A Escola de Enfermagem vive hoje uma silenciosa revolução e uma mudança paradigmática ao nível do ensino que oferece”, afirmou.

Com quatro novos cursos de mestrado em pleno funcionamento, a ESE alcançou uma “paridade sem precedentes” entre os estudantes de 1.º e 2.º ciclos, permitindo o regresso de alumni e profissionais que procuram “nesta que é, ou passará a ser, a sua Alma Mater, uma formação pós-graduada de elevada qualidade, reconhecida pela sociedade e pela Ordem dos Enfermeiros”. A presidente anunciou ainda a intenção de submeter, em breve, a criação de um novo mestrado em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica, reforçando a aposta da Escola em áreas de crescente relevância social e científica.

“Temos projetos de investigação reconhecidos, parcerias sólidas com instituições de saúde e uma forte ligação à comunidade, que fazem da nossa Escola um exemplo de compromisso social e académico”, acrescentou, reforçando também a qualidade do corpo docente e a crescente participação dos estudantes em iniciativas de voluntariado e extensão comunitária. “Essas ações traduzem o espírito de serviço e de humanização que sempre caracterizou a Enfermagem.”

Ainda assim, Ana Paula Macedo reconheceu que “as limitações físicas e logísticas continuam a ser um entrave ao desenvolvimento de novas áreas e à expansão natural da Escola”. “É tempo de olhar para o futuro com ambição e de criar as condições para que a Enfermagem da Universidade do Minho continue a crescer e a afirmar-se como uma referência nacional e internacional”, concluiu.

Com palavras de reconhecimento e de compromisso, Rui Vieira de Castro, felicitou a Escola pelos 113 anos de história e destacou o seu contributo “para a qualificação dos cuidados de saúde e para a missão social da Universidade”. “A Escola Superior de Enfermagem é um exemplo de competência, dedicação e humanismo. O trabalho que aqui se faz honra a Universidade do Minho e reforça o papel da academia na transformação da sociedade”, afirmou o reitor, garantindo que a UMinho continuará a procurar soluções para as necessidades da Escola, “numa perspetiva de valorização e de investimento no futuro da formação em saúde”.

Mais do que uma efeméride, a celebração dos 113 anos da Escola Superior de Enfermagem da UMinho foi um momento de afirmação, orgulho e esperança – o reconhecimento de um legado que se renova diariamente no compromisso com a ciência, com a vida e com o futuro da profissão.

Fotografia: Pedro Costa

Atualizado a 29-10-2025 17:00