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Escola de Engenharia da UMinho celebrou 50 anos com balanço e visão de futuro

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Escola de Engenharia da UMinho celebrou 50 anos com balanço e visão de futuro

Ana Marques ⠿ 07-10-2025 15:00

Sessão solene em Guimarães reuniu responsáveis da academia, membros da comunidade académica, parceiros institucionais e o ministro da Educação, Ciência e Inovação.

A Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM) assinalou, no passado dia 3 de outubro, meio século de existência com uma cerimónia solene em Guimarães, que reuniu responsáveis da academia, membros da comunidade académica, parceiros institucionais e o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre. A sessão ficou marcada por um tom de balanço e de projeção de futuro, destacando o papel da Escola na formação de gerações de engenheiros e na afirmação da UMinho como uma instituição de referência nacional e internacional.

Na abertura, o presidente da Escola de Engenharia, António Vicente, sublinhou a responsabilidade de intervir pela primeira vez no cargo, precisamente numa data tão simbólica: “No dia em que a Escola de Engenharia celebra o seu 50.º aniversário, cabe-me a difícil tarefa de fazer o discurso de abertura desta sessão”, afirmou. Recordando o percurso da instituição, destacou que “seria redutor abordar apenas a evolução e os objetivos alcançados neste último ano de atividade, quando se cumpre uma data tão emblemática como o 50.º aniversário de uma instituição”. Acrescentou ainda que “só podemos agradecer a todos aqueles que no passado e presentemente fizeram e fazem a Escola de Engenharia ser uma referência de inovação, rigor e impacto na sociedade, formando gerações de profissionais e investigadores que marcaram e continuam a marcar a diferença em Portugal e além-fronteiras”.

António Vicente comparou o percurso da Escola ao ciclo de vida humano, afirmando que “os 50 anos são uma idade de viragem positiva. Há uma maturidade emocional, maior equilíbrio, resiliência e capacidade de lidar com os desafios”. Sublinhou também que “com 50 anos os relacionamentos são mais sólidos e as nossas parcerias mostram isso mesmo, permitindo aprofundar ainda mais a proximidade com os nossos parceiros, explorar novas formas de cooperação, convictos de que juntos poderemos contribuir para um futuro mais competitivo, sustentável e inovador”. “Os 50 são, portanto, o ponto alto da maturidade, da confiança e da oportunidade de reinventar o futuro. É tempo de aproveitar toda a sabedoria e experiência acumulada e enfrentar novos desafios com mais segurança”, concluiu o presidente.

O reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, salientou que este é um momento de júbilo coletivo, mas também de reflexão sobre o futuro: “É com grande alegria que vos saúdo nesta ocasião, comemorando os 50 anos da nossa Escola de Engenharia, uma das unidades orgânicas seminais da Universidade do Minho. Esta é uma ocasião de júbilo coletivo, mas deve ser também uma reflexão sobre o caminho para o futuro e, sobretudo, acerca do futuro que desejamos construir.”

O reitor reconheceu “o extraordinário percurso realizado ao longo das cinco décadas passadas”, considerando que “o sucesso desta Escola constitui um património coletivo que nos orgulha”. Destacou ainda que “a sua forte colaboração com o tecido empresarial tem contribuído para o desenvolvimento regional e nacional, gerando emprego qualificado e emprego científico”. Numa reflexão mais ampla sobre o papel das universidades, afirmou que “as universidades acolhem todas as áreas do conhecimento, promovendo o diálogo e a interdisciplinaridade” e que “devem ser faróis do pensamento livre, da ciência ao serviço do bem comum e do compromisso com o desenvolvimento”.

A sessão contou com a presença do ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, que felicitou a Escola de Engenharia “pelo contributo notável para o desenvolvimento da Universidade do Minho, da região e do país”. O governante defendeu que “Portugal precisa de universidades que se assumam como motores do desenvolvimento regional e nacional. A Universidade do Minho tem-no feito com excelência”, reconhecendo o papel da instituição na ligação entre ciência, economia e sociedade.

Sublinhando o impacto da formação e da investigação em Engenharia, o ministro destacou que “as escolas de engenharia são peças-chave para enfrentar os grandes desafios do país — da transição energética à digital, da inovação industrial à sustentabilidade”, apelando à “continuação do investimento em conhecimento e na valorização das pessoas que fazem a diferença”.

O governante apresentou ainda as linhas de ação da nova Agência para a Investigação e Inovação, sublinhando que “a primeira grande alteração que esta agência traz é a estabilidade e a previsibilidade para o financiamento da ciência” e que “pela primeira vez, vai ultrapassar largamente os 500 milhões de euros”. Fernando Alexandre reforçou que o novo modelo permitirá maior transparência e debate: “Nós vamos ter uma discussão pública em que as diferentes áreas vão ter que justificar porque precisam do orçamento que acham que precisam. (…) No final, obviamente, quem vai decidir qual é o orçamento que vai para cada área e para desafios estratégicos é o Governo.”

A cerimónia assinalou, assim, cinco décadas de crescimento e afirmação da Escola de Engenharia da UMinho, evidenciando o papel da instituição na formação de engenheiros, na investigação e na inovação, mas também na construção de uma sociedade mais justa, sustentável e humanista.

Atualizado a 07-10-2025 16:00