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Escola de Medicina da UMinho assinalou 25 anos de excelência e impacto

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Escola de Medicina da UMinho assinalou 25 anos de excelência e impacto

Ana Marques ⠿ 09-10-2025 15:00

Ministro Fernando Alexandre destacou o papel transformador da academia e da Escola de Medicina na qualidade de vida das populações.

A Escola de Medicina da Universidade do Minho (EMUM) celebrou ontem, dia 8 de outubro, 25 anos de existência, evocando um quarto de século de ensino, investigação e inovação em saúde. A cerimónia, realizada no auditório Zulmira Simões, no campus de Gualtar, em Braga, reuniu antigos e atuais dirigentes, docentes, investigadores, estudantes e parceiros institucionais, num ambiente de celebração e reconhecimento pela trajetória de excelência da Escola, hoje consolidada como uma referência no país e além-fronteiras.

Antes dos discursos, a cerimónia incluiu momentos de reconhecimento aos recém-graduados, a atribuição de distinções anuais a docentes, investigadores, técnicos e estudantes, e atuações musicais de alunos do Departamento de Música e da Tuna de Medicina da UMinho. O Núcleo de Estudantes de Medicina (NEMUM) associou-se também à efeméride, celebrando o seu 22.º aniversário com uma exposição e diversas atividades.

Na sua intervenção, o Presidente da EMUM, Jorge Correia Pinto, destacou a importância histórica do momento, referindo que, “hoje celebramos dois gestos que se tocam. Por um lado, a graduação da nova geração e, por outro, 25 anos de uma escola feita para servir. Formar médicos e cientistas competentes e humanos. Produzir conhecimento relevante. Cuidar com rigor e empatia.”

Jorge Correia Pinto evocou ainda os nomes que moldaram a identidade da Escola: “Desde já o professor Pinto Machado, cuja visão desde 1974 alimentou o então incerto sonho de criar uma escola de medicina inovadora… A querida professora Cecília Leão, primeira presidente efetiva, uniu individualidades, fortaleceu o ICVS e instalou uma cultura de excelência nesta instituição. E o professor Nuno Sousa, meu colega, que imprimiu rigor, ambição e foco em resultados, promovendo a escola, o ICVS e o 2CA em redes nacionais e internacionais de ciência e inovação com impacto.”

O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, realçou o papel transformador da EMUM, sublinhando que “adiar 26 anos a criação da Escola de Medicina foi um erro muito grave das políticas públicas. A Escola transformou completamente a qualidade de vida das pessoas desta região e a Universidade do Minho não seria a mesma sem este projeto.” Sobre o impacto pedagógico e científico, acrescentou que “a Escola de Medicina criou um modelo completamente inovador em relação ao ensino da medicina e fixou sempre os padrões mais elevados do ponto de vista da investigação. É, sem dúvida, um projeto de referência nacional e certamente internacional.”

Fernando Alexandre partilhou memórias pessoais da sua ligação à UMinho e elogiou “a inovação pedagógica e científica que a Escola trouxe para dentro da academia”, destacando também o papel dos fundadores, como os professores Cecília Leão e Sérgio Machado dos Santos, e de antigos presidentes, como Nuno Sousa, “que consolidaram um projeto de referência internacional”. O ministro destacou ainda o contributo da Escola na investigação e na ligação à sociedade, evidenciando “a capacidade de gerar conhecimento e inovação com impacto real na vida das pessoas”.

Para o Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, os 25 anos constituem também uma oportunidade de reflexão: “A força da escola reside nas suas pessoas, nas que a fundaram, nas que a fizeram crescer e nas que hoje lhe dão vida. Reside na qualidade do ensino, na investigação que realiza e nos serviços que presta à sociedade. Este é um percurso de sucesso que nos permite projetar ainda maiores possibilidades para o futuro.”

O reitor salientou igualmente o papel da EMUM como motor de desenvolvimento regional e vetor de afirmação da Universidade do Minho, destacando “a sua dimensão humanista e o compromisso com a qualidade da formação médica e com o bem-estar das populações”.

No encerramento, ficou claro que a Escola de Medicina constitui hoje um marco de excelência académica e científica e um pilar fundamental da missão da UMinho. O percurso da EMUM, que integra o Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde (ICVS/3B’s), o Centro Clínico Académico (2CA Braga), o Centro de Medicina Digital P5 e a Associação B'ACIS, traduz 25 anos de inovação, internacionalização e impacto social, consolidando a sua posição como uma das mais prestigiadas escolas médicas do país.

O professor Pedro Morgado, dirigindo-se principalmente aos estudantes, evocou a história e o compromisso ético da Escola, reforçando a dimensão humanista da prática clínica: “25 anos depois da sua fundação, o mandato da Escola de Medicina mantém-se intacto. A prática clínica é, antes de tudo, um encontro. Um encontro em que o sofrimento e a vulnerabilidade de quem procura cuidados se cruza com o conhecimento, a competência técnica, a disponibilidade, o reconhecimento de quem presta cuidados. É no mundo imperfeito, contraditório, polarizado, cansado, assustado, entediado, confuso, exausto, que a vossa missão ganha ainda mais sentido. Ser médico é cuidar mesmo quando já não se cura. É escutar mesmo quando já não existem palavras. É fazer caminho mesmo quando tudo já é nevoeiro.”

A Escola de Medicina da UMinho mantém-se na vanguarda do ensino e da investigação em Ciências da Saúde, distinguindo-se pela qualidade dos seus programas e pelo contributo que dá à inovação científica e ao progresso social.

Atualizado a 09-10-2025 15:00