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Luís Guedes tomou posse como presidente da AAUMinho

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Luís Guedes tomou posse como presidente da AAUMinho

Ana Marques ⠿ 06-01-2025 12:00

Luís Miguel Guedes é o novo presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho). O estudante minhoto tomou posse no passado dia 4 de janeiro, para levar a cabo o projeto com que venceu as eleições para a direção da Associação Académica, sob o mote "Academia Viva".

Um projeto que visa aproximar a estrutura estudantil da comunidade académica e da sociedade, e que, como referiu Luís Guedes, “é amplo e representativo da realidade estudantil”, afirmando a sua confiança de que, com esta nova direção, “chegaremos a bom porto”.

Lembrando as palavras de Luís Vaz de Camões, “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Muda-se o ser, muda-se a confiança. Todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades", o novo presidente agradeceu à direção anterior pelo trabalho desenvolvido, apontando, perante um Salão Nobre repleto de apoiantes, familiares e amigos, os caminhos para o futuro da AAUMinho.

Na vertente social, a nova direção tem como objetivo “profissionalizar o projeto Um Futuro”, uma iniciativa de voluntariado com crianças, que também pretende “alargar à cidade de Guimarães”, referiu.

Em relação ao alojamento, destacou a construção de novas residências universitárias, em Braga, na antiga Fábrica Confiança, e em Guimarães, na antiga Escola de Santa Luzia, que irão contribuir com mais 776 e 150 camas, respetivamente. O presidente considerou estas iniciativas como boas perspetivas para a região do Minho, sublinhando que “é imperativo que os prazos sejam cumpridos” e lembrando ainda a “urgente recuperação das residências universitárias existentes”.

Apesar da construção das novas residências, o novo representante máximo dos estudantes alertou que, mesmo assim, “milhares de estudantes continuam a ser empurrados, por força da necessidade, para o mercado”, um mercado que continua a aumentar os preços das rendas. Recordou ainda um estudo encomendado pela AAUMinho em 2018, que revelava que os preços das rendas nas imediações dos campi rondavam os 150 euros por quarto. Atualmente, a média por quarto nas cidades de Braga e Guimarães ronda os 330 e 300 euros, respetivamente. “Estes valores falam alto, pesam nas carteiras das famílias e, ano após ano, elevam o nível de urgência para a verdadeira execução do Plano Nacional para o Alojamento do Ensino Superior”, afirmou.

Ainda sobre alojamento, anunciou que a AAUMinho, através do novo projeto “Um Novo Lar”, tem como objetivo promover a coabitação entre séniores isolados e jovens estudantes deslocados. “É nossa intenção arrancar com o projeto piloto em Braga já no 2.º semestre deste ano letivo e preparar a sua implementação em maior escala, assim como desafiar o município de Guimarães para a sua implementação também na cidade berço”, disse.

Em relação ao desporto universitário, voltou a alertar para a necessidade de investimento nas instalações desportivas, anunciando também que a AAUMinho terá uma nova página dedicada ao desporto, “para que possamos aprofundar as raízes da prática desportiva na UMinho e semear o orgulho na camisola que todos vestimos”, disse.

Sobre a cultura, o dirigente associativo defende que “a cultura é um dos melhores métodos de integração”, sendo um objetivo da nova direção promover uma maior aproximação dos estudantes aos grupos culturais e à cultura das cidades que os acolhem. Outro dos projetos desta direção é “efetivar um grandioso documentário sobre a história e tradições académicas da UMinho”.

O novo presidente anunciou ainda que as monumentais festas do Enterro da Gata 2025 decorrerão entre os dias 9 e 16 de maio, no Fórum Braga, este ano com dispensa de aulas para os estudantes minhotos, facto que agradeceu ao Reitor da UMinho.

Relembrando a figura do Adamastor, afirmou que “o Adamastor do século XXI é a apatia na participação cívica e a falta de perspetiva para a sociedade de futuro”, expondo que, para uma Academia Viva, “é preciso regressar ao que realmente importa, à discussão, à construção de pontes, à definição de posições”, para que se consiga contribuir para uma melhor definição das prioridades da tutela do ensino superior.

Terminando, Luís Guedes deixou o repto ao Reitor para que trabalhem “em conjunto” com vista à construção da nova sede da AAUMinho, que ficará localizada no coração do campus de Gualtar. Concluiu desejando que “a visão para a UMinho do futuro nunca seja construída, em momento algum, sem os estudantes”. Caso isto aconteça, deixou outro desejo: “que esta visão nunca veja a luz do dia”.

O Reitor, Rui Vieira de Castro, respondeu ao que ouviu e reafirmou a “centralidade” que a AAUMinho tem para a Universidade, na qual a Universidade deposita grandes “expectativas”. Reconhecendo a Associação Académica como “interlocutor fundamental” da Universidade, evocou os estatutos da Universidade para dizer que esta está obrigada a apoiar a AAUMinho em duas dimensões fundamentais: na atividade cultural e na atividade desportiva. Expôs ainda que o contributo da Universidade nestas áreas está previsto anualmente no orçamento, com apoios complementados por outros feitos através dos SASUM. Sobre esta subvenção, referiu que a sua gestão é da responsabilidade da AAUMinho, afirmando que, embora não esteja obrigada a fazê-lo, a Associação deveria fazer “prestação pública de contas” ao conjunto da Universidade, “para que não permaneçam dúvidas relativamente à utilização das verbas que são disponibilizadas pela Universidade”, disse. Sublinhou ainda que, embora estes apoios sejam frequentemente considerados “insuficientes” pela AAUMinho, também o orçamento da Universidade tem “limitações”.

O responsável máximo da Universidade deixou um alerta à estrutura estudantil, expressando preocupação relativamente aos grupos culturais, afirmando que “os grupos culturais constituem um valor muito relevante para a UMinho e a AAUMinho. Havendo dificuldades, temos de fazer tudo aquilo que for possível para as ultrapassar”.

Sobre o grande projeto da AAUMinho e da Universidade para 2025 – a construção da “Casa dos Estudantes” – Rui Vieira de Castro salientou que este será “um desafio fundamental para todos nós e um fator de transformação qualitativa da vida na nossa academia”, desejando que a nova direção da AAUMinho esteja comprometida com a concretização do projeto, que afirmou será “muito exigente”. Apontou que a direção deve ser “capaz de encontrar os apoios necessários não apenas junto da Universidade, mas também de outros stakeholders”. Apontou ainda que os antigos presidentes da AAUMinho “deverão ter aqui um papel fundamental”.

O Reitor desafiou ainda a nova direção da Associação a lançar a “primeira pedra do edifício da Casa dos Estudantes” antes do término do seu mandato.

Atualizado a 16-01-2025 12:00